Está indo em busca do Talvez, Felicity?
Quando sua vida muda, parece que alguma coisa dentro de você desperta. Podem reparar, no exato momento em que algo exepcional te acontece, uma tênue e aguda dor perpassa pelo corpo. Não é uma dor ruim - por mais estranho que isso possa parecer -, mas um sentimento tão vísceral, tão estridente que é impossível não sentí-lo fisicamente, como se fosse um beliscão atrevido dado pela vida.
Uma perda de fôlego combinada com uma vontade de ficar - e sorrir - e - de chorar -, fugir. Vontade de encarar o novo e vontade de enfiar a cabeça na terra como fazem os avestruzes. Eu sinto essa dor, sinto medo e ansiedade. Sinto misturas. Misturas de coisas que nem sei o nome. Fico analisando as possibilidades, prevendo o futuro, revendo o que já passou.
Sou tão Felicity que até assusta. Ela era assim, lembram? (A Lari eu sei que sim!) Analisava cada passo, cada desvio de cabeça, cada meio sorriso, cada olhar perdido, cada risada alheia. E não importava o quanto fosse inteligente médica-artista-gerente de café, sempre fazia escolhas erradas: quando o Ben a queria, ela queria o Noel. Quando o Noel a queria, ela queria o Ben. Quandos os dois a queriam, preferia ficar sozinha ou com alguém do lado de fora do triângulo. Mesmo quando estava feliz vinham as dúvidas, os medos que ela gravava em fitas, pedindo os conselhos de Sally.
E é aí que eu sou menos Felicity, ela dizia que gravava seus pensamentos em fitas porque se expressava melhor, dizia tudo sem freios e não tinha tempo de se arrepender. Eu, não. Estou em tudo o que escrevo. É nas palavras que consigo ser quem sou de verdade.Agora estou falando em palavras porque percebo mudanças também nelas. O que eu sinto por dentro se reflete nas pontas dos dedos que tocam as letras e as transformam nessas palavras tão minhas, tão "mim", tão agora e tão talvez.
E é aí que eu sou menos Felicity, ela dizia que gravava seus pensamentos em fitas porque se expressava melhor, dizia tudo sem freios e não tinha tempo de se arrepender. Eu, não. Estou em tudo o que escrevo. É nas palavras que consigo ser quem sou de verdade.Agora estou falando em palavras porque percebo mudanças também nelas. O que eu sinto por dentro se reflete nas pontas dos dedos que tocam as letras e as transformam nessas palavras tão minhas, tão "mim", tão agora e tão talvez.
Falando nisso, vocês já sentiram vontade de talvez? Eu sinto uma vontade louca disso. O Talvez para mim é quase um mistério personificado - por isso a letra maiúscula agora. Uma condição que quero, desprezo, preciso, digo, tenho e até persigo. Será que existe um Talvez esperando que eu o transforme em "Sim"? Como essa carta que escrevi uma vez. Nela, a "Solidão" era remetente e o "Futuro", destinatário. A pobre Solidão pedia ao Futuro que quando chegasse apenas mudasse seu triste nome. Simples assim. Como se uma simples mudança de nome, transfigurasse tudo.
As mudanças são de dentro para fora, de fora pra dentro. Trazem dor, guerra, lágrimas, beijos, paz, coragem. Trazem Solidão e Futuro. Também trazem Talvez. E talvez, até tragam "Sim". Quem sabe?
Love, Tary
Acho que esse é o melhor dos últimos posts. Amei!
ResponderExcluiràs vezes acho q é melhor sentir vontade do Talvez do que depois ficar pensando no "e se tivesse sido..."
ResponderExcluireu n arrisquei quando deveria e acabei num curso quadradão q n me agradou... passei pela fase do arrependimento e dúvida, mas agora voltei ao foco e sei que o Talvez ainda é possível, pelo menos nesse aspecto
agora só me falta buscar os outros rs
Eu sinto quase todo dia a vontade do Talvez, ele daria uma vida, e queria que alguns Talvez se transformassem em sim, e alguns eu queria que continuassem Talvez, não sei rs.
ResponderExcluirAdorei o texto e o blog :]
Beijos
Eu não gosto do Talvez... "talvez" porque ele goste de mim. Você sabe, há momentos que temos tantas dúvidas e inseguranças que aquele Talvez, amigo íntimo do "E se", insiste em nos perseguir e nos angustiar. E eu detesto isso. Às vezes eu queria ser mais corajosa. =P Mas, enfim, adorei o texto, cheio de "poesia" nas palavras, metodicamente escolhidas e perfeitamente encaixadas. Beijo!
ResponderExcluirE verdade nossa mudança tem que ocorrer de dentro para fora ..
ResponderExcluirAssim conseguimos ser mais felizes ..
Bjoks..
Que texto maravilindo *-*
ResponderExcluirEsse texto é tão parecido comigo. Fico impressionada como eu me acho nas palavras. Nas minhas, nas suas que você escreveu esse texto.
Amazing!
Super beijinhos :**
Lindo post Tary! Eu sempre fui mais 'sim' e 'não' do que 'talvez'. O talvez é muito aberto para mim, gosto mais das coisas certeiras, qualidade (ou defeito) de quem é muito racional
ResponderExcluirEu, como o ''talvez'' ambulante que sou, não poderia dizer nada mais que: concordo em gênero, número e grau com você, Tary. Falou tudo e falou muito bem :)
ResponderExcluirBeijos.
Lindo, lindo!!!
ResponderExcluirAdorei esse texto! Você realmente tem um dom de transformar palavras, de dar o seu toque nelas!
"Talvez" é bom, mas como disse alguém aqui em cima, acho que em algumas situações ele é ruim, principalmente quando você precisa de uma segurança...!
Mesmo assim, estar aberta à mudanças é sempre bom!
=)
Um beijo!
As palavras de certa forma também trazem "nas pontas dos dedos" um pouco de mim.
ResponderExcluirAdorei o que você escreveu como todos os outros posts. Muito linda a forma como você consegue se expressar e encaixar as palavras de forma tão simples.
Beeijinhos Tary ^^
Oii Tary (de novo) ^^
ResponderExcluirBom, não sei se você sabe, mas aqui nesse site o seu blog pode virar livro. Fiquei sabendo pelo blog de outra menina e bom, acho que você mais que deveria se inscrever ^^
Aqui o link.
http://www.blogbooks.com.br/
Beejinhos!
Não, Não, Tary. Eu definitivamente prefiro os SIM´s e até os NÃO´s do que os "Talvez". Minha vida foi repleta de talvez... já deu o que tinha que dar!
ResponderExcluirPost visceral.
beijos!
Li uma boa parte do seu blog, antes de começar a fazer os comentários. E é incrível tamanha identificação.
ResponderExcluirFoi uma delícia passar essa noite de sábado lendo suas palavras!
:*
"Estou em tudo que escrevo"
ResponderExcluirUau! Amei isso.
Qualquer dia, ou agora mesmo, isso vai parar no Tumblr.
E eu gostei muito desse post!
Amei a carta que a Solidão manda para o Futuro (mesmo não a lendo na íntegra)
Você bem que podia posta-la aqui qualquer dia desses.
;**
Ah, o talvez... tem seu lado bom, instigante, atraente... mas também assusta, não? Assim como as mudanças...
ResponderExcluirBeijos