quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ode à diversidade

É disso que eu gosto. Eu curto a variedade, as opções. Para mim, é o 'tudão' que torna a vida cheia de graça. Você pode ir à livraria ou à padaria comprar pão e encontrar o amor da sua vida, pode passar a madrugada na internet ou tomando sorvete de jabuticaba. Tem gente que gosta de verde, de amarelo, de azul, de vermelho e eu sigo encantada com o lilás. Amo o diferente. Olhar em volta e ver negros, asiáticos, índios, brancos e quem mais quiser chegar. 

Eu gosto é de poder escolher, poder mudar. Ser loira hoje, morena amanhã e virar ruiva daqui há dois anos. Gosto de ter amigo hippie, amigo doido-de-pedra, amigo baladeiro, amigo nerd, amigo carinhoso e amigo reservardão. Ir à uma festa e dançar tudo o que tocar. Desligar o cérebro pseudo-cult e se jogar na pista! E no dia seguinte, viajar de ônibus ouvindo música indie, cantarolando baixinho e sentindo a brisa. 

Bom mesmo na vida é não precisar fazer parte de nenhuma tribo, poder gostar das coisas e dizer "porque sim, porque é divertido e me faz feliz". Legal é assistir filme do Almodóvar e depois, sem a menor culpa, rir horrores de um besteirol americano dos mais tradicionais. Importante é aceitar que tem gente  que gosta de meninos, de meninas - ou dos dois - e ninguém tem nada a ver com isso. Aceitar que existem evangélicos, católicos, budistas, islâmicos, espíritas e ninguém precisa brigar, tem lugar pra todo mundo. 

Todas as pessoas são bem-vindas quanto o assunto é diversidade. As que gostam de pandas, de pôneis, de girafas ou de corujas. As malucas por vampiros altões e as que adoram zumbis. Quem recém se apaixonou por Nutella e quem sempre achou uma ótima ideia. A adoradora de orelhas geladas e a que ama andar de ônibus. A fanática por cupcakes e aquela que será uma noiva linda de morrer. 

A menina que é doente pelo time do coração ou a que sabe apreciar o ócio. Tem quem goste de suco de milho! E tem quem goste da Mafalda. As viciadas em seriados também tem seu espaço. Assim como as sensíveis, as donas de sotaques deliciosos, as fascinadas por ótimos e mágicos escritores. As que assumem as vergonhas sem medo, as que escrevem coisas que fazem chorar, as fãs do Woody Allen, as que curtem pausas dramáticas, as que escrevem feito ninja e as que reconhecem o valor das dificuldades.

Bom mesmo é o complexo, o diverso, o variado, o plural. E melhor do que tudo é reunir toda essa diversidade. Bom mesmo é misturar!

Love, Tary

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Corra, Tary, corra!

Eu estou correndo. Preciso correr e nada é capaz de me impedir disso. Estou esgotada, minha respiração falha várias vezes, mas não deixo meu corpo prevalecer sobre a minha aparente vontade. Continuo correndo, suando, tremendo de adrenalina. Não existe espaço para errar nem cair, muito menos para desistir ou enfraquecer. Eu continuo, corro, sinto o cabelo grudar no rosto e lágrimas saírem dos olhos por causa do esforço, mas sequer penso em parar e descansar. E, Deus, eu preciso tanto descansar, tomar uma água de coco e aproveitar o seu sabor. Porém, a minha mente não deixa. Ela não quer que eu descanse. Apenas me resta esperar que a queda não seja vertiginosa e dolorida. Até lá, permaneço dominada. Continuo correndo até que algo mais forte me faça parar.


Love, Tary

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vinte rodopios

Hoje é meu aniversário. E este ano, mais do que em qualquer outro, eu precisava celebrar. Isso porque este tem sido um dos melhores anos da minha vida e, mesmo indiretamente, vocês fazem parte disso. Logo, fiz um vídeo com algumas fotos de momentos e pequenas coisas que me fazem feliz, embalado por uma música que eu adoro e que combina comigo. Essa é uma forma de dividir a minha felicidade com vocês de um jeito diferente e simplesmente celebrar esses vinte rodopios que completo hoje. 



Pra quem acompanha meu flickr não tem muita novidade no vídeo, mas com a música fica bonitinho!

Love, Tary

domingo, 4 de setembro de 2011

Novelão histórico dos bons


Seis mulheres reconhecidas não por suas vidas, mas por como elas terminaram

Meu assunto histórico favorito sempre foi e sempre será a saga dos Tudors, dinastia que reinou na Inglaterra até 1603, quando a ruivona Elizabeth I morreu. Esse povo concretizou, na vida real, o que muita novela daria o sangue pra conquistar. Muito barraco, milhões de mortes, intrigas, traições, luxúria, ambição desenfreada, personagens complexos, inveja. Ou seja, praticamente todos os pecados capitais convivendo juntos na corte mais suja e fascinante da qual já se ouviu falar. 

O período mais marcante, na minha opinião, é o reinado de Henrique VIII. O cara simplesmente teve a pachorra de romper com a Igreja Católica - o maior poderio da época - pra poder botar a esposa Catarina de Aragão para correr e se casar com sua amante, Ana Bolena. Importante dizer que menos de dois anos depois de ter criado uma nova religião pra poder se casar com Ana, Henrique se cansou dela e do fato da moça não dar à luz ao tão esperado filho varão e, juntamente com seus conselheiros, inventou mentiras a seu respeito e mandou condená-la à decapitação. Quer barraco maior que esse? 

Esses dias terminei de ler A Irmã de Ana Bolena, um livro de mais de 600 páginas e muito viciante que conta a história de Maria Bolena, a garota que também foi amante do rei, mas nem de longe tão lembrada quanto a irmã. No livro, Ana é descrita como uma vaca de marca maior com uma ambição acima de qualquer coisa. Apesar do livro ser incrível, não curti muito essa visão e até achei estereotipada.

Eu acredito piamente na inocência de Ana Bolena e a considero uma das personagens históricas mais complexas que já existiu, não foi heroína nem vilã, foi real, humana, foi de verdade. Ela  virou a cabeça de um monarca poderosíssimo e teve um fim lamentável. Ou seja, um rise and fall pra ninguém botar defeito. Mas se você quiser mesmo se deliciar com a saga dos Tudors, passe longe da péssima adaptação para o cinema. Nem o elenco legal, com Natalie Portman e Scarlett Johansson é capaz de salvar A Outra. O filme transforma tudo em uma novela mexicana e simplesmente acaba com os fatos históricos.

Melhor Henrique VIII e melhor Ana Bolena ever

Se você quiser entrar nesse mundo de intrigas, comece por onde se iniciou toda a minha fixação por esse período e veja The Tudors, série que consegue captar toda a sujeira e todo glamour da época. Erros históricos e liberdades criativas não me impedem de pagar pau para o trabalho bem feito que fizeram, tanto no figurino quanto na ambientação. E, principalmente, na escolha de atores ultra carismáticos como Jonathan Rhys Meyers - um Henrique tirano e sexy -, Henry Cavill (o novo super-homem e o amor da minha vida) e a Ana Bolena mais legal de todas, Natalie Dormer.

Depois desse tempo em que essas mulheres foram totalmente subjugadas e tratadas como meras peças de quebra-cabeça que se encaixavam nos interesses masculinos, hoje elas são lembradas por sua força em tentar manobrar essas regras. Mesmo que séculos tenham se passado, essa é a vingança delas.


Ana Bolena aprova esse post
Love, Tary