Amandinha, do Maçãs Verdes, inventou esse meme querido, no qual precisamos listar 12 coisas que abrilhantam nosso cotidiano. Analu me indicou e cá estou, pronta para dizer que sou totalmente adepta dessas pequenas alegrias egoístas que nos fazem sorrir por dentro e tentar esticar o momento o quanto pudermos.
1. Dias de folga chuvosos
Chuva já me faz feliz nos meus dias úteis. Por mais que seja um saco enfrentar o pânico naquelas tardes de “tirei o guarda-chuva da bolsa e começou a chover”, não consigo deixar de achar dias nublados incrivelmente românticos, melancólicos e contemplativos. Assim que a temperatura cai, tudo fica mais silencioso, mais agradável. Parece que temos mais tempo para ouvir nossos pensamentos, seguindo o ritmo da chuva. Mas quando São Pedro resolve lavar a terra na minha folga, sinto ainda mais que o universo e a natureza resolveram conspirar a meu favor. Abençoadas sejam aquelas 24 horas chuvosas sem absolutadamente nada para fazer, quando posso passar o dia de pijama vendo filmes e espiando os pinguinhos se acumularem no vidro da janela. Sem contar a possibilidade de cochilar sem nenhuma culpa.
2. Devorar um livro
Conseguiria fazer essa lista inteira com tópicos envolvendo livros. Passar horas na livraria, comprar vários livros de uma só vez, começar uma história nova, namorar as páginas, terminar um livro e me sentir vitoriosa em relação ao número de não lidos na estante. Enfim, são incontáveis as alegrias que esses objetos extraordinários me proporcionam diariamente. Porém, nada me deixa mais contente do que não conseguir largar um livro até terminar. Ler em pé no ônibus de tanta empolgação, terminar o capítulo andando na rua, não conseguir desgrudar da história nem enquanto estou comendo. Devorar livros? Sempre, obrigada.
3. Fazer as unhas
Não me considero uma pessoa particularmente vaidosa. Exceto quando se trata das minhas unhas e das sobrancelhas. Já comentei isso com vocês, me sinto a pessoa mais descuidada do mundo quando estou com algumas dessas mulherzices por fazer. Só que o processo de tirar as sobrancelhas não é lá muito legal, né? Não estou falando da dor, já que eu sempre durmo, mas de só ver o resultado no final. As unhas, não. Amo ter tempo para fazer as unhas, amo me demorar na escolha do esmalte (dificilmente repito a cor), amo esfoliação nos pés (!!!) e confesso: depois, fico olhando as minhas unhas das mãos o tempo todo, feito as mulheres pedidas em casamento olham para o anel de noivado.
4. Banho demorado
Quero deixar claro que meu conceito de banho demorado não consiste em trinta minutos debaixo do chuveiro, sou super a favor de preservar a água do mundo. Mas ter cabelo comprido é uma ótima desculpa para prolongar o mais próximo que vou chegar de um banho de cachoeira diário. Coloco o celular para tocar algumas músicas e deixo fluir os pensamentos. Banhos introspectivos tornam qualquer um mais criativo e sempre saio deles achando que posso organizar toda a minha vida. Pena que a sensação não dura tanto. Talvez se eu tomasse decisões debaixo do chuveiro, tudo estaria resolvido, igual àquele personagem do Woody Allen em “Para Roma, com amor”, que só tinha talento para cantar ópera durante o banho.
5. Músicas que conversam comigo
Estou distraída ouvindo músicas no shuffle, quando uma delas me surpreende, dizendo tudo o que eu precisava ouvir e nem sabia. Ou um simples trecho vai direto no meu coração antes mesmo de eu me preparar para ele. Felizmente, isso tem acontecido com mais frequência e o conforto que vem junto é impressionante. Porque às vezes a gente não quer despejar nossas besteiras nos amigos e na família, mas precisamos de alguém para dizer que entende. Graças a Deus por Cazuza, Legião Urbana, Los Hermanos, entre outras vozes que sempre conversam comigo.
6. Passar a tarde em um lugar bonito
Consigo ficar feliz só de me visualizar em lugares bonitos, imagine quando estou, de fato, passando a tarde em um deles. De preferência, abarrotado com belezas naturais, um céu bem azul e companhias divertidas. E brisa, precisa ter brisa no pacote. Por mais urbana que eu seja, adoro esses momentos em que paro para apreciar o mar, os rios de Bonito, ou mesmo meu parque favorito na minha cidade.
7. Caronas inesperadas
Pessoas sem carro aprendem a gostar muito de caronas (por dependerem delas). É lindo quando algum tio me vê esperando o ônibus e se oferece para me levar. Ou quando a colega de trabalho diz que me deixa em casa. E, principalmente, quando meu pai, que quase sempre me leva de carro até o ponto, não fala nada, passa do lugar onde me deixa e anuncia que vai me levar no trabalho. Não ter que enfrentar ônibus lotado e sol fervendo os miolos: apenas amor.
8. Conversas nostálgicas
Relembrar é preciso. As histórias de família repetidas em todas as reuniões, os melhores momentos de uma amizade e, especialmente, a infância. Me perdoem os que nasceram depois, mas a infância 90 foi incrível demais e não consigo esconder os olhinhos brilhando quando a conversa é sobre isso. Os melhores filmes da Sessão da Tarde e do Cinema em Casa, as amarelinhas riscadas de giz, as brincadeiras com a irmã nos fundos de casa, os seriados do SBT, os desenhos favoritos, os trabalhos feitos em papel almaço depois de pesquisar nas enciclopédias enormes. Ah, como eu amo falar sobre tudo isso!
9. Maratonas de séries
Pipoca, sorvete, vinte episódios de séries diferentes no computador e o resto do dia livre não poderiam significar outra coisa no meu mundo. Recomendo isso para qualquer ser humano viciado em seriados e incapaz de se atualizar. Essas maratonas já me tiraram de muitas crises por não me deixarem pensar em nada além de continuar acompanhando o desenvolvimentos dos personagens.
10. Água de coco antes do trabalho
Tem um tiozinho que vende água de coco do lado do ponto em que desço para ir trabalhar. Ele não vai sempre, mas geralmente aparece nos dias de extremo calor (da parte de Campo Grande) e enorme preguiça de viver (da minha parte). Compro um copão e vou tomando enquanto caminho para o jornal. Refresca até a alma.
11. A hora de comer
Sonho o dia todo com os momentos em que vou sentar para comer. Sou capaz de ficar contente por horas só por terem me prometido um bolo, um macarrão alho e óleo ou uma pizza no fim do dia. Fico pensando a semana toda no que mamãe vai preparar para o almoço de domingo. E quando essas horas finalmente chegam, meu dia fica automaticamente melhor. Gordinha tensa, fazer o quê.
12. Me sentir produtiva
Desde arrumar meu quarto, até tirar os milhões de papéis da bolsa, limpar os livros da estante ou apagar os arquivos não usados do computador. Gravar o vídeo que estava planejando há semanas, conseguir escrever bastante e, claro, resolver as pendências que deixei para a última hora. Apesar de adiar muito esses momentos, sempre me sinto bem (e aliviada) quando consigo bancar a organizada e, de uma vez só, riscar vários itens da to do list mofando no post-it ao lado.
Indico Marie, Dede e Milena. E nada de me ignorarem, mocinhas!
Love, Tary