terça-feira, 18 de setembro de 2012

Primeiras impressões mentem (18/29)

– Mas não é só isso. – ele apertou meu corpo contra o seu e continuou – Eu fiz todos os testes que eu pude para garantir que a injeção é segura, mas meus recursos são muito limitados. Tenho medo de que possa acontecer algum efeito colateral. Não quero te causar nenhum mal.
– Alex, eu já resolvi. – afastei-me um pouco e olhei dentro de seus olhos decidida – Eu quero fazer isso.

Ele fechou os olhos, respirou fundo e perguntou:

–  Tem certeza? Apesar de ser essa a maneira que encontrei para ficarmos juntos, estou um tanto quanto inseguro. Não acredito que vá acontecer qualquer coisa de ruim, mas qualquer possibilidade de risco que envolva a mulher que eu amo… –  ele não conseguiu terminar a frase. Apenas voltou os olhos para os meus com uma expressão de desespero que fez os pelos do meu braço se arrepiarem. Percebi que sua próxima ação seria desistir de tudo por causa daquela necessidade estúpida de me proteger o tempo inteiro. Então, me adiantei.

–  Claro que eu tenho certeza! Deixe de bobagem e aplique essa injeção de uma vez.

Segurei as mãos dele  e cravei no rosto um sorriso enorme. Enorme e completamente falso. Por dentro, eu estava  tremendo. Lutando para esconder o pavor em algum canto de mim mesma que Alex não tivesse acesso.

Ele não parecia totalmente convencido, mas assentiu e me obedeceu. Virou as costas para mim e pegou a seringa no bolso do casaco  Pediu para que eu me sentasse e se sentou ao meu lado, de cabeça baixa. Pensei que fosse acabar logo com aquilo, mas alguns segundos se passaram sem que fizesse qualquer movimento.

De repente, levantou o rosto para mim e, sem que eu pudesse prever, me beijou. Puxou meu lábio inferior para si e apertou os meus cabelos com a mão livre. Mas não foi um beijo apaixonado comum como os muitos que já havíamos trocado. Ele me beijava com urgência, como se achasse que eu iria  desaparecer no minuto seguinte. Mesmo envolvida no beijo, senti meu sangue gelar.

Alex se afastou de mim com a mesma rapidez com a qual havia se aproximado. Pegou um elástico que estava em cima da mesa e o envolveu em meu braço. Limpou a área com um algodão embebido em álcool. Seus gestos eram metódicos e frios, como os de um profissional. Minhas veias foram aparecendo, ele posicionou a injeção e então, finalmente, a agulha perfurou minha pele. Alex apertou a seringa e o líquido transparente começou a desaparecer daquele objeto que o amor da minha vida segurava.

– Diana, você está bem? –  O profissional de antes sumiu por completo e deu lugar a um menino indefeso, preocupado com a namorada.

– Estou! – E estava mesmo. O medo havia desaparecido e eu já queria me levantar e gritar para o mundo que tudo ficaria bem. Que nós ficaríamos bem. 

Alex pressionou um algodão no furo em meu antebraço e depois cobriu o pontinho de sangue com um band-aid. Parecia feliz. Não, feliz não, ele estava aliviado. Assim que se livrou de todo o material cirúrgico, pegou as minhas mãos e fez com que eu saísse do sofá e fosse ao seu encontro.

No momento em que fiquei de pé, percebi que havia algo errado.

Uma dor de cabeça excruciante me atingiu como se eu tivesse levado um tapa na parte de trás do pescoço. Meus olhos ficaram turvos e senti minhas pernas amolecerem. Abraçado ao meu corpo e ainda de pé, Alex era puro terror. Ele estava gritando alguma palavra que parecia ser meu nome, mas eu já não ouvia mais nada. A dor não permitia.

Mesmo com a visão embaçada, olhei pela janela e vi. Uma mulher. Eu já a havia visto antes, mas não conseguia me lembrar direito. Ela sorria de um jeito maníaco e parecia completamente satisfeita com alguma coisa. Entretanto, antes de tudo ficar escuro e antes de eu desmaiar nos braços de Alex, um nome veio à minha mente e quis morrer por não conseguir proferí-lo para o meu amor antes de perder os sentidos:

“Camila”.

(1/29) (2/29) (3/29) (4/29) (5/29) (6/29) (7/29) (8/29) (9/29) (10/29) (11/29) (12/29) (13/29) (14/29)(15/29) (16/29) (17/29)

Sejam bem vindos ao meme de comemoração do aniversário de 1 ano da Máfia! Um conto escrito a 29 mãos. Tudo começou com a Rafa e foi continuando nos blogs listados acima. O trecho no começo do texto é um link para a última parte, de autoria da Paloma. A continuação você confere amanhã no blog da Annoca.

Camila não era uma inocente que precisava ser salva? Por que estava satisfeita com o sofrimento de Diana se ajudou o casal a fugir? Terá sido tudo uma armação?

Não perca a próxima parte!

Love, Tary

11 comentários:

  1. Claro que Camila é do mal, a Rê não brinca em serviço! Diana está ferrada, amiga, e esse texto me deu aflição demais, porque fala de agulhadas, ai que desespero!!!!!!
    Quero ver a continuação!
    Te amo!

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  2. Aiiiiii, que ansiedade!!! Adorei Tary! Quero ver a Anna , que tbm dá sho com as palavras!

    Beijosssss

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  3. AI MEU DEUS. To nervosa com essa história.

    Que AGONIA a descrição da injeção! SOCORRO, me deu até uma fraqueza nas pernas. HAHAHA

    Beijo!

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  4. Então essa bomba caiu no meu colo. Deixa estar, Tarine, deixar estar.
    hahahaha
    (arrasou <3)

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  5. Muito boa a história.
    Vou acompanhar!

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  6. Não tô acreditando que a Camila é malvada! snif snif snif
    Será que ela mudou a injeção pra prejudicar a Diana? Se tiver sido isso, geeeente que safada!!! Ai credo! Espero que essa história termine com os dois vivos, caso contrário ficarei desolada! hahahah
    Abraços <3

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  7. O que a Camila fez/vai fazer???? Anninha, socorro! Adorei sua parte, Tary!

    Beijinhos

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  8. Sabia que não dava pra confiar nessa Camila!!! Tary, foi sensacional colocar ela de volta e nessas condições suspeitas!

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  9. Não sei porque, mas imagino a Camila uma mistura de Hotaru-Sailor Saturno + menina doente da casa do clássico das Paquitas "sonho de verão". Ou seja: ela pode ser má, mas tenho certeza que um dia ela vai ser boa!

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  10. SANTO DEUS. Camila! Ela é MALVADA, sabia! E a Diana? Pobre coitada. Tary, você foi genial! Ameeei <3 Beijinhos

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  11. Ah, Graças à Deus você trouxe a Camila de volta. Eu ficaria extremamente decepcionada se ela fosse boazinha!
    Tô ansiosa!

    beijos

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