Poderia falar sobre milhões de coisas. Sobre estágio, faculdade, ônibus (alguém já reparou o quanto eu cito essa palavra por aqui?), sobre a proximidade - e a crise - dos vinte anos, sobre sentir falta do melhor amigo que está no Canadá, sobre sentir falta das melhores amigas que moram aqui mas não converso há tempos, sobre o quanto almoçar sozinha no restaurante universitário é um porre, sobre minha recente vontade de comer sushi enlouquecidamente, sobre medo, sobre adaptações, sobre as preparações para os quinze anos da minha irmã.
Sobre andar sensível demais e chorando com qualquer coisa que envolva casais apaixonados (se for de velhinhos, a coisa piora consideravelmente), sobre passar por situações sem sequer registrá-las, sobre o final de semana que mudou a minha vida, sobre minha fé, sobre Deus, sobre a minha mãe, sobre o clima de deserto que faz em Campo Grande, sobre o último filme que assisti, sobre o último livro lido (que envolve Paris e um personagem de tirar o fôlego, mesmo sendo baixinho), sobre não ter tempo de fazer as unhas nem de tirar a sobrancelha (precisava compartilhar a vergonha), sobre uma conversa muito divertida no Skype com minhas amigas blogueiras, sobre querer muito mudar o layout do blog mas morrer de preguiça só de pensar.
Sobre meu amor por novelas rurais de época, sobre minha fobia com convites de última hora, sobre conformismo, sobre 2011 estar sendo um presente na minha vida - apesar de tudo. Sobre o quanto pessoas volúveis me irritam, sobre chocolate, sobre coca-cola gelada, sobre comida árabe com limão, sobre sempre esquecer de comprar marshmallows, sobre encontrar felicidade na solidão, sobre amor, sobre meu sono desregulado.
Sobre me envergonhar ao cair no sono durante as aulas, sobre indecisão, sobre dúvidas, sobre exigir demais de mim mesma, sobre escolhas, sobre arrependimentos, sobre mudanças, sobre fases complicadas que sempre me atingem, sobre achar que minha pobre bolsa comporta as bugigangas socadas dentro dela, sobre não lembrar da última vez em que me maquiei para sair (e isso é uma coisa que eu adoro), sobre não ansiar nadinha pela volta às aulas no Inglês.
Sobre a bagunça no meu quarto (e nos meus pensamentos), sobre ter pavor de me atrasar, sobre me sentir julgada, sobre querer escrever como se minha vida dependesse disso, sobre saudade, sobre coisas que aquecem, sobre coisas que machucam, sobre amor - de novo. Sobre mim, sobre os outros, sobre o mundo e sobre viver - com todas as dores e delícias que isso implica.
Poderia mesmo falar sobre todas essas coisas - de fato, sobre muitas delas, ainda vou -, mas percebo que já falei muito sem ao menos notar e aí prefiro deixar um certo mistério. Porém, vocês precisam saber que, no momento, quero estar em casa. E segundo o último livro que li, a palavra casa não é um lugar. É uma pessoa.
Esse é o livro citado, Anna e o Beijo Francês. Amei tirar essa foto, o post sobre o livro sairá em breve.
Love, Tary
Aiaiai amiga, esses teus posts andam muito sugestivos.. sobre começos e pessoas.. Tá precisando me contar direito essa história! E não inventa de mudar layout de blog ainda não, porque senão eu começo a ter siricotico de querer mudar o meu também, e eu não sei, aí eu piro muito no twitter, e no final, você sabe, acaba sobrando lindamente pra você.... ahhahaha.
ResponderExcluirBeijos! Te amo!
(Nossa conversa no skype arrasa MUTCHO!)
Onde assino embaixo? hahahahah
ResponderExcluirEstou num momento meio parecido com o seu, me identifiquei bastante com o que você escreveu (e adorei ler os "5 mais lidos" daqui, por isso, decidi que vou favoritar!)
Beijos!
P.S.: eu adoraria gostar dos filmes Before Sunrise e Before Sunset como você gosta, porque sinceramente, acho muito chatinhos.
puts! crise dos 20 é foda, faz uns 2 anos que estou passando por ela e ainda não consegui me livrar hgahaha. Ah quero ver o post sobre esse livro, todo mundo comentando. E bem ou ruim, amo ficar em casa beijos!
ResponderExcluirAi ai... Cada post seu como esse provoca um furacão na minha cabeça.
ResponderExcluirEsse então foi só pra deixar todos curiosos, hein, dona Tary?
ResponderExcluirhaha beijos
Tu pediu pra comentar e estou aqui hehe =D
ResponderExcluirAdorei o post porque é poético e é pessoal. Num sei explicar, mas as coisas que tu escreve me tocam fundo, mesmo que às vezes eu não me identifique, mas num sei, me sinto bem demais ^^
E esse post está suave, misterioso e mesmo assim fala tanto. Acabei me achando em muitas linhas dele escritas.
Como sempre digo, adoro teu blog =)
Beijos, querida =*
Você poderia falar sobre milhões de coisas. E eu poderia ouvir todas elas. De verdade ^^
ResponderExcluirPS: Esse post é daqueles que eu me identifico super, mesmo as milhões de coisas sendo meio diferentes ;)
Que profundo teu post, hein. Fiquei curiosa, mimimi.
ResponderExcluirAssim como Ana C. se você falasse sobre todas essas coisas eu estaria aqui para ler. :)
Um dia tu me conta melhor a crise dos 20, porque acho que estou passando por algo assim e preciso de alguém para compartilhar. haha.
Beijo, Tary. <3
Lar é onde a gente se sente bem, né? E melhor ainda esse tipo de lar que o seu livro cita.
ResponderExcluirMas olha, você poderia ter falado sobre várias outras coisas, e ainda assim eu me identificaria.
Beijos!
Tary, você tem assunto para meses e meses de post, é só de tirar inspiração desse post! Adorei!
ResponderExcluir♥
Camila Faria
Precisamos de outra conversa no Skype, né?! Foi tão divertida! ahuahuahu
ResponderExcluirE temos muitas séries pra comentar... Comecei a ver uma nova e preciso te contar!
Ahhh, estou louca pra ler esse livro. Outro dia quase comprei. Vi que você já até postou sobre, mas sempre que eu clico, dá página não encontrada :( Amanhã tentarei de novo!
Beijos, Tary!
Amei esse texto, disse tudo e ao mesmo tempo não disse nada, lindo.
ResponderExcluirFaz tempo que não consigo fazer um texto bom e isso me decepciona tanto...
Beijos!
Estamos sempre nas possibilidades da vida, de pensar sobre ela e fazemos outras escolhas né, Tary?!
ResponderExcluirLembrei de você ontem, pois comecei a ler um livro do Érico Veríssimo, chamado "Música ao Longe", que é a 'continuação' de Clarissa... já ouviu falar?! Tem uns trechos em que a Clarissa, com 16 anos, 'escreve' seu diário pra gente ler..! Estou adorando!
Espero que logo você esteja em casa...!
Beijão!
Taryzinha, seus textos me fazem um bem, cê nem tem noção.
ResponderExcluirE eu entendo quando você diz que precisa escrever como se a sua vida dependesse disso.
Continue rodopiando, você faz muito bem isso! ^^
Beijinhos.