domingo, 14 de abril de 2013

Vamos falar de sonhos sem dizer Analu

O mundo está cheio de pessoas que vivem por viver. Fazem tudo por fazer. Ou porque a maioria disse que era este o modo como deviam agir. E ainda acham graça de quem coloca significado nas coisas. Mas ainda bem que existem as pessoas que sonham. Que acordam de manhã e, mesmo com a cara amassada e a cabeça cheia de problemas, sabem que, por mais que seja difícil, é muito melhor ser diferente. Essas são as pessoas que gosto de ter na minha vida. As que entendem. Que me entendem. Que sabem dar valor às coisas. Que realmente apreciam a carinha de um bebê, as nuvens no céu e coisas efêmeras como, sei lá, bolhas de sabão sobrevoando um livro.

Gente que não tem vergonha da família e exibe todo o seu amor sem medo de parecer piegas. Gente que se derrete a olhos vistos ao tagarelar sobre um afilhado ou uma priminha. Gente que chora por horas quando se magoa. E que dá risada sem parar ao ouvir histórias no Skype. Gente real, sabe? Muito viva, muito jovem, muito gente. Gente que não tenta ser. Gente que é. Pessoas que são tão esplêndidas e cheias de cores quanto auroras. Pessoas que você se sente sortuda por poder dizer: tá vendo essa aqui? É uma das minhas melhores amigas. “Mas ela mora longe e você só a viu uma vez”, diriam os crédulos. Diriam os que não sonham. Ao que eu responderia: pois ela mesma me ensinou que longe é um lugar que não existe.

Porque quando eu estava em prantos no banheiro da faculdade depois de me decepcionar com um amigo, foi pra ela que eu liguei. E eu sei que ela faria o mesmo. Amizade é isso. A gente se importa tanto que é capaz de ficar mal o dia inteiro porque a amiga da gente tá passando por um momento difícil. A gente passa mal de rir juntas das coisas mais idiotas. A gente lê os mesmos livros pra comentar depois e reclamar do sistema de estrelinhas da outra no Skoob. A gente discorda, mas concorda em discordar. A gente se estressa uma com a outra, mas esquece logo. Amizade é isso. Os milhares de quilômetros parecem cinco minutos de viagem.

Tem uma música do Leoni que diz assim:  O que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia… Amizade também é isso. Aqueles laços transparentes que nos unem. Os nossos foram: a família, as mesmas dores, os livros, Caio-Cazuza-Legião Urbana-Clarice, mas principalmente, os sonhos. Somos duas pessoas que sonham. Que querem gritar para o mundo o amor que têm pelas coisas. Sabemos – obrigada por isso, Amélie –, que os tempos são difíceis para os sonhadores, mas se não fossem nossos sonhos, talvez o tal do universo – que às vezes nos maltrata – não teria juntado nossos caminhos. Não teria nos feito irmãs.

Disse que ia falar dos sonhos e não da Analu. Mas não é tudo a mesma coisa?Essa guria não é feita de sonhos? Mas foi só licença poética. Impossível não mencionar o nome da aniversariante do dia. Ela gosta tanto desse nome! Eu poderia usar o final do texto pra falar das peculiaridades. Dizer que Analu é fã de Julie Andrews e que sua paixão por teatro deve até doer um pouquinho de tão grande. Dizer que Analu tem preguiça de filmes e de vídeos no You Tube (mas sempre vê os meus). Dizer que Analu morre de ciúmes de quem gosta. Dizer que Analu é incrível (dã) e tal.

Porém, escolhi dizer principalmente que Analu é uma amiga fiel. Que ela me entende como poucas pessoas conseguem simplesmente porque parou para me ouvir. Dizer que agradeço  por ser sua amiga e até me pergunto se sou merecedora do meu lugar (vip, eu espero) na sua lista de amizades. Porque, amiga, quando eu digo que não sei o que faria sem você… nem sei se você tem ideia do quanto isso é verdadeiro. “Sua amizade é uma das coisas que mais valorizo na minha vida”. Foi ela que disse isso uma vez e eu me atrevo a parafrasear agora. É a mais pura verdade. Coisas incríveis vão acontecer contigo, eu sei disso. E eu vou saber de todas elas em primeira-mão e sentir alegria ao seu lado. Você merece demais.

Te amo, hermana! Feliz aniversário, feliz 21!

Nossa foto! Que no seu aniversário do ano passado a gente ainda não tinha!
Love, Tary