Tenho um medo enorme dos leitores do blog acharem que sou sempre um ser rodopiante, alegre vinte e quatro horas por dia, totalmente doce, uma verdadeira fada cintilante. Ora, não é bem assim. Estou anos-luz de uma ninfa vestida de seda. Falo palavrão, me arrependo, me auto-critico com uma frequência que beira a neurose, sou chata. Muito, muito chata. Pela manhã, chego ao insuportável. Na TPM, não sou a melhor pessoa do mundo pra se morar junto. Odeio ser acordada. Vou ouvir suas críticas e tentar melhorar, mas ficarei triste por um bom tempo, pensando no que tenho de errado e me martirizando com isso. Não, não absorvo críticas com facilidade, sofro com elas.
Se você for meu amigo querido ou familiar próximo e falar alguma coisa errada na minha frente, vou te corrigir, exatamente por não querer que estranhos o façam. Tenha em mente que posso ser ferina, posso ser cruel. Posso machucar com minhas palavras, mas saiba que nunca farei isso de má fé. Fico enfurecida quando me tiram pra otária, quando me ignoram gratuitamente, quando me lembram dos meus erros como se isso fosse divertido, quando me humilham. Não consigo tolerar brincadeiras idiotas justamente porque houve um tempo em que as tolerei demais. Às vezes me assusto com minha frieza e às vezes me pego sendo egoísta. Às vezes sou tão sensível que fico sem saber como agir.
Não gosto que zombem dos meus sonhos, das minhas enxaquecas, das coisas que acredito. Se você tiver amor à vida, tratará minha irmã e meus amigos absurdamente bem. E se quiser fazer um trabalho comigo, tenha a certeza de que vou me esforçar ao máximo pra tirarmos a melhor nota do mundo, mas prepare-se para mau-humor, perfeccionismo crônico, cobranças, auto-cobranças e eventuais discussões. Em alguns momentos simplesmente "não vou com a cara" das pessoas e, por incrível que pareça, dificilmente estou errada no meu julgamento. Odeio telefone com todas as minhas forças. E ok, sou viciada em Internet, mas tenho uma vida, não se atreva a dizer que não tenho. Se eu estiver apresentando um trabalho importante e começarem a rir e conversar, vou pedir silêncio com a menor delicadeza possível, não consigo tolerar desrespeito. Em hipótese alguma me chame de mimada, nem de brincadeira.
Tenho mania de empilhar as coisas e organizar notas de dinheiro em ordem de valor. Não sou de fazer social pra fazer parte de algum grupo. Nunca quis aprender a andar de bicicleta. Odeio quando falam que não tive infância, as pessoas realmente não sabem nada sobre como fui feliz quando criança. Não anoto num bloquinho os caras que beijei. No quesito organização, sou uma vergonha para as virginianas. Tenho pavor de baratas. Detesto meu nariz e minha pele. Sou uma pessoa nada esportiva. Adoro novelas rurais e dou risada do Rodrigo Faro. Não faço a menor questão de ser popular e amada por todos. Travo quando o assunto são Ciências Exatas. Gosto de ficar em casa e realmente adoro ficar sozinha. Por favor, não fume perto de mim. Às vezes fico triste, muito triste, e isso não significa necessariamente que queira colo, mas talvez eu queira. Posso ser insegura e indecisa. Odeio festas juninas. Acho que bife de fígado não é comida, é tortura. Sou confusa na minha confusão e às vezes me sinto completamente perdida.
Pois é, não sou perfeita e, sabe do que mais? Não pretendo ser.
Decepcionados? Hehe! Escrevi este post porque senti necessidade de desabafar. E de me revelar um pouco também. Sempre falamos das nossas qualidades, do que gostamos, das coisas boas que fazemos. Mas nossos defeitos - por mais que não nos orgulhemos deles - são parte de quem somos, compõem nossas verdades. Nem sempre nossas verdades são só flores, cor-de-rosa e rodopios. Temos fraquezas, medos, manias, inseguranças, imperfeições. Somos humanos. E a última coisa que quero é ser vista como uma bonequinha intocável, quero ser vista como detentora de voz, rosto, identidade. Quero ser vista de verdade.
Love, Tary.
Se você for meu amigo querido ou familiar próximo e falar alguma coisa errada na minha frente, vou te corrigir, exatamente por não querer que estranhos o façam. Tenha em mente que posso ser ferina, posso ser cruel. Posso machucar com minhas palavras, mas saiba que nunca farei isso de má fé. Fico enfurecida quando me tiram pra otária, quando me ignoram gratuitamente, quando me lembram dos meus erros como se isso fosse divertido, quando me humilham. Não consigo tolerar brincadeiras idiotas justamente porque houve um tempo em que as tolerei demais. Às vezes me assusto com minha frieza e às vezes me pego sendo egoísta. Às vezes sou tão sensível que fico sem saber como agir.
Não gosto que zombem dos meus sonhos, das minhas enxaquecas, das coisas que acredito. Se você tiver amor à vida, tratará minha irmã e meus amigos absurdamente bem. E se quiser fazer um trabalho comigo, tenha a certeza de que vou me esforçar ao máximo pra tirarmos a melhor nota do mundo, mas prepare-se para mau-humor, perfeccionismo crônico, cobranças, auto-cobranças e eventuais discussões. Em alguns momentos simplesmente "não vou com a cara" das pessoas e, por incrível que pareça, dificilmente estou errada no meu julgamento. Odeio telefone com todas as minhas forças. E ok, sou viciada em Internet, mas tenho uma vida, não se atreva a dizer que não tenho. Se eu estiver apresentando um trabalho importante e começarem a rir e conversar, vou pedir silêncio com a menor delicadeza possível, não consigo tolerar desrespeito. Em hipótese alguma me chame de mimada, nem de brincadeira.
Tenho mania de empilhar as coisas e organizar notas de dinheiro em ordem de valor. Não sou de fazer social pra fazer parte de algum grupo. Nunca quis aprender a andar de bicicleta. Odeio quando falam que não tive infância, as pessoas realmente não sabem nada sobre como fui feliz quando criança. Não anoto num bloquinho os caras que beijei. No quesito organização, sou uma vergonha para as virginianas. Tenho pavor de baratas. Detesto meu nariz e minha pele. Sou uma pessoa nada esportiva. Adoro novelas rurais e dou risada do Rodrigo Faro. Não faço a menor questão de ser popular e amada por todos. Travo quando o assunto são Ciências Exatas. Gosto de ficar em casa e realmente adoro ficar sozinha. Por favor, não fume perto de mim. Às vezes fico triste, muito triste, e isso não significa necessariamente que queira colo, mas talvez eu queira. Posso ser insegura e indecisa. Odeio festas juninas. Acho que bife de fígado não é comida, é tortura. Sou confusa na minha confusão e às vezes me sinto completamente perdida.
Pois é, não sou perfeita e, sabe do que mais? Não pretendo ser.
Decepcionados? Hehe! Escrevi este post porque senti necessidade de desabafar. E de me revelar um pouco também. Sempre falamos das nossas qualidades, do que gostamos, das coisas boas que fazemos. Mas nossos defeitos - por mais que não nos orgulhemos deles - são parte de quem somos, compõem nossas verdades. Nem sempre nossas verdades são só flores, cor-de-rosa e rodopios. Temos fraquezas, medos, manias, inseguranças, imperfeições. Somos humanos. E a última coisa que quero é ser vista como uma bonequinha intocável, quero ser vista como detentora de voz, rosto, identidade. Quero ser vista de verdade.
Love, Tary.
Adorei o post Tary, senti que foi bem verdadeiro! Somos parceiras no quesito odeio-telefone-com-todas-as-minhas-forças. :)
ResponderExcluirOlha eu aqui de novo! hahaha... também sofro com críticas, mesmo que sejam verdades, deixando para absorvê-la depois, sou uma ótima amiga, tenho mania de organizar notas de dinheiro em ordem de valor, não sou de fazer social pra fazer parte de algum grupo e odeio cigarro... entre outras coisas. Sei como é essa necessidade de se expressar de vez em quando e mostrar que somos humanas. Tem gente que acha que sou certinha, que nunca brigo com ninguém, que não tenho chiliques... engano deles. hehehe! Até tenho um textinho sobre mim no meu álbum do orkut. =P Kisses a lot.
ResponderExcluirBife de fígado nããããããão. Certeza que usam esse "alimento" maldito em torturas físicas, juntamente com um mp3 player tocando a versão forró de Lady Gaga.
ResponderExcluirE para meu primeiro comentário no seu blog não ser totalmente inútil e revoltado, eu tenho que elogiar a maneira como escreve. Sempre clara, sincera e acima de tudo, com um estilo só seu :).
Beijos ;*
adorei sua sinceridade! precisamos de mais pessoas como você... que não vivem num mundo de açúcar!
ResponderExcluirbeijooos!
Pode ter certeza de que eu SEI BEM o que é ser vista como algo que você, na realidade, está longe de ser. Também me auto-crítico e sou bem desorganizada rsrs Adorei o blog, bjão!
ResponderExcluirEi Tary!
ResponderExcluirRealmente as vezes precisamos desabafar! Eu tbm corrijo todo mundo, mas justamente pq eu prefiro que eu mesma faça isso, daí acabo passando por chata, mas n quero nem saber, continuo fazendo. E super assino em baixo: BIFE DE FÍGADO É TORTURA!
Beijoss
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bom o post. Bom te conhecer melhor...! Me identifiquei com várias coisas, mas essa daqui me tirou uma risada:
ResponderExcluir...e organizar notas de dinheiro em ordem de valor.
Ahh, eu também faço isso! E não conhecia ngm além de mim que fizesse, hehehe.. ;)
PS: Ah, sobre o livro da Meg.. na verdade, o sobrenome da protagonista tem graça, sim.. rolam umas piadinhas no livro com o nome dela, 'Louise Calabrese', rsrsrs.. coitada, ngm merece! ;P
Tary! Muito bom o post
ResponderExcluirClaro que ninguém é perfeito! VocÊ diz que é chata, mas talvez você fosse mais chata se fosse o tempo todo rodopiante.
Mas o bom é que apesra de tudo você não se esquece dos seus doces rodopios de vez em quando, e isso solta um pózinho mágico na tua vida :D
Beijos!
Então, da primeira vez que entrei no seu blog e li seu perfil, achava que você era uma pessoa super feliz e que via a vida da melhor maneira possível, até te linkei no meu blog, porque gostava da forma como escrevia.
ResponderExcluirNão me decepcionei, achei bem verdadeiro e queria, realmente queria conseguir escrever meus tantos e tantos defeitos, mas enfim, cada um com seu dom.
Sempre que posso venho aqui, não comento, mas sempre leio.
Bom, é isso ^^
Beeijos e se cuida ;D
Admiro muito quem reconhece a assumi os defeitos. Porque como tu mesma disse, eles fazem parte de nós.
ResponderExcluirComo sempre adorei o que tu escreveu.
Um beijo.
Você se parece comigo ou eu me pareço com você, não sei, mas acho absurdo o jeito como você escreve, lembra muito eu mesma, nhaa vou fazer uma nova tag, blog destaque e queria que o seu blog fosse o primeiro, manda seu e-mail pra eu te fazer uma pequena entrevista pro blog?
ResponderExcluiroi tudo bem ? adorei seu blog achei interativo e muito interessante to seguindo. Olha tenho um blog
ResponderExcluirhttp://kah-catarina.blogspot.com
quero saber se você esta interessado (a) em parceria? entra la comenta e nos segue..
também estou abrindo vagas para moderadores (as) , se tiver , vai la barra lateral e clica em ser moderadora, ai é so preencher o formulário, bjim
aguardo resposta!
qualquer dúvida meu e-mail é catarina_familia@hotmail.com
'Tenho um medo enorme dos leitores do blog acharem que sou sempre um ser rodopiante, alegre vinte e quatro horas por dia, totalmente doce, uma verdadeira fada cintilante.'
ResponderExcluir'Pela manhã, chego ao insuportável. '
Eu sei disso (e como sei!), mas te amo amiga! *-*
Uau!
ResponderExcluirAdoro esses posts-desabafo!
Uma tentação pra mim, admito *-*
Ao contrário do que você diz no primeiro parágrafo, eu tenho medo é de acharem que eu sou sempre melancólica e "certinha"(pelo menos é isso que eu acho que meus post transmitem).
Aii,amei ao perceber o monte de coisas que nós temos em comum! Sério mesmo.
Telefone, organização, exatas e bife de fígado definitivamente não são nossos melhores amigos.
;**
Né Ari sabemos, todas as manhas em que ela chega brava com o universo ou só com a gente mesmo hahaha
ResponderExcluir(admito as vezes merecemos), mas pode ter certeza que essas manha são recompensadas com outras em que você simplesmente chega radiante
AMO