segunda-feira, 15 de julho de 2013

Little Confessions

Vocês repararam na aura de melancolia que tem envolvido esse blog recentemente? Pois eu reparei. Estou numa fase meio estranha. Aquela em que a gente descobre que talvez não esteja destinada a ser tudo o que sonhou um dia. Aquela em que carregamos alguns fracassos na mochila, pesando um bocado naquele compartimento infeliz chamado “arrependimento”. Acabei de reprovar no exame de direção, não consigo ânimo pra pegar meu diploma na faculdade e muito menos pra terminar meu curso de inglês. Mas não é nada disso. Acho que estou vivendo um período de transição. E isso sempre é foda. Uma das minhas amigas mais geniais costuma dizer que essas fases  costumam abrir espaço para coisas maravilhosas.

Outra criatura sábia, que tenho a sorte de partilhar do mesmo sangue, repete sempre que “não era o momento”. Ela só tem 16 anos e vive me dando conselhos, vejam vocês. Mas acho que não existe nada errado em ter suas lágrimas colhidas pelo irmão mais novo. É até melhor porque não faz muito tempo que você ocupou aquela posição no universo. Às vezes preciso das expectativas e sonhos dos outros correndo nas minhas veias. Posso parecer uma velha de noventa anos dizendo isso, mas a verdade é que me sinto mesmo mais velha. Já a sabedoria vem em conta-gotas e a experiência é construída todo dia.

Faltam dois meses pro meu aniversário de 22 anos e eu sinto que vivi umas tempestades dentro da minha própria cabeça, mas queria mesmo é dar uma de Zeus e soltar uns raios peito à fora só pra dizer que libertei alguns dos meus fantasmas, que no fundo, não deixam de ser vontades. Fico esperando pelo melhor e sei que virá. Não só por merecimento, não só por esperança e fé, mas porque acho que o diferente vem sendo cada vez mais glorificado nesse mundo. Nada mais justo do que ter algo extraordinário reservado para mais uma dessas pessoas esquisitas. Por mais que ela mesma não seja extraordinária. 

Vai melhorar, amiga.

Love, Tary

10 comentários:

  1. Onde eu assino?
    Pra variar, não tenho palavras, amiga. Porque, como você mesma disse, isso nos une absolutamente.. <3
    Vamos ter esperança juntas. E sempre.
    Te amo!

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  2. Não sei porque, mas lendo isso eu me lembrei de "i want to break free" do queen e acho que essa música tem tudo a ver com esse teu momento. E eu sei que há algo extraordinário guardado pra você, uma hora aparece!
    Abraços!

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  3. Ô Tary, que fase essa nossa, hein?
    Sigo acreditando que fases cinzas e estranhas são o início de novas eras com boas, ótimas e extraordinárias novas. Vamos ser fortes!
    te amo <3

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  4. Eu, por mais pessimista que seja, também acredito que se não era pra ser é porque não era mesmo e não se fala mais nisso. Também tenho uns fracassos na bagagem, mas a parte das vitórias costuma ficar mais pesada quando eu consigo enxergá-las, porque eu sei que nesses momentos só o que a gente vê são as coisas ruins.
    Foca nas coisas boas e vai, amiga!
    No fim tudo vai dar certo, como sempre dá. :)
    Te amo.
    <3

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  5. Já assistiu uma minissérie chamada "Amor e Fúria"? É linda, fala de um teatro de São Paulo que está fazendo produções das peças de Shakespeare, acho que você ia gostar bastante.

    Te digo isso porque tem uma fala no primeiro episódio que diz "As melhores coisas acontecem quando estão por um fio. E esse nosso fio está prestes a arrebentar".

    Então te digo pra seguir em frente e esperar coisas maravilhosas, principalmente quando você acha que elas não vem.

    (e quase ninguém passa no teste de direção na primeira vez, respira fundo que a segunda vez é a tua vez)

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  6. Sei bem o que vc está sentindo Tary. Como vc mesma disse: é um período de transição. Já passei por tudo isso e ainda passo muitas vezes. Se te consola: reprovei 3x no exame de direção. Passei na quarta vez, e era a última tentativa. Tudo tem seu tempo. Relaxa, que tudo vai dar certo. Espero que tudo esteja melhor em breve. Beijos e tudo de bom sempre! ;)

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  7. Eu não sei se tenho o direito de me identificar com um texto tão belo, dizem que a adolescência é repleta de fases, que você precisa enfrentar todas até chegar à fase adulta, eu confesso que estou com medo, medo do que está no próximo degrau da escada, medo de que tudo que eu sonho não deixe de ser sonho, eu tenho medo Tary, medo de que todas essas palavras que me sufocam jamais sejam capazes de formar frases coerentes, porém, quando eu leio textos como os seus, eu tenho a certeza insistente de que sempre pode melhorar, de que as coisas mudam, e de que mesmo no último degrau da escada as coisas podem mudar, eu não sei se eu sei o que você está passando, talvez seja diferente, mas essa confusão, essa melancolia, bem, eu posso até arriscar dizer que é universal. Lembre-se garota, você é de titânio.
    Beijos

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  8. Eu meio que me identifiquei com o seu texto. Também estou passando por uma fase difícil, porque estou prestes a me formar da faculdade sem planos para o futuro, e morrendo de medo dessa perspectiva. Estou tentando manter em mente frases como "you're gonna be just fine" ou "every cloud has a silver lining", porque eu gosto de acreditar que o problema não está na minha vida, e sim na fase de transição dela. E que no futuro eu vou ver uma vantagem nisso tudo. Força!

    Ah, quanto ao exame de direção, se te consola, eu reprovei três vezes no meu. Consegui a habilitação em 2011, usei umas três vezes, e semana passada, num acesso de revolta eu joguei fora. Ainda bem que dá pra tirar 2ª via. Enfim, o problema não é com você. O DETRAN gosta de por pressão psicológica nos jovens motoristas. Vai dar tudo certo no fim, é só relaxar.

    Beijos. :)

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  9. Olha Tary, uma vez meu irmão (que é tão sábio quanto o seu) disse que a cada década, a gente parece ter uma espécie de crise onde para e pensa "porra, mas pra quê tudo isso?" ou "cara, com que eu gastei todo esse tempo?" mas que a gente supera, porque a gente percebe que o melhor motivo pra fazer coisas difíceis é a satisfação quando terminamos, que a gente diz que vai fazer muita coisa, mas não faz, e é dever nosso dar uma arrumada nisso e começar a deixar de viver no futuro. Eu acho que a vida é tipo uma balança que para a gente viver coisas fenomenais, a gente tem que passar por umas experiencias ruins também. Segue com a cabeça levantada que no fim do filme dá tudo certo, juro.
    beijos!

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