Estava eu bem quieta no meu canto depois de assistir um filme fofíssimo com a Amy Adams e o Matthew Goode quando resolvo fazer minha visita diária aos blogs da Analu e da Anna Vitória e me deparo com posts divertidos sobre peças de roupas. Nana resolveu discorrer a respeito do seu amor por meias e Annoca estava defendendo as famigeradas calças vermelhas. Naquele instante, com as duas abas do Google Chrome me encarando, tive uma espécie de iluminação. Desde uma conversa sobre moda que tivemos no Facebook tudo o que eu quero da vida é escrever sobre a minha peça favorita. Não sei se as duas combinaram de postar sobre o mesmo tema sem me convidar – se for o caso: magoadíssima –, mas me pareceu coincidência demais e precisei seguir o insight.
Pois bem, entre meias, calças, saias, casacos e o que mais houver no guarda-roupa ou na vitrine, meus olhos sempre serão atraídos para eles: os vestidos. De renda, com babados, longos, curtos, curtíssimos, rodados, estampados com bolinha, bengalas, chapéus-coco ou frutas a la Katy Perry, decotados nas costas, com mangas bufantes ou botões. São os tais vestidos que fazem minha cabeça e me obrigam a entregar o cartão de crédito à vendedora com um sorriso no rosto.
Simplesmente são o tipo de roupa mais feminina que existe. Capazes de deixar qualquer mulher parecendo uma princesa, tenha ela o tipo de corpo que tiver. Quem liga para coxas grossas ou canelas finas, quando se está confortável e leve usando um vestido soltinho? Ah, eles deixam qualquer uma mais confiante. E mesmo que as calças tenham sido uma conquista e tanto, quando penso em sair para qualquer lugar, mesmo que esteja fazendo um frio de congelar os ossos, vestidos são minha primeira opção.
O mais engraçado é que quando penso nos momentos mais marcantes da minha vida, estou usando um vestido especial em cada um deles. Azul escuro, com gola-palhaço e barra de renda quando completei cinco anos. Branco e frente única no último aniversário do meu querido avô. Lilás, tomara-que-caia e tradicional na comemoração dos meus quinze anos. Verde, curtíssimo e com bordado dourado naquele casamento em que recebi um botão de rosa e uma declaração de amor. Outro lilás, longo e com saia plissada na formatura do terceiro ano. Roxo, com decote transversal e fecho prateado na parte de trás do pescoço nos quinze anos da pessoa mais importante da minha vida. Pretinho básico com um laço na manga do ombro esquerdo na última vez em que saí com as amigas. E por aí vai.
Por isso eu os amo tanto: vestidos são inesquecíveis. Marilyn Monroe e seu branco rodado, sexy e icônico. Audrey Hepburn divando na cara da sociedade com o preto longuíssimo de Holly Golightly ou com o da Eliza Doolittle depois do banho de loja. Grace Kelly largando Hollywood para entrar com o pé direito na realeza. E talvez um dos meus preferidos: Julia Roberts indo à ópera de vermelho, luvas brancas e Richard Gere de acessório principal. Vestidos não tem vocação para coadjuvantes, quase sempre são personagens principais.
Dependendo do corte, se adaptam perfeitamente, te deixam longilínea e completamente feliz por ter encontrado a peça perfeita. Não são necessárias muitas combinações e estresse, basta vestir um deles, colocar o sapato certo e voilá, está arrumada. Além disso, são a roupa perfeita para dançar. Eles se movem no ritmo do corpo quando se está dançando sozinha e esvoaçam, elegantes, quando seu par te gira pelo salão. E, claro, são obviamente românticos, afinal, ninguém se casa usando calça jeans.
Sei bem que apesar da minha defesa inflamada, vocês podem ter discordado de tudo o que eu disse até aqui, mas acho que terão de concordar comigo neste último argumento: quando se trata de rodopiar, vestidos sempre serão a melhor escolha.
Jane Nichols e seus 27 dresses sabem do que eu estou falando
Love, Tary
P.S: Um dia imito a Jane e mostro todos os meus vestidos pra vocês!