Já disse isso em outras oportunidades e agora repito: não sou muito boa em cumprir metas envolvendo coisas que gosto de fazer. Este mês, por exemplo, tentei pela terceira vez me aventurar numa maratona literária e voltei a falhar. Novamente não fui a participante empenhada que desejei ser, procrastinei e acabei trocando os livros por episódios deliciosos de Modern Family (é feio dizer que nem me arrependo?). Não é difícil relacionar estes fatos com o post anterior, onde comentei sobre as resoluções que escrevo na esperança de colocar minha vida nos eixos. Ou seja, por mais que meu espírito livre me impeça de cumprir as propostas, um outro lado de mim é seduzido pela ideia.
Logo, sou obrigada a confessar que a roubada de postar fotos durante cem dias foi o meu principal objetivo durante o #100happydays. Eu já sabia que seria impossível registrar todos os momentos de felicidade e imaginei que precisaria rebolar para encontrar a foto em um dia terrível. Mesmo colocando tudo isso em perspectiva, me inscrevi no momento em que minha amiga convidou. Tudo por querer me desafiar. O curioso é que, apesar das dificuldades, não desisti dessa vez. Na verdade, nem pensei em desistir. Tirei fotos totalmente no auge do desespero e até depois da meia-noite, não vou negar, mas no 100º dia, eu tinha conseguido. E esse foi o maior happy moment da coisa toda. Apesar de parecer bobagem, a conquista foi importante pra mim e me senti orgulhosa por ter resistido.
Quanto à captura de instantes felizes, desde o início desse blog eu defendo a valorização das pequenas coisas, dos momentos de alegria presentes no cotidiano. Fico contente de imaginar alguém aprendendo tudo isso através do #100happydays. Minha irmã veio me dizer que, após ter participado, ela sente vontade de fotografar todas as coisas bonitas que vê pela frente. A mudança de olhar talvez seja o ponto mais positivo. No entanto, nunca vou me esquecer que a foto de pipoca no meu Instagram foi postada no pior dia do ano, com a irônica hashtag. É estranho procurar a felicidade quando ela resolve não aparecer. Essa reflexão se intensificou na minha mente enquanto revia um dos meus filmes favoritos:
Por essas e outras nunca concordei com o chavão “uma imagem valer mais que mil palavras”. O sorriso pode esconder uma dor imensa. Você parece feliz na foto em grupo, mas está quebrado por dentro. A pipoca no Instagram ao lado foi fotografada no pior dia do ano. Somos todos muito mais complexos do que as redes sociais aparentam. Gostei de lembrar disso (mesmo que eu não me arrependa do registro, já que a pipoca do meu pai realmente tornou tudo um pouquinho mais fácil).
Não entrei nessa para esbanjar alegria, mas para provar a mim mesma que eu era capaz. Tirei fotos maravilhosas, que trarão recordações sobre o dia em que foram feitas, e sempre serão revisitadas com carinho. Olhar a hashtag criada para abrigar as fotos das minhas amigas era um ponto alto da minha noite. A experiência foi bem mais gratificante do que negativa, porém não penso em repetir. Continuarei registrando momentos aqui e ali, mas, de agora em diante, espero estar tão ocupada vivendo dias de felicidade, que a ideia de fotografá-los demore a passar pela minha cabeça.
Uma das minhas fotos favoritas do projeto
Love, Tary
P.S: No texto com suas impressões sobre o assunto, a Analu, minha companheira até o fim do desafio, analisou muito bem o fato de sempre acharmos o Facebook do fulano mais colorido e falou sobre a impossibilidade de captarmos a felicidade com exatidão. O post é lindo e merece a leitura!
Amiga! Você postou às quatro da manhã, com o braço machucado, haha. Isso é que era vontade de postar, hein?
ResponderExcluirGostei muito da sua reflexão, e realmente, uma imagem nunca valerá mais que mil palavras. Muita coisa pode estar alterada nela, sempre.
Essa foto que você colocou é linda, embora eu ainda não concorde com a escolha dela, tendo você a opção de fotos com A Gente! HAHAHAHA
E amei o link no final, mural E post! To podendo! HAHAHA
Acho que só cheguei até o fim porque tinha companhia: mais legal do que postar as fotos era acompanhar as de vocês. Só nós duas chegamos ao fim, mas eu já postava a minha procurando a sua e teria sido bem chato brincar sozinha.
Beijos, te amo!
eu amo esses projetos, não sei se é meu espirito livre ou minha procrastinação e preguiça ou todos juntos que sempre me fazem desistir, mas eu sinto que é bom tentar seguir, a realização de ver que conseguiu fazer vale a pena.
ResponderExcluirEu jamais conseguiria entrar nesse projeto, 1) porque não tenho disciplina com essas coisas e 2) que os momentos de pequenas felicidades do meu dia seriam perdidos quando fotografados. Pode parecer estranho, mas como a Analu disse, nenhum momento fotografado é feliz de fato do que aquele em que realmente vivemos. Mas acho totalmente válido esse projeto para abrirmos os olhos (e os corações) para as pequenas alegrias do dia. :)
ResponderExcluirBeijos <3
Eu vi esse projeto num site pelas internets e resolvi participar. Mas eu também sou péssima pra seguir essas coisas e acabei abandonando, mas acho a ideia muito legal. Eu achei legal porque a gente acaba não percebendo todos os dias algo feliz e bonito que tenha acontecido, eu sou uma rs. Só que pra lembrar de registrar isso, é o chato. Fico feliz que você tenha conseguido, um dia eu chego lá haha.
ResponderExcluirBeijo
Me arrependi um pouco de não ter continuado o projeto, mas também concordo com o que você e a Analu disseram sobre não dar para captar os momentos felizes com exatidão. E essa coisa do espetáculo alheio é um problema sério, pelo menos pra mim.
ResponderExcluirAmei acompanhar seu projeto, Tatá. E essa foto no arpoador é uma das fotos mais lindas da vida <3 Tô xonada, sério. Nossa vida nunca será como os filtros do instagram, mas pelo menos a gente tem a chance de apreciar pequenos momentos e poder dar doces rodopios com ele. hahaha
Posta mais, porfa. <3 é muito amor quando você volta a escrever.
Beijos, amiga <333
Combinamos muito nessa coisa de espírito livre, já disse isso milhões de vezes. Mas, diferente de você, além de ser free spirit eu sou preguiçosa pra caramba. Então obviamente meu projeto de cem dias felizes durou uns três. Adorava acompanhar os momentos de vocês e queria ter uma linha completa de felicidade pra olhar e refletir depois, mas tudo bem. Concordo demais sobre o lado positivo dessa brincadeira, que você já disse, que é o da mudança de olhar, de se educar a prestar atenção nas pequenas coisas e ver que nem tudo está perdido, até mesmo nos piores dias. Mas ainda sinto um que de autoritarismo nessa proposta de estar feliz sempre, por vários dias seguidos, ou então apenas cem. Eu passei muito tempo me obrigando a estar feliz e pollyana sempre, e só agora estou aprendendo a importância de plenitude das experiências, e até mesmo a tristeza, a melancolia, a preguiça e o tédio ~precisam ser sentidas~. Como eu tive um dia ruim logo no começo do projeto, fiquei incomodada com a ideia de cavucar uma felicidade ou tentar buscar um saldo positivo quando eu queria mesmo deitar e sentir um pouco de pena de mim mesma, sabe?
ResponderExcluirDe todo modo, experiências e reflexões são sempre válidas. Adorei o que você e Banana escreveram a respeito, e estou sempre torcendo para que a felicidade de vocês seja imensurável até mesmo pela foto mais linda do mundo, como essa do Arpoador.
Te amo <3
beijos!
Li o post da Analu e agora li o teu. Me deu uma vontade louca de participar do projeto pq eu sou como você, que larga as coisas pela metade. Quem sabe dou um start?
ResponderExcluirBeijos
Não tenho absolutamente nada contra quem fez o desafio, e acho que pra cada tem um significado diferente né? Pra mim o #100happydays é e sempre sera uma coisa sem sentido. Talvez com o tempo eu mude de idéia, mas sei lá... fotografar dias felizes? Que tal vive-los instead? Isso sem falar da disciplina pra esses projetos que nunca foi o meu forte hahaha mas ó, isso tudo é muitíssimo válido se faz a pessoa se sentir bem como fez com você. Vai ver no final é isso o que importa. =) E essa tua foto aí é linda!!!
ResponderExcluirOi, Tary!
ResponderExcluirResolvi dar as caras por aqui, depois de uns meses fora da blogsfera, porque ler o que você escreve é sempre tão awesome!
Sou sua seguidora errante, há quase um ano. Nunca comentei, um péssimo hábito que tenho. Mas hoje resolvi dar um Oi pra dizer que adoro seu blog, a maneira sincera como você escreve e que por favor, continue a escrever sempre!
Vi esse projeto rondando pelo insta, e achei a iniciativa muito maravilhosa. Dá uma perspectiva totalmente diferente (de um jeito bom) pra mim, que sou uma pessimista assumida. Ás vezes esses pequenos momentos passam tão rápido que a gente nem percebe! E com tanta porcaria na web por aí, é sempre bom sorrir. Sou péssima com projetos a longo prazo, mas quem sabe um dia me animo a tentar?
Adorei a sua foto também!
Beijos,
Mari Pacheco - Livros & Nerds
http://livrosenerds.blogspot.com.br
Sou fotógrafa (fiz curso e tal trabalho como freela...) tenho horror a sorrisos amarelos em minha direção quando estou com a minha câmera... Não consigo estar em um show MUITO massa e ter que registrar a "fulaninha" que para na frente do palco e começa a fazer pose ou estar fazendo um programa bacana com os amigos e parar para uma "Selfie" NÃO TENHO PACIÊNCIA...
ResponderExcluirSemana passada fui em um show muito massa e vi que existia um profissional fotografando (eu adoro fotos de palco!) na semana seguinte que tinha acontecido o show fui no site da casa de e procuro as fotos... só tinha fotos estilo "na balada" com vários sorrisos amarelos e quase nenhuma foto do show...
Os "sorrisos amarelos" não captam a grandeza do momento... os registros fotográficos são muito mais uma prova "EU ESTAVA LÁ!" mas é preciso muito mais que imagens para registrar um momento e nada resume...
Eu tenho muita vontade de fazer esse projeto, Tary, mas estou numa época tão blue que eu só conseguiria postar a primeira foto, ou todas minhas fotos seriam de livros! Hahaha
ResponderExcluirO bom desse projeto é te forçar a pensar no que te faz feliz no dia-a-dia e que mesmo aqueles dias ruins não são tão ruins assim. Espero conseguir fazer o projeto no segundo semestre!
Eu acho esse projeto maravilhoso porque imagino que ele praticamente te force a procurar o lado bom de qualquer dia, nem que seja só pra ter a foto no Instagram porque você se comprometeu consigo mesma. E eu acho que aprender a valorizar as pequenas coisas, sempre, deve ser incrível. É um aprendizado difícil, mas deve ser recompensador. Não sei quantas vezes já me prometi que ia tentar fazer isso, mas eu sempre falho na primeira oportunidade. Talvez se aderisse aos 100 happy days um dia.
ResponderExcluirParabéns por chegar ao final! Muitos dias de felicidade pra você, Tary! :) beijo!