É disso que eu gosto. Eu curto a variedade, as opções. Para mim, é o 'tudão' que torna a vida cheia de graça. Você pode ir à livraria ou à padaria comprar pão e encontrar o amor da sua vida, pode passar a madrugada na internet ou tomando sorvete de jabuticaba. Tem gente que gosta de verde, de amarelo, de azul, de vermelho e eu sigo encantada com o lilás. Amo o diferente. Olhar em volta e ver negros, asiáticos, índios, brancos e quem mais quiser chegar.
Eu gosto é de poder escolher, poder mudar. Ser loira hoje, morena amanhã e virar ruiva daqui há dois anos. Gosto de ter amigo hippie, amigo doido-de-pedra, amigo baladeiro, amigo nerd, amigo carinhoso e amigo reservardão. Ir à uma festa e dançar tudo o que tocar. Desligar o cérebro pseudo-cult e se jogar na pista! E no dia seguinte, viajar de ônibus ouvindo música indie, cantarolando baixinho e sentindo a brisa.
Bom mesmo na vida é não precisar fazer parte de nenhuma tribo, poder gostar das coisas e dizer "porque sim, porque é divertido e me faz feliz". Legal é assistir filme do Almodóvar e depois, sem a menor culpa, rir horrores de um besteirol americano dos mais tradicionais. Importante é aceitar que tem gente que gosta de meninos, de meninas - ou dos dois - e ninguém tem nada a ver com isso. Aceitar que existem evangélicos, católicos, budistas, islâmicos, espíritas e ninguém precisa brigar, tem lugar pra todo mundo.
Todas as pessoas são bem-vindas quanto o assunto é diversidade. As que gostam de pandas, de pôneis, de girafas ou de corujas. As malucas por vampiros altões e as que adoram zumbis. Quem recém se apaixonou por Nutella e quem sempre achou uma ótima ideia. A adoradora de orelhas geladas e a que ama andar de ônibus. A fanática por cupcakes e aquela que será uma noiva linda de morrer.
A menina que é doente pelo time do coração ou a que sabe apreciar o ócio. Tem quem goste de suco de milho! E tem quem goste da Mafalda. As viciadas em seriados também tem seu espaço. Assim como as sensíveis, as donas de sotaques deliciosos, as fascinadas por ótimos e mágicos escritores. As que assumem as vergonhas sem medo, as que escrevem coisas que fazem chorar, as fãs do Woody Allen, as que curtem pausas dramáticas, as que escrevem feito ninja e as que reconhecem o valor das dificuldades.
Bom mesmo é o complexo, o diverso, o variado, o plural. E melhor do que tudo é reunir toda essa diversidade. Bom mesmo é misturar!
Love, Tary