Sempre tive curiosidade em conhecer essas pessoas que elaboram cartões. Não que eu acredite encontrar entre elas alguns cara fofinho que pareça o Heath Ledger, desenhe prédios nas minhas mãos e ouça The Smiths. Minha imaginação não vai tão longe assim. Mas seria engraçado descobrir de onde vem toda a inspiração, a cara-de-pau, a sensibilidade, as piadinhas e trocadilhos. Queria saber se já choraram escrevendo, se leram Pablo Neruda, John Keats e Vinícius de Moraes. Se pensaram nos amores vividos, redigiram pensando em alguém específico, mostraram para os amigos. Essa é uma daquelas profissões underground. E esse pensamento é um daqueles muito aleatórios que sempre atravessam minha mente.
Como quando estou sentada no ônibus ouvindo Legião Urbana nos fones de ouvido e imaginando histórias para cada uma daquelas criaturas apressadas correndo pelas ruas com sacolas de lojas de sapatos nas duas mãos. Fico brincando de Affonso Romano de Sant’ Anna naquele texto lindo, o Porta de Colégio, no qual o autor prevê uma vida para cada um dos jovens que vê na frente da escola. A porta do colégio, para ele, é a porta da vida. A porta da vida, para mim, é o mundo inteiro que eu vejo com meus olhos curiosos.
As histórias, as profissões, os sonhos de cada um. Muito mais do que cobrir acidentes que, infelizmente, viram estatísticas e enchem meu coração de tristeza. Muito mais do que escrever matérias policiais. Política, economia, cultura, tanto faz. O que me encanta mesmo é escrever sobre pessoas, observar. E é quando me pego pensando sobre isso que acredito ter escolhido a carreira certa. Quem sabe nas minhas andanças pelo mundo eu entreviste um “fazedor” de cartões? Nada é impossível para quem é viciado em histórias.
Love, Tary
Ai, que tudo isso! Adoro imaginar a vida das pessoas também. A Anna Vitória escreveu um texto uma vez, fictício, sobre uma pessoa que ficavam em aeroportos criando vida para as pessoas que via lá. Acho que era isso. Sei que desde que li esse texto dela, toda vez que estou em um aeroporto, crio a vida das pessoas. Pra onde vão, fazer o que, quem as está esperando.. Acho o máximo!
ResponderExcluirEntreviste um fazedor de cartões, amiga, e faça um perfil dele! Vou ser a primeira a ler!
Amo você!
hahahaha eu ri! quem faz esses cartões, são redatores... go for it! pq vc não visita uma empresa de cartões como a graffon e tenta conhecer alguém?! e conta tudo aqui no blog! adoro a sua maneira de ver as coisas...fazia tempo que eu não vinha por aqui. beijinhooo p.s.: pode ser que vc não encontre um Heath Ledger, mas vaaaai que vc encontra um John Cusack, né?! =D
ResponderExcluirSabe que eu também faço isso??
ResponderExcluirFico observando as pessoas, imaginando o que se passa na sua mente, quais preocupações elas carregam, se amam... Eu não interajo muito com as pessoas, tenho um sério problema em relação a isso, mas eu gosto de as observar. Sendo uma espectadora de tudo ao meu redor.
Tary, uma das minhas maiores motivações que me levou ao jornalismo foi essa de ser completamente apaixonada por pessoas e viciada em tentar saber as histórias delas. Por isso que entendo demais o que você quer dizer nesse post! E acho a ideia da Analu fantástica. Ache um desses e escreva um perfil foda!
ResponderExcluirbeijos
Eu nunca tinha pensado nestes profissionais para falar a verdade. Mas agora que voce citou.... :)
ResponderExcluirAi gente, escrever cartões deve ser uma profissão péssima. Eu jamais conseguiria produzir muito, é difícil demais a bagaça! Ia sair tudo igual ao dessa imagem aí e só isso! Mas quer saber, gostei do teu texto! Porque eu adoro inventar histórias para personagens aleatórios e adoro ler histórias sobre eles e fiquei entusiasmada para ler mais histórias suas, pois todas parecem ser lindas! Escrever sobre pessoas é tudo de bom e sendo assim, realmente escolhestes a profissão certa!
ResponderExcluirBeijinhos <3
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTaryzinha! Eu vivo fazendo isso, hahaha! Vivo imaginando aonde as pessoas estão indo quando elas passam por mim, se são casadas, se têm filhos loiros ou morenos... é meio viajante demais, mas eu até gosto, viu?! É legal ter a capacidade de pensar que, por trás de cada rostinho aleatório, tem alguma história, porque sempre tem. Gostaria que mais gente fizesse isso.
ResponderExcluirBeijos <3
Tary, mais do que imaginar, eu crio histórias. Crio toda a história da pessoa que estou observando. Desde que nasceu até aquele momento. E muitas vezes eu passo tudo para um papel. Como eu quero escrever um livro, acho que vai ter isso dentro dele: histórias que eu criei de pessoas reais. :)
ResponderExcluirBeijo. <3
Eu sempre faço isso, muitas vezes minha inspiração para escrever veêm de imaginar histórias para o que as pessoas estão fazendo no momento.
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