sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Voz e luz

Acho que toda mulher tem um certo instinto de proteção. Culpem a maternidade, a sensibilidade aflorada, o humor, os hormônios. Sei lá. O fato é que eu sempre senti vontade de proteger e cuidar das pessoas que amo. Mas não foi por isso que “adotei” Rafitcha nesse mundo doido da internet. Foi porque, desde o momento em que li o blog dela pela primeira vez, a achei incrível.

Não só por ser viciada em séries e se apaixonar pelas coisas de um jeito quase obsessivo, como eu, mas por ter uma voz. E agora estou falando no sentido figurado, apesar da voz dela, a física, ser maravilhosa e invejável. Ela fala – e escreve – de um jeito que te faz prestar atenção, ouvir o que tem a dizer e, no final, não tem como não se encantar com ela. Por isso, nosso encontro “internético” não tinha como não ter acontecido. Foi bem simples até: identificação imediata.

Não é à toa que quando nos encontramos pessoalmente, este ano, a coisa toda foi tão natural. Parecia que já tínhamos nos visto milhares de vezes antes. Não fiquei “ai, meu Deus, estou conhecendo a Rafitcha! Mãos, parem de tremer”. Foi lindo, mas pareceu mais um reencontro. Amigas que não se viam faz tempo. Louco, né?

É por conta dessas e outras que dou risada na cara de quem acha esquisito que eu tenha conhecido algumas das minhas melhores amigas na internet. Dou risada e sinto pena porque essas pessoas, provavelmente, nunca vão fazer vídeos mascando chiclete enquanto esperam em aerportos em dia de jogo do Brasil. Nunca vão conversar sobre os melhores vampiros da ficção nem concordar que o mais sexy de todos é mesmo o Eric, de True Blood, apesar do Klaus ter sempre lugar cativo na lista. Nunca vão chamar a amiga no facechat sofrendo pela morte de um personagem querido. Nunca vão discutir sobre o Oscar da Jennifer Lawrence, desabafar pelo Skype, ou comentar “Sr. e Sra. Smith” numa noite fria. Azar o delas porque eu sei o que é tudo isso.

Na vida, existem pessoas que vem, pessoas que vão, pessoas que deixam um pouco delas, mas também vão embora. E existem as que ficam. As que te ensinam – e aprendem contigo, talvez? – , as que te cativam simplesmente por serem elas mesmas. Além de terem voz própria, essas pessoas tem uma luz que irradia delas e te atinge. São essas as pessoas que conseguem colocar alegria num dia cinza. E Rafaela é uma dessas pessoas. Nada mais justo do que receber o que há de melhor em seu aniversário, não acham? Eu também.

Te amo MUITO, amiga! Parabéns <3

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Love, Tary