Anna e o Beijo Francês, de Stephanie Perkins - Editora Novo Conceito
Sempre quando minha vida se encaminha para novos rumos, pego um livro. Pode ter certeza: são nos momentos de maior confusão interior, quando estou pensando demais e analisando tudo sem descanso, são nesses momentos que leio mais furiosamente e devoro outras vidas enquanto tento dar conta de organizar a minha.
Comprei Anna e o Beijo Francês por dois motivos: ter ouvido muitos elogios e, claro, Paris. Todo mundo sonha em conhecer a Cidade Luz, ser fotografado tietando a Torre Eiffel, passear e babar na Shakespeare and Company e encontrar o Louis Garrel em algum Café charmoso (essa última parte cabe somente a mim, claro). A estreia de Harry Potter foi a oportunidade perfeita. Eu já tinha tudo planejado e estava sozinha, assim ninguém me chamaria à razão dizendo que tenho livros suficientes me esperando na estante.
Saí da livraria completamente apaixonada pela edição, adiando a leitura até o momento em que precisasse dela. Tirei fotos. Namorei a capa. Saquei da estante logo após terminar Morangos Mofados. Tentei ruminá-lo e fracassei miseravelmente. Terminei de ler em dois dias.
Tudo começa quando os pais de Anna Oliphant resolvem obrigá-la a estudar num internato em Paris (oi? Meus pais bem que poderiam me obrigar a isso). No início ela está relutante, afinal abandonou família, melhor amiga e até um possível namorado. Porém, acaba fazendo amizade com um grupo incrível composto por Meredith, Josh, Rashimi e (pausa para suspiros) Étienne St. Clair. Americano de nascença, sotaque inglês de quem morou muito tempo em Londres, estilo francês por causa do pai parisiense. Eu nem liguei se ele é descrito como baixinho, minha gente. Ele gosta de História, ele gosta de arte. Ele tem cabelo bagunçado e olhos castanhos profundos. Ele é do tipo cuidadosamente descuidado! E eu já mencionei que tem sotaque britânico envolvido, né? Crush literária detectada. Óbvio que a protagonista do livro concorda comigo, mas o cara tem namorada, ela tem um pretendente em sua cidade natal... tudo é complicado, os dois são complicados. E essa confusão toda é muito gostosa de ler.
Não vá esperando "alta literatura", algo que "mudará a sua vida". Isso aqui é um romance leve, fofo, despretensioso, adolescente, uma delícia. Livro de férias ou pra relaxar depois de uma leitura mais densa. Aliás, pausa para um desabafo: Eu tenho vontade de matar quem não sabe se render a uma leitura divertida e só dá valor aos clássicos. Vá se divertir um pouquinho e pare de querer ser culto o tempo todo. Apenas não assista uma comédia romântica esperando filme do Godard, não leia Meg Cabot esperando Saramago e tudo estará bem.
Prefiro não contar muito da história porque esses livros fofinhos tem de ser degustados, mas confiem em mim. É um doce de livro, principalmente pelas referências pop, as descrições de Paris e, óbvio, pelo romance. Como não se apaixonar por uma história de amor na cidade mais romântica do mundo?
Não vá esperando "alta literatura", algo que "mudará a sua vida". Isso aqui é um romance leve, fofo, despretensioso, adolescente, uma delícia. Livro de férias ou pra relaxar depois de uma leitura mais densa. Aliás, pausa para um desabafo: Eu tenho vontade de matar quem não sabe se render a uma leitura divertida e só dá valor aos clássicos. Vá se divertir um pouquinho e pare de querer ser culto o tempo todo. Apenas não assista uma comédia romântica esperando filme do Godard, não leia Meg Cabot esperando Saramago e tudo estará bem.
Prefiro não contar muito da história porque esses livros fofinhos tem de ser degustados, mas confiem em mim. É um doce de livro, principalmente pelas referências pop, as descrições de Paris e, óbvio, pelo romance. Como não se apaixonar por uma história de amor na cidade mais romântica do mundo?
"Isso é tudo que sei sobre a França: Madeline, Amélie e Moulin Rouge. A Torre Eiffel e o Arco do Triunfo também, embora eu não saiba qual a verdadeira função de nenhum dos dois. Napoleão, Maria Antonieta e vários reis chamados Louis. Também não estou certa do que eles fizeram, mas acho que tem alguma coisa a ver com a Revolução Francesa, que tem algo a ver como Dia da Bastilha."
Love, Tary
P.S: A tradução e a revisão do livro pecam um pouco, nada que tenha me atrapalhado, mas ler o original deve ser bem legal.
P.S: A tradução e a revisão do livro pecam um pouco, nada que tenha me atrapalhado, mas ler o original deve ser bem legal.
*Fotos tiradas por mim