sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Simplesmente feliz


Hoje assisti um filme que me fez refletir sobre muitas coisas, até tirei estes prints de uma das minhas sequências favoritas, pertinho do final. A verdade é que estou ensaiando aparecer há tempos e nunca imaginei - não mesmo - fazer isso depois de assistir "Simplesmente Feliz". Principalmente porque esta não é a fase mais simples nem mais feliz da minha vida.

"Simplesmente feliz" conta a história de Poppy, uma professora de 30 anos que está sempre sorrindo e, mesmo em situações adversas, não perde a alegria de viver. Sua bicicleta é roubada e não faz o menor escândalo, só se chateia por não ter tido tempo de se despedir e resolve aproveitar a situação para aprender a dirigir. Quando vê dois de seus alunos brigando, apenas pergunta se o garoto agredido está bem e se concentra no "valentão", tentando descobrir a origem de sua raiva. E no meio de tudo é confrontada pela irmã grávida e tem que conviver com um instrutor de direção amargo e pessimista, exatamente seu oposto. 

Querem saber a verdade? A alegria de Poppy irrita. Nos primeiros minutos é impossível conter o revirar de olhos e a vontade de desligar a televisão. E é por isso que jamais recomendaria sem reservas, afinal, "Simplesmente feliz" não é um filme para todos. Mas, honestamente? Deveria ser.  

Sob o disfarce de "comédia leve" se esconde um trabalho profundo que, além da felicidade, trata das escolhas que fazemos em nossas vidas depois de adultos, revelando sutilmente o quanto é difícil crescer sem perder a real essência, a personalidade. O quanto é difícil não se desculpar por ser quem é. E, finalmente, o quanto é difícil não ter vergonha de ser feliz mesmo que suas atitudes e sua maneira de encarar a vida sejam mal vistas pelos outros.


Tenho que discordar de Allison Reynolds. Quando você cresce, seu coração não morre. Existem mais responsabilidades, a visão das coisas muda, mas os sentimentos ainda estão lá e depende de cada um escolher a felicidade ao invés da amargura. Prefiro a visão de Poppy e sua amiga: É difícil ser adulto, é mesmo uma longa viagem, mas fazemos nossa própria sorte. Bom, alguns de nós. Outros deixam a oportunidade passar. 

"Está ficando tarde e eu tenho medo de ter desaprendido o jeito. É muito difícil ficar adulto."

"Eu tenho repetido que, no que depender de mim, me recuso a ser infeliz!"

(Caio Fernando Abreu)

Love, Tary

18 comentários:

  1. tb vi esse filme esse ano... o início é realmente irritante e sinceramente não sei se acredito nessa visão otimista da vida (embora eu bem quisesse ser mais como ela), mas o filme é realmente bem legal no fim das contas

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  2. Infelizmente, eu acho que uma parte morre sim. Acho que quando a gente cresce e vai se tornando adulto, a gente vai perdendo a inocência, a fantasia e vai ficando descrente de muitas coisas. Porém, acho que isso acontece de forma "natural", digamos, que não de propósito. Acaba sendo conseqüência da vida e do mundo em que vivemos. Mas acho também, que é opção nossa deixar que essa essência se vá por completo com a vinda da idade. Que se perde um pouco dessa essência no decorrer do tempo, isso é fato. Mas quem nos tornamos, é escolha nossa. Mas eu entendo que ser otimista não é tarefa fácil, é uma batalha diária, mas que vale muito a pena.

    Tary, depois vou te deixar um recado no filmow falando sobre o Projeta Brasil e os filmes que vi! Sabe, às vezes eu tenho vontade de comentar coisas, contar coisas pra você... e a gente pouco se conhece. Acho meio estranha essa vontade. Mas isso é culpa dessas nossas identificações assustadoras. hehe. Nossa, olha o tamanho desse comentário! rs. Fico por aqui, depois falamos. Beijinhos! :*

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  3. QUe bom, Tary, que está voltando aos poucos com o seu blog e ainda com boas dicas de filme que eu vou ver nas férias - fim de período na faculdade explica tudo, né? E ver Caio por aqui me matou completamente :)

    Beijos.

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  4. Eu acho que quando crescemos outras partes do coração vão aflorando, e algumas outras, inevitavelmente, perdendo a força. Mas há que se saber lidar com todas as mudanças, e claro, fazermos nossa própria sorte!
    Que bom que voltou, Tary, estava com saudade!
    Beijos

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  5. Concordo com a Carol e com a Ana. Quando crescemos algumas partes de nós vão ficando para trás, ao mesmo tempo que "partes novas" surgem.
    É difícil, e ao mesmo tempo libertador.
    Que bom que tu tá de volta! (:
    Beijo.

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  6. Já assisti esse filme!!!! Fiquie até empolgada que ia fazer um post sobre ele,mas não consegui pensar em nada legal sem ser cansativo para escrever ...
    Ela irrita mesmo um pouquinho no começo,mas o filme vale mais pelas situações e falas.
    Eu só não indicaria pra quem vai começar aulas de direção ou pretende,pq se eu tivesse visto antes acho que eu me desanimaria com esse instrutor grosso rsrs
    Mas realmente é um filme pra poucos!
    Beijos

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  7. Você voltou!\o/
    Primeiro eu preciso dizer que senti saudade das suas postagens e dos seus tweets. ^^
    Segundo, você sempre me deixa com vontade de ler/ver tudo o que resenha aqui. Agora, por exemplo, eu tenho que ir atrás desse "Simplesmente Feliz" e não sossegarei enquanto não encontrar. Me apaixonei pela sua descrição! *-*

    Retome a carreira de blogueira. Você tem talento, hein ;)

    Beijo,Tary ;*

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  8. Não vi o filme, mas certezamente, por mais pessimista e tudo que eu seja, como dizem meus amigos, eu sou meio Polyana! hahaha Acreditaria na visão de Poppy só porque eu sempre quis ter essa visão para mim mesma, por mais irritante que seja. Às vezes sinto falta de ser aquela que, mesmo quando chegava atrasada no estágio, dava um bom dia para todos com um sorriso de orelha a orelha. Isso sim era bom!
    Tary, eu sempre sinto saudades! Vê se volta!
    PS.: a entrevista não foi comigo! ;D hahahhahah
    PS do PS.: Caio 4ever *-*

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  9. Fiquei louca de vontade de ver esse filme! Valeu pela ótima dica. Anotado!

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  10. OLÁ
    ADOREI SEU BLOG E ESTOU TE SEGUINDO
    ME FAÇA UMA VISITA E ME SIGA
    VOU ADORAR QUE SEJAMOS AMIGAS
    BEIJOS

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  11. Eu ainda não vi esse filme, essa professora é bem Pollyana né? fiquei com vontade de ver o filme.

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  12. Eu lembro de ter assistido o trailer desse filme! Fiquei com vontade de assistir!


    Camila F.

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  13. Nunca vi esse filme, mas me interessei. Acho que devemos buscar felicidade em todos os pequenos detalhes e momentos da vida, superando cada situação, aprendendo a ser adultos sem necessariamente perder nosso bom lado infantil. Daí é que vem toda a graça. Abraços.

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  14. Felicidade demais é frustrante. É preciso chorar de vez em quando. Se a humanidade fosse como Poppy, o índice de suícidio seria tenebroso. Ninguém quer ser feliz 24 horas por dia, pois perderia-se o prazer da luta pra conseguir o que se quer, e não existe luta sem fracasso. Tudo bem, temos que ver um lado positivo em tudo, mas levar uma topada e não chamar um palavrão... Ah, por favor.

    =D

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  15. Também não acho que o coração morre quando crescemos, mas acho que é muito fácil deixar isso acontecer. Porque as pessoas ficam tão centradas em outras coisas, outras preocupações e coisas pequenas tornam-se menor importantes e quando se vê, pluft, já não se é mais o mesmo e infelizmente voltar atrás é um bocado difícil, uma vez que a motivação pra essas coisas também foge.
    Fiquei com vontade de ver o filme.
    Saudades de você por aqui, querida. Fique bem.
    beijos

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  16. Esse livro está na minha lista faz tempo, mas ainda não tive a oportunidade de assistir. Gostei muito da sinopse.

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  17. Que frase linda essa última que você colocou do Caio Fernando Abreu! Não tinha ouvido falar desse filme, mas vou procurá-lo, quem sabe não me faz voltar ao blog definitivamente também :/

    Beijos.

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  18. sinceramente, há situações comicas na vida...
    quando vc pensa que ta tudo na pior... um filme te faz refletir em detalhes ainda escondidos...
    foi assim comigo, quando assisti a "diario de uma paixao". e, hoje... ao ler seu post.

    obrigado por me chamar a atenção.

    abraços do lelis

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