sábado, 29 de dezembro de 2012

Livros: o melhor de 2012

Continuando com a tradição firmada no ano passado, venho contar pra vocês o que li em 2012 no formato vídeo. Desculpem o tamanho. É que já faz um ano, eu estou enferrujada e perdi totalmente meu poder de síntese – o pouco que eu tenho, claro. O que me assusta é que no ano passado eu gastei esse mesmo tempo para falar de TODOS os livros que havia lido e nesse, comentei apenas sobre as melhores leituras. Enfim, espero que se divirtam assistindo e não fiquem irritados com as minhas manias e tiquezinhos. A lista não está em ordem cronológica nem de preferência. Ou seja, mandei a organização pro beleléu este ano. Outra coisa que preciso dizer é que não li nenhum livro ruim. Todos foram bons, mas apenas alguns deles me conquistaram.

 

Eu e Anna Vitória resolvemos entrar nessa dos vídeos juntas, adorei o tipo de post que ela inventou e resolvi copiar. Posso né, amiga?

Livros lidos em 2012 - e breves comentários sobre eles:

1) Um Dia

Em and Dex, Dex and Em. Apenas amor.

2) Contos de Fadas

Entrou para os favoritos porque eu amo Contos de Fadas, essa edição da Zahar é maravilhosa e eu pretendo reler bastante nessa vida. Pequena Sereia é meu favorito disparado.

3) Reparação

Preciso reler. Estraguei totalmente minha experiência com o livro porque estava de péssimo humor e fiz o impensável: li o final. Eu sei, shame on me. É impecável, no entanto, só relendo pra dar a ele o tratamento devido.

4) Pequena Abelha

Achei muita manchete pra pouca notícia, porém cheguei a me emocionar em algumas partes e tem umas passagens muito bonitas.

5) Espera

Continuação da saga dos lobinhos que eu havia começado a ler no ano passado. Vou ler o último pra ver como se encerra, mas achei o primeiro melhor…

6) Fazendo meu filme 2

Tão gostoso de ler quanto o primeiro. Nada que vá mudar a vida, mas super bem intencionado, fofo e adorável. Também vou continuar com os livrinhos da série.

7) Papel-jornal, artigos de Jornalismo Cultural

8) Jornalismo Cultural

9) Jornalismo de Revista

10) A Era do Vazio

Pós-modernismo e tapas na cara a cada página. Estudantes de Jornalismo, leiam.

11) As Vantagens de ser Invisível

O livro mais amado do ano. Não importa o que digam a respeito,  não mesmo. Charlie entra na lista dos personagens mais inesquecíveis da minha vida.

12) A Lista Negra

Incrível, incrível, incrível. Boa pedida para ser trabalhado nas escolas, na minha opinião de leiga. E foi um presente lindo que ganhei da minha amiga Renata <3

13) O Apanhador no Campo de Centeio

MARAVILHOSO! Melhor livro do ano.

14) Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

Troféu melhor título do mundo.

16) Precisamos Falar sobre o Kevin

Troféu Soco no Estômago e Personagem mais Perturbador.

17) Quarto

É excelente, só a narrativa que me incomodou um bocado.

18) Criança 44

19) Amanhã você vai entender

Eu esperava mais. Monstrinho da expectativa estragou nossa relação. Mas ainda assim vale a pena.

20) A Culpa é das Estrelas

Muito ótimo, apesar de não ser meu favorito do John Green e nem de 2012.

21) Pequenas Epifanias

22) A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça

Curtinho, curtinho e bem bacana. A edição da Leya é de babar de tão linda. Ilustrada, gente <3

23) Bela Maldade

Surpresa altamente positiva do ano!

24) Diário de um Banana

Pra ler em uma sentada e morrer de rir. O mais engraçado do ano.

25) Estilo Magazine – o texto de revista

26) Lola e garoto da casa ao lado

Troféu casal mais apaixonante de 2012, troféu ‘virei a noite lendo’ e troféu ‘personagem masculino apaixonante’, claro. Quero um Cricket pra mim, me desculpa sociedade. Além disso tudo, foi emocionante rever os personagens de Anna e o beijo francês. Mesmo.

Love, Tary

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Asas tatuadas nas costas

Ela chegou em casa com os pés cansados por causa do salto alto. Largou a bolsa no sofá e foi correndo até a geladeira, morrendo de sede. Tomou dois copos d´água, começou a tirar a maquiagem e entrou no banho. Lavou os cabelos para tirar o cheiro do cigarro que aquela gente insiste em fumar dentro de locais fechados, escovou os dentes, colocou um pijama com estampa de bolinhas e caiu na cama sem nem se importar se acordaria com os fios embaraçados no dia seguinte.

Mal colocou a cabeça no travesseiro, recebeu uma mensagem no celular. “Não consigo parar de pensar em você…” Ele. O rapaz que ela jurava que jamais ligaria de novo. O rapaz por quem ela havia se apaixonado de um jeito que até doía. O rapaz com asas tatuadas nas costas. Lara leu a mensagem várias vezes e pensou no que fazer. Ir atrás dele? Nem pensar. Ela estava exausta, havia bebido umas doses a mais de tequila, tinha olheiras profundas e…não queria dar o braço a torcer.

Resolveu voltar a dormir quando o assovio irritante do aparelho se manifestou novamente. Bufando, ela se sentou na cama e se preparou para ler. “Ainda lembro do quanto você odeia ser acordada, Lara. Não diria isso se pudesse suportar ficar sem dizer. Amo você. Estou apaixonado por você. E você precisa saber disso antes de ir embora amanhã. Não pense que acreditei naquelas palavras. Disse aquilo só porque não queria que eu fosse atrás de você e deixasse tudo para depois. Eu realmente não posso ir atrás de você. Ainda não. Mas tenho direito a uma despedida decente. Posso ir até aí?”.

Assustada e com os lábios tremendo, Lara digitou umas palavras, rapidamente. “Você já está aqui, não está?”. A resposta veio com o som do interfone. Ela se levantou e foi descalça até a porta. Lá estava ele. Fábio. Usando um terno barato, com o rosto cansado de noites insones e uma tulipa nas mãos. Sorrindo, ele fez uma pergunta que não precisa de resposta: “Sabe o quanto eu amo você  assim, de cabelo molhado?”.

***

Mais tarde, dentro do avião e completamente em prantos, a última imagem que ela tinha na cabeça era a dele. Dormindo de bruços, tranquilo. Lindas asas nas costas. Naquele momento, tudo o que Lara queria no mundo era que aquele desenho fosse de verdade.

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Love, Tary

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Eu tenho uma teoria:

De um jeito ou de outro, todo mundo está conectado. Mesmo achando que você não tem nada em comum com aquela pessoa, acredite em mim, você tem. E essa pessoa e você podem se tornar grandes amigas se abrirem os seus olhos e notarem a tal da conexão. É mais ou menos assim que começa minha história com a Renata. Acho que quem falou primeiro de mim foi ela em um post doidinho com uma foto de bebês. E depois ela criou o primeiro meme de sua vida, dizendo que morria de vontade de me indicar, mas não conseguia comentar no meu blog e eu talvez nem conhecesse o dela. Aí a Ana Luísa resolveu mandar a gente parar de besteira e começar a conversar. Foi ela que nos apresentou formalmente (o quão formal um tweet pode ser?) porque, bom, essa é a Analu. E a partir daí eu passei a trocar comentários com uma das pessoas mais admiráveis que já tive a oportunidade de entrar em contato nessa vida.

Se eu tivesse que definir a Rê em uma palavra seria um palavrão, com todo o respeito, mas seria. Com quatro letras. E que começa com F. Porque ela dá os melhores conselhos, escreve textos “iluminação na vida” que não são chatos de ler, é organizada (me ensina), tem um excelente gosto musical, gosta de Chaves, cozinha super bem, tem um sorriso bonito pra caramba e eu poderia ficar aqui a noite toda descrevendo as milhares de coisas incríveis que fazem com que ela seja incrível. A Anna disse que no começo ela intimida a gente. É verdade. A gente geralmente fica tímido perto de quem admira muito.

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Mas tudo o que eu poderia falar sobre a Renata não dá a entender fielmente o carinho que ela confere às pessoas que gosta. Como eu poderia explicar a pizza feita de madrugada, a casa sendo limpa várias vezes pra receber visita, o “ai de vocês se sujarem meu tapete” ou a melhor trilha sonora para um passeio de carro? Como eu poderia explicar aquela mensagem no facechat “pode confiar em mim, hahaha”? Ah, eu sei que posso, Rê. Em você em confio de olhos fechados. Por isso, hoje eu venho aqui pra dizer que eu te amo. Que sinto saudade de você todo o santo dia e que desejo que as melhores coisas do mundo aconteçam na sua vida. Desejo tantos momentos lindos que os cinco segundos nos últimos momentos de vida não serão suficientes. Você merece tudo de melhor, Rê.

Feliz aniversário, amiga!

Love, Tary

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Trilha sonora dos últimos doze meses

Ou: retrospectiva musical 2012

Orgulho-me imensamente em dizer que este foi o ano em que mais ouvi música na minha vida. Costumo dizer que não sou uma pessoa deveras musical porque existem épocas em que convivo com uma trilha sonora frenética e também longos períodos de silêncio total. E geralmente é assim que a coisa funciona, mas nos últimos doze meses a melodia certamente ganhou da quietude. Meu computador e o celular lotado de músicas trabalharam mais do que nos anos anteriores.

Para fazer esta retrospectiva musical, contei com a ajuda da minha memória e da minha Last FM, recurso que descobri em 2009 e comecei a levar a sério faz pouco tempo. Porém, nem precisaria desse site bacana pra saber disso: 2012 foi o ano da Legião Urbana. Nunca precisei tanto da voz rouca do Renato Russo me dizendo que não, eu não estava sozinha no mundo, um bando de gente passou e ainda vai passar por todas essas tribulações na vida. As mais ouvidas foram Tempo Perdido, Quase sem Querer, Teatro dos Vampiros, Será, Giz, Quando o Sol Bater na Janela do Seu Quarto e, recentemente, uma das minhas favoritas: Andrea Doria. Um pecado que esta não seja uma das canções mais comentadas da Legião. É dolorosamente bonita.

Nada mais vai me ferir é que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui e com a minha própria lei…

De todos os mantras legionários que repeti pra mim mesma, este é um dos que mais quebra meu coração em pedacinhos. Mas Legião é amor antigo, né? Em segundo lugar na lista de “mais ouvidas”, uma revelação: Mallu Magalhães. Assisti o clipe de Velha e Louca umas quinze vezes no mesmo domingo, criei um layout com uma das frases da música e ficava me segurando pra não dançar dentro do ônibus quando a canção aparecia no shuffle. Além dela, escutei  à exaustão as deliciosas “Olha só, moreno”, “Sambinha Bom” e “In the morning”. Com certeza vou acompanhar ainda mais o trabalho dela daqui pra frente. Fui conquistada.

Eu tenho tido a alegria como dom e em cada canto eu vejo o lado bom!

Depois da Mallu, veio Esteban. Maravilhosa descoberta, possível graças à minha amiga Anna Vitória, que colou um vídeo de “Pianinho” no meu mural do Facebook, apostando que eu ia gostar. Amei. Meu sonho é gritar as músicas do álbum Adiós, Esteban! e tietar bastante o Tavares em um show. Junto com a Annoca, claro! Todas as músicas rodaram dia e noite, praticamente, mas entre tantas composições lindas, as mais ouvidas foram “Sophia”, “Segunda-feira”, “Canal 12”, “Adiós, Sophia” (que eu amo demais por ser uma espécie de revanche rancorosa) e, obviamente, “Pianinho”.

Eu bebi saudade a semana inteira pra domingo você me dizer que não sabe o que quer e não quer mais saber…

O senhor Nando Reis também deu as caras na minha playlist. Principalmente porque rolou show dele aqui na minha cidade. Aí eu me joguei nos arquivos MP3 que acumulei ao longo dos anos! O pior é que o show nem foi lá essas coisas e todo mundo saiu reclamando, mas o “pré-show” escutando minhas músicas favoritas foi  bastante divertido. Destaco “All Star”, “Espatódea” e “Luz dos Olhos” das antigas, e “Muito Estranho” do adorável álbum Bailão do Ruivão, que resgata músicas lindíssimas da nossa música popular.

Quarta estrela, letras três, uma estrada. Não sei se o mundo é bom, mas ele está melhor desde que você chegou

Talvez para compensar todos os 20 anos que ouvi Cazuza todo santo dia, sem exceção, em 2012 o ritmo diminuiu um bocadinho. Veja bem, um bocadinho. Não escutei de segunda a segunda, mas toda semana ele estava lá me arrancando sorrisos enquanto o vento passava pela janela do ônibus. Muito difícil dizer as mais ouvidas. Vou, portanto, enumerar as favoritas desse ano. “Faz parte do meu show”, “Todo amor que houver nessa vida”, “Preciso dizer que te amo”, “Minha flor, meu bebê” (SEMPRE!), “Blues da Piedade” e - inédita até este ano - “Sorte e Azar”.

Faço promessas malucas, tão curtas quanto um sonho bom, se eu te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão…

Depois, a minha paixão mais louca. Eu tinha uma antipatia gratuita por Los Hermanos, mas bastou prestar atenção para amar. E este ano o amor já ficou concreto e irrefutável. O que eu mais gosto neles, tirando as letras incríveis, é nunca adivinhar as rimas seguintes porque elas jamais são previsíveis. E, finalmente, consegui ouvir “Conversa de Botas Batidas” inteira, viciei e me apaixonei. Não conseguia escutar essa música antes por motivos de: ficar deprimida. Junto com “Eu vou tirar você desse lugar”, esta foi a canção deles que não saiu dos meus ouvidos e da minha mente.

Ai, não fala isso, por favor, esse é só o começo do fim da nossa vida, deixa chegar o sonho, prepara uma avenida, que a gente vai passar…

Fora esses artistas, a trilha sonora de 2012 contou com Valentin, projeto lindo de morrer que agradeço por ter encontrado este ano, Visconde, Barão Vermelho e Verde Velma. Esses dois últimos, porém, são figurinha carimbada. E nesse fim de ano, não consegui parar de escutar o Red, álbum lindo Taylor Swift. Enfim, foi uma bela trilha. Espero que meu 2013 também seja embalado por canções maravilhosas e novas descobertas musicais.

Love, Tary

P.S: Feliz Natal, povo!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O ano que me abraçou e não quis mais soltar

Ou: uma retrospectiva de 2012 no dia em que o mundo não acabou

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Finalmente chegou o texto “iluminação na vida” anunciado no primeiro post deste mês. Aviso de imediato que vai ser grande, piegas e nada épico. Por isso aconselho a leitura com um copo d’água ou suco bem gelado ao alcance das mãos, ao som de uma música divertida e em uma posição confortável. Em outras palavras: nada de notebook na barriga. Hoje eu quero falar sobre 2012, o temido, o malvisto, o famigerado. O… chocantemente bom. Comecei este ano totalmente pessimista e cética a respeito do que ele me traria. Parte de mim gritava a plenos pulmões que seria terrível e a outra parte tapava os ouvidos, mas ameaçava acreditar. Alguns temores se confirmaram. O Trabalho de Conclusão de Curso roubou muito do meu tempo, perdi minha querida bisavó, me decepcionei com pessoas em quem confiava cegamente e enfrentei dias horríveis. Mas se for colocar na balança, as alegrias ganham de lavada das tristezas. 2012 deu o ar de sua graça como quem não quer nada e acabou me surpreendendo.

Quando o ano começou, todos torciam o nariz quando eu dizia que meu TCC seria uma revista. (sobre Literatura ainda) e que eu faria sozinha. Muitos duvidaram da viabilidade do projeto e dava pra sentir na pele a previsão de fracasso que faziam. Só que eu não desisti. Foram muitas lágrimas derramadas por causa desse trabalho, olheiras que iam até o umbigo e um cansaço que até agora não devo ter compensado. Mas quer saber? No fim a minha vitória compensou tudo isso. A Literatour nasceu linda, do jeito que eu sonhei, com um pedacinho de cada um que acreditou e aceitou contribuir. No ano que vem meu maior desejo é conseguir apoio para imprimir vários exemplares e trabalhar a revista nas escolas da minha cidade.

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Na minha banca examinadora, no dia 13 de novembro, finalizei a apresentação dizendo: "Isso é retórico, considerando todo o meu trabalho, mas eu sempre fui uma apaixonada por livros. Desde de antes de aprender a ler. Eu via a minha mãe lendo e ficava intrigada com a magia envolvida naquilo. Porque ela sempre ficava 'surda' com um livro das mãos, de tão absorta na história. Eu descobri a magia, cresci, desenvolvi a Literatour e essa é a minha singela retribuição aos livros por terem me salvado tantas vezes". Ali eu já estava satisfeita com o resultado, com a sensação de dever cumprido e os elogios dos três mestres só aumentaram ainda mais a  minha felicidade. Mas nada se compara à sensação de ouvir aquele 10 tão batalhado saindo da boca do meu orientador. O choro que se seguiu foi de alívio misturado com todos os melhores sentimentos. Um dos momentos mais bonitos que eu já vivi, sem dúvida.

E então na quarta-feira foi a minha colação de grau e agora posso ser oficialmente considerada  jornalista. Uma jornalista com diploma, obrigada. Apesar da cerimônia ser apenas uma formalidade meio chatinha, jogar o capelo pro alto e abraçar os colegas que me acompanharam por quatro anos foi muito bom. Melhor mesmo só descobrir que começarei 2013 exercendo essa profissão que, aos trancos e barrancos, nunca deixei de amar.

JOR

Nada, porém, foi mais inesperado do que o final de semana dos dias 18 e 19 de agosto. Se eu fosse a louca das tatuagens, com certeza faria uma com essas datas (só que não). Viajei de avião pela primeira vez na vida, caí de amores por São Paulo, cidade linda que já amava mesmo antes de visitar. Conheci as garotas mais incríveis da galáxia e tive a confirmação de que nada é impossível. De que o Renato Russo estava certo e, sim, temos todo o tempo do mundo! Me despedir das minhas amigas me deu a maior prova que já recebi: saudade dói demais. Foi inesquecível, mas tem dias que estou cá com meus pensamentos e tenho vontade de me beliscar. Até hoje fico na dúvida se foi de verdade, ou se foi um sonho sonhado em conjunto.

MAFIA

Enfim, 2012 foi esse furacão todo. Tirei foto com os melhores comediantes do Brasil, fui bastante ao teatro, passei uma tarde loucamente corrida no parque, não li nenhum livro ruim! Perdi o medo de passar batom vermelho e o adotei para todo o sempre, tomei coragem pra mudar o cabelo, comprei um sapato igual ao da Dorothy. Me presenteei com a tão desejada caixa de Friends. Participei de um retiro maravilhoso, disse adeus à minha série favorita e chorei por duas horas seguidas depois disso. Tive o melhor aniversário de todos. Um parapente caiu na minha cabeça (e nem é brimks). E eu sobrevivi a tudo isso, me superei. Provei a mim mesma que sou forte. Agora mal posso esperar pelo que estar por vir.

Love, Tary

P.S: Calma! Sei que esse post não foi tão iluminação na vida (ou seja, gigante) quanto os da Renata, de quem roubei a referência, mas ele será dividido em algumas partes. Vai ter retrospectiva literária, musical, televisa e cinematográfica.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Bye, Skins

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Este texto foi escrito no dia seguinte ao último episódio da 6º temporada de Skins, mas na época, me pareceu muito piegas. Relendo, não achei tão ruim assim e resolvi postar.

Já vou avisando logo de cara que este é um dos textos mais difíceis que eu já escrevi na vida. O mais adiado, o mais complicado, o mais dolorido. Por muito tempo eu pensei que, se não escrevesse sobre isso, não seria verdade. Mas, infelizmente, é. Skins acabou. A minha série favorita - a série da minha vida - foi cancelada. E só quem já viu um dos seus seriados mais amados acabando sabe o que eu quero dizer. Minha primeira reação à notícia foi colocar a mão sobre a boca e dizer: não! Enquanto as lágrimas caíam, teimosas, e a expressão se contorcia naquela cara horrorosa que todos fazemos quando as emoções transparecem. Porque, sabe, dói demais.

Pode parecer idiota, mas quem sabe do que eu estou falando, vai me entender. Foi como me despedir das tardes, noites, madrugadas e manhãs em que eu apertava o play, jogada na minha cama, ou sentada na minha cadeira favorita e era transportada para Bristol, na Inglaterra. E, de repente, estava em uma daquelas festas intermináveis, regadas a uma bebedeira louca e embaladas por uma música boa demais pra ser verdade. Lá estava eu, pensando sobre todos os meus problemas e sobre dores minhas que antes eu nem sabia que existiam. Lá estava eu, amando personagens como se fossem reais, me identificando com a alma deles e não com suas atitudes.

Sou totalmente contra drogas e isso não me impediu de amar aquelas pessoas que ganhavam vida através de jovens atores completamente sensacionais.  Aliás, uma das coisas que mais me irritaram nesses seis anos em que assisti Skins foram as pessoas classificando a série com “sexo, drogas e rock’n roll”. É tão mais do que isso. São sentimentos tão fortes que te atingem, identificações tão profundas, tapas na cara que fazem o corpo inteiro balançar. Não dá pra dizer que Skins representa “a vida como ela é” porque não é nada disso. Existem toques de exagero e tudo é pintado com tintas bem mais vibrantes do que as cores da realidade em que a gente vive, mas uma coisa eu posso garantir: a essência está ali. Os medos, as dúvidas, as inseguranças, a morte, o amor, os sonhos, as verdades, as dores, as lágrimas, os sorrisos, as fraquezas, a força: a vida. Skins é a intensidade em sua forma mais visceral. É não conseguir dormir de ansiedade para o próximo episódio, é sofrer tanto por um personagem que seus próprios problemas acabam se tornando insignificantes.

Por isso tudo, a minha despedida ainda não acabou. Não superei, nunca vou superar. E só de ver alguém citar Skins, mesmo em um texto, ou situação que nada tenha a ver com a série em si, só consigo me lembrar que acabou. A audiência não ajudou, é fato. E os fãs da segunda geração - que é minha menos favorita de todas - só ficavam pedindo a volta de uma das personagens, boicotando a sexta - e última - temporada sem dó nem piedade. Sendo que a terceira geração de Skins foi incrivelmente bonita, bem feita e nos presenteou com alguns dos melhores episódios da história da série. Apesar de tudo isso, outra parte de mim, a mais conformada, quer acreditar que foi melhor. Que os roteiristas poderiam se perder pelo caminho e estragar tudo. Mas é uma parte muito pequena.

Dito isso e esperando que alguém ainda esteja lendo isso aqui, digo que foi importantíssimo pra mim assistir Skins durante seis anos da minha vida. Todos aqueles rostos e histórias, mesmo os que eu não gostava tanto, permanecem em mim. E eu espero que vocês todos, algum dia, sintam o que eu senti vendo Skins com qualquer outra série, livro, filme, sei lá. Até mesmo a tal dor da despedida. Porque, sabem, essa dor mostra o quanto foi tudo tão incrível. E, afinal, nós só sofremos ao dar adeus àquilo que amamos muito. E, meu Deus, como eu amo Skins.

Love, Tary

P.S: Os criadores da série estão preparando mais seis episódios para o ano que vem. Não haverá uma nova geração, mas alguns personagens que já participaram de Skins, vão fazer aparições. Não será a mesma coisa, tenho certeza. Mas teremos Cassie!

domingo, 9 de dezembro de 2012

Passeio pela estante virtual

Ou se você quiser um título infame: Skoob, Skoob Do.

books

Acompanhei esse meme desde quando ele surgiu pelos vlogs da vida e adorei, porque amo falar sobre livros e adoro brincar no Skoob, mas a grande vontade de responder só surgiu quando a Annoca o postou no blog dela, a convite da Amanda. São quinze perguntinhas sobre a rede social literária e que, querendo ou não, acabam dando uma ideia de como estão as minhas leituras.

1 - Quantos livros você tem na aba LIDO?

267.

2 - Qual livro você está lendo?

Estou lendo um livro genial e empolgante chamado Criança 44, do autor Tim Rob Smith. É um thriller que se passa na URSS de Stalin, onde os crimes eram escondidos da população para que todos pensassem que o país estava livre da violência porque todos eram iguais. O personagem principal é um agente que recebe ordens para ignorar um assassinato, mas acaba querendo encontrar o criminoso. Suspense incrível.  

3 - Quantos livros você tem na aba VAI LER?

198 livros. Meu esquema pra essa aba é colocar todos os livros que eu quero ler na vida, a médio e a longo prazo.

4 - Você está relendo algum livro? Qual?

Não estou. Aliás, mesmo que estivesse não colocaria no Skoob. Porque aí o livro some da minha aba de livros lidos. E meu TOC me deixa desesperada com isso.

5 - Quantos livros você já abandonou?

Segundas chances: Duas histórias muito açucaradas com aqueles personagens patéticos que choram de emoção durante o sexo e se amam com todas as forças do coração e da alma. Eca. Só aguentei terminar a primeira história e com muito custo. Barbara Delinsky nunca mais!

Marley e Eu: Calma, gente! Eu juro que tenho coração! Mas achei a narrativa tão chatinha… e o livro era emprestado, o que significa que eu tinha prazo pra ler. Aí eu larguei. Escrevam nos comentários se eu perdi muita coisa.

O vendedor de sonhos: Meu tio jurou que é maravilhoso e eu confio no gosto dele. Só que a coisa não engrenava de jeito nenhum. E olha que eu até tinha conseguido ler um livro do Augusto Cury antes. Não sei se não rolou química, ou se o preconceito falou mais alto. 

O Mundo de Sofia: Achei o começo insuportável e também era emprestado. Devolvi sem ler. E a pessoa que havia me emprestado também não tinha conseguido ler, o que deve significar alguma coisa.

A paixão segundo G.H: Eu tenho muito nojo de baratas. Asco profundo e avassalador que sempre me faz dar gritinhos chorosos e gritar pelo meu pai. E acho que todo mundo sabe que a personagem da Clarice Lispector tem as mais altas experiências filosóficas com uma barata e acaba, inclusive, comendo o bicho. Não deu. Mas ainda quero ler um dia porque pretendo ler todos os livros dessa escritora. Ela dizia que esse livro é pra quem já tem a alma formada. Vamos considerar que a minha ainda está se graduando.

6 - Quantas resenhas você tem cadastradas no Skoob?

54. Antigamente era sagrado! Eu sempre escrevia algum comentário após terminar a leitura de algum livro, mas hoje em dia a preguiça tomou conta de mim. Quem sabe ano que vem eu retomo, né? Era tão divertido.

7 - Quantos livros você já avaliou?

O mesmo número de livros lidos, 267. Sempre avalio.

8 - Quantos livros você tem na aba FAVORITOS? Cite alguns deles:

Tenho 65 livros nessa aba. Eu não tenho muita frescura pra favoritar, não. Se me apaixonei durante a leitura e senti o coração bater mais forte, vou marcar como favorito. Não me importa o gênero. Alguns deles: Aos meus amigos, da Maria Adelaide Amaral, Bela Maldade, da Rebecca Brown, Pequenas Epifanias, do Caio Fernando Abreu, Música ao Longe, do Erico Verissimo (o amor da minha vida), Meu pé de laranja Lima, do João Vasconcellos, As Virgens Suicidas, do Jeffrey Eugenides, O apanhador no campo de centeio, do Salinger, A Menina que roubava livros, do Markus Zusak (…)

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9 - Quantos livros você tem na aba TENHO?

139, por enquanto.

10 - Quantos livros na aba DESEJADOS?

Nos desejados, coloco os livros que eu preciso comprar (ou ganhar) URGENTEMENTE! Prefiro assim pra não colocar milhões e depois ficar me torturando porque não tenho os 198 que quero ler. São 31 no momento.

11 - Quantos livros emprestados no momento? Quais?

Nossa, fiquei assustada agora. Tenho 12 livros emprestados no momento! Ai dessas pessoas se não me devolverem. See Jane Date, Réquiem em Los Angeles, A vida secreta das Abelhas, Os contos de Beedle – O bardo, O Castelo de Vidro, A menina que não sabia ler, Fazendo meu filme 1, Ler viver e amar em Los Angeles (que vai trocar assim que voltar do empréstimo. Horrível esse livro), O menino do pijama listrado, A borboleta tatuada, A sombra do vento e Uma vida interrompida

12 - Você quer trocar algum livro? Qual?

Não. Saí dessa de trocar pelo Skoob, prefiro ir ao sebo daqui e fazer a festa. Mais rápido.

13 - Na aba META, quantos livros você tem marcados? Conseguiu cumpri-la?

27. Eu uso esse recurso só pra organizar os livros que quero ler e ter uma ideia de quantos livros eu li no ano, não necessariamente como uma meta. Aí nem ligo se vou cumprir ou não.

14 - Qual o número do seu paginômetro?

59.649

15 - Qual o link do seu perfil no Skoob?

http://www.skoob.com.br/usuario/153573-taryne

Todos estão convidados a responder!

Love, Tary

sábado, 8 de dezembro de 2012

Um pouco de ousadia, talvez

Acho que vocês conseguiram notar algo de diferente por aqui. Se a resposta for negativa, suba sua barra de rolagem e dê uma olhada na garota exausta com uma nuvem cinza sobre a cabeça. Repararam? Pela primeira vez na história desse blog nós temos um layout sem as típicas folhinhas. “Você e suas folhinhas!”, diria a Analu, entre risos. É, elas foram aposentadas e espero que ninguém chore de saudades. Eu mesma já superei. Esse layout é a coisa mais simples e autobiográfica que eu já fiz. Poderia fazer toda uma explicação filosófica a respeito? Aham, poderia. Porém, vou confiar na sensibilidade de quem – ainda – lê esse blog.

Mas deu pra sacar, não deu? Sem personagens identificáveis nos quais me apoiar, sem casais fofinhos de filmes, sem a Cassie. Sei que já citei as “personagens identificáveis”, mas entre todas que passaram por aqui, ela foi a única que esteve presente na maioria esmagadora dos templates. E, por fim, sem as folhinhas. A mais drástica alteração. Entendam a mudança como quiserem. Insiram o título bobo desse post aqui. Sei lá.

O fato é que muita coisa aconteceu desde o meu penúltimo post. Muita mesmo. E não sei como eu consegui ficar tanto tempo sem escrever sobre elas. Sem despejar por aqui tudo o que eu senti e vivi nos últimos tempos. Só que ainda não é o momento. A essa altura todo mundo deve saber que eu tirei 10 no meu TCC, mas ainda quero escrever detalhes a respeito. Só que eu sinto que se for falar disso, vou precisar falar de 2012 inteiro. E isso não será um post qualquer. “Será uma iluminação na vida!”, parafraseando a Renata.

Enfim, me alonguei um pouco. E tenho que trabalhar daqui a pouquinho, o que me faz odiar a mim mesma um pouquinho por ainda estar acordada. Estudos deveriam ser feitos sobre a minha capacidade altamente sabotadora de estar quase caindo no sono e simplesmente decidir mudar tudo no meu blog. Espero sinceramente não ter decisões do tipo quando se tratar de um apartamento. Pelo menos não de madrugada.

Love, Tary