sábado, 31 de dezembro de 2011

Vou sentir saudades


Ah, 2011. Que bom que você existiu. Vou sentir saudades. De mim mesma pulando quando você chegou, começando um estágio, realizando sonhos, entrando em outro estágio, sentada na sala de cinema assistindo a última estreia de Harry Potter.

Dançando, festejando, chorando de alegria, de fé, vou sentir saudade da minha felicidade quando descobri que tinha força, que tinha sorte. Vou sentir saudade dos shows, das peças de Teatro, dos livros que li. Vou sentir saudade do meu sorriso quando recebi os presentes, as cartas, o amor das pessoas que guardo no coração.

Vou sentir falta até dos meus pés doloridos, do rosto suado, da cabeça pesada, das lágrimas de expectativa. Do dia em que descobri: eu importo, meu lugar é meu, de mais ninguém e vai dar certo se a esperança não me abandonar. 

Tudo o que eu pedi ao final de 2010 foi: Por favor, por favor, que o próximo seja melhor! E você conseguiu, não foi? Você foi um furacão! O ano em que eu mais aprendi, mais cresci, mais me realizei, mais mudei. O ano em que eu quase não planejei: eu vivi.

Valeu, 2011. Foi inesquecível!

Love, Tary

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Seis coisas que eu quero fazer... em 2012!

Essa história de longo prazo me deixa um pouco deprimida. E indecisa. Resolvi, então, separar seis coisas legais, possíveis e principalmente - NECESSÁRIAS, que quero fazer o mais rápido possível. Muitas foram riscadas da minha lista neste ano (ai, quanta saudade vou sentir de 2011!) e tenho novos objetivos para o ano que vem. São coisas bem práticas - praticidade em pessoa, prazer! - e talvez pareçam chatíssimas e sem graça pra vocês, mas são importantes pra mim, sabe? Logo, seis coisinhas que eu sempre quis fazer, nunca fiz e gostaria muito de realizar em 2012!

1. Passar a tarde no parque 

O tal parque. Se a foto for sua, avisa que eu coloco os créditos!

Eu vivo me prometendo: Taryne, sua mané, seu lugar favorito na cidade inteira é o Parque das Nações Indígenas, vá logo passar um dia lá, leve um livro, tome água de coco, sinta o vento nas madeixas e se permita um pouco de sol! Mas nunca fui. Nunca  passei a tarde inteira lá. Na verdade, até passei, mas não parei pra pensar nisso, ou fiquei conversando -  ou namorando, cof, cof -, ou rindo com as amigas. O que preciso é de uma tarde pra pensar, relaxar, fazer um piquenique e ficar sozinha com os meus pensamentos. Necessário.

2. Aprender a dirigir 


Vinte aninhos, minha gente. Passou da hora. E não aguento mais depender do meu pai pra me levar aos lugares - tudo bem que aprender a dirigir não tem nada a ver com ter dinheiro pra comprar um carro -, mas eu preciso dessa sensação de liberdade. Vou vencer o medo, tomar coragem e virar motorista. Só isso já vai ter tornado o ano excelente. Mal posso esperar pra ouvir as piadinhas de "saiam das ruas, a Tary passou passou no exame de direção!". Aguardem as cenas do próximo capítulo e comecem a torcer por mim.

3. Pintar e fazer uma pequena mudança no meu quarto




Quero muito. Muito. Muito. A prioridade mesmo é pintar, nem precisa ser um desenho bonito como o da moça da foto! Só um branquinho com ar de limpeza tá de ótimo tamanho. É caro, gente. Dá trabalho. E eu PRECISO que minha parede e minhas janelas fiquem bonitas de novo. PRECISO pendurar coisas fofas e presentes incríveis em uma parede pintadinha e linda. Também estou pensando em comprar uma estante de livros branca - eles não cabem mais na parte lateral do meu guarda-roupa - e uma penteadeira com espelho para as mulherzices nossas de cada dia. Mudar a cama de lugar, comprar um tapete grandão... Vocês sabem: meu quarto é o meu mundo. E o mundo da gente sempre precisa de mudanças.

4. Tirar fotos todos os dias até o fim do ano




Nesse a Analu vai me ajudar. Porque eu pedi, porque ela me ama e porque ela adora puxar minha orelha pra eu fazer as coisas quando eu desanimo! Vamos começar juntas, no dia 1º de janeiro (aniversário do blog, ai de quem esquecer), um Project 365! Tirando uma foto durante todos os dias do ano e postando-a no flickr. Esse talvez seja o item mais complicadinho dos seis, mas conto com a Aninha pra me animar - e obrigar - a cumprir. Quero muito fazer um mural incrível como o da Milena mais linda de todas as Milenas do mundo. Acho que eu ficaria muito orgulhosa de mim mesma se conseguisse. (Amiga, envia o link desse post pra mim todas as vezes que eu ameaçar desistir!).

5. Fazer aulas de dança (ou academia)




Duas coisas que eu nunca fiz e que podem me deixar mais bonita, mais feliz e mais saudável. Ainda não decidi qual vai ser a escolha, mas preciso largar dessa vida sedentária, gente. Resta saber se aquelas três letrinhas que estão me atormentando por antecipação e ecoando no meu cérebro constantemente (T.C.C) vão deixar que eu use meu tempo pra ser saudável, bonita e feliz. Provavelmente vou ficar parecendo um zumbi, com olheiras até o umbigo, mas vou tentar! Quem sabe.

6. Completar meu journal (e os caderninhos que tenho dó de usar)




Anna Little Pônei  comentou que quer muito começar um caderninho de lembranças. Eu já tenho um! A metade já está completa, mas só vou sossegar quando chegar até a última página. Na verdade, estou  pensando em comprar outro só para as lembranças deste ano e ir completando o outro aos poucos... É, acho que vou fazer isso mesmo! Assim, crio coragem pra escrever nos outros milhões de caderninhos que compro e tenho dó de usar. Ano novo não é uma página em branco? Vou começar rabiscando tudo então!

Demorei horrores pra responder esse meme delícia, mas dei uma inovada nele pra me redimir. Todas essas coisas nunca foram feitas por mim e espero terminar 2012 com riscos libertadores em pelo menos metade dessa lista.


Love, Tary

sábado, 24 de dezembro de 2011

Temos todo o tempo do mundo

O Natal é minha época favorita do ano. Também adoro quando um novo começa porque a atmosfera é tão limpa, simples e cheia de possibilidades. Podemos zerar o que passou, esquecer os erros e recomeçar. Já dizia Legião que "temos todo o tempo do mundo". E é exatamente nesta época do ano que pensamentos a esse respeito invadem minha mente. 

Neste Natal, desejo todas as alegrias do mundo para você, que separa alguns minutos de seu tempo para ler este blog, gosta do que eu escrevo e me envia sentimentos bons através dos comentários. Na noite de hoje olhe para o céu, faça pedidos, agradeça e abrace as pessoas que você mais ama. Ah, coma coisinhas gostosas também. Nos vemos mais tarde, mais gordos, mais felizes, mais esperançosos. Obrigada por tudo.

Silent night...

Love, Tary

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mãe por um dia, amor pra vida inteira


Cuidar de alguém indefeso e dependente não é tarefa fácil para quem é individualista e também um bocado desastrada. E mesmo que a pequena Maria Clara, de um ano e quatro meses, seja minha priminha adorada, nunca a havia segurado no colo por muito tempo, tomado conta dela nem passado tempo suficiente em sua inocente companhia de bebê sapeca. A verdade é que não me considerava suficientemente "jeitosa" para ser responsável por alguém tão frágil. Tudo isso mudou numa certa tarde em que, motivada pelo jornalismo, fui até a casa da Maria Clara disposta a vivenciar o máximo possível da experiência de ser mãe. Ao menos por um dia.

Engoli todas as minhas limitações, preconceitos com relação a mim mesma e as críticas daqueles que consideraram a minha tarefa 'fácil demais' - estes, com toda a certeza, não me conhecem em nada. Fui até lá com várias pontadas de medo. "Será que eu vou conseguir segurá-la direito?", "Mas... e se ela chorar?" e, principalmente, "Como é que eu vou fazer pra trocar fralda?" Indagação acompanhada por aquela fisionomia clássica de 'ecaaa'. Chegando à casa da pequena, tive de esperar. Ela desfrutava do tradicional 'soninho da tarde', quase uma exclusividade do mundo dos bebês.

Depois de duas horas, ela despertou, ainda sonolenta. A babá a colocou em meus braços e disse: "Mãe por um dia, ela é toda sua!". Maria usava uma chupeta e estava com os cachinhos suados quando a acomodei em meu colo, dei um beijo em sua bochecha rosada e a levei para o primeiro desafio do dia: trocar de roupa. Ouvi dizer que algumas crianças odeiam essa parte, mas a minha pequena nem se abalou e até facilitou o meu serviço levantando os bracinhos rechonchudos, meu maior obstáculo foi mesmo minha falta de jeito. O modelito era uma graça: um vestido floral frente única e sandálias brancas de laço as quais ela chamava de "pato, pato". Sapato na linguagem dos nenéns. 

Fomos até a cozinha e me explicaram que, após a soneca, ela costumava comer bananas. Peguei uma delas, descasquei e com Maria sentadinha no meu colo, fui oferecendo a fruta. Ela comia devagar e às vezes me presenteava com um de seus risinhos fofos. Então, no momento em que eu a achava a coisinha mais linda desse mundo, a bebê tirou a banana mastigada da boca e me ofereceu toda gentil. “Não, brigada”, eu repetia com um risinho amarelo. Maria não se fez de rogada e continuou insistindo, até que peguei a banana babada – o que a deixou muito satisfeita - e joguei no lixo. Também ofereci água na mamadeira e ela tomou com muito gosto. Eu estava morrendo de sede também, mas aprendi que vontade de filho vem muito, mas muito antes da nossa. E por mais que pareça estranho, é uma alegria imensa trocar nossa vontade pela deles. 

A próxima tarefa era a mamadeira. Quatro colheradas de leite em pó especial de soja e 210 ml de água quente, chacoalha, chacoalha, chacoalha e experimenta pra ver se não está quente demais. Porém, quem disse que Maria Clara me deixava tirá-la do colo pra preparar o ‘mamá’? Ou ela corria pra fora, ou vinha para perto de mim com os bracinhos estendidos para que eu a segurasse. Por várias vezes tentei colocá-la no colo da minha mãe, Nilcélia – que acompanhou a aventura rindo muito da minha cara de desesperada -, mas a Maria não queria saber dela. A essa altura já havia se apegado a mim e balançava a cabeça calmamente sempre que eu queria entregá-la pra alguém. Isso me deixou bem boba e fez com que eu sentisse uma grande onda de amor por aquela menina. 

Com muito custo, conseguimos despistá-la, o que não foi nada fácil porque a Maria é muito esperta e sempre dava um baile na gente. Minha mãe entrou na sala com ela enquanto eu preparava o leite. Preciso dizer que me atrapalhei e fiz a maior sujeira com o leite caríssimo? Não, né? Quando entrei na sala, minha ‘filha’ já esticava os bracinhos para provar a mamadeira, dizendo ‘mamá, mamá’! Mas tenho certeza que minha peripécia não ficou lá muito gostosa. Ela bebeu uns golinhos, logo não quis mais saber e fomos brincar. 

Impressionante como para os bebês tudo é uma nova descoberta, a pequena se divertia com a textura da almofada, com o ursinho que fiz de fantoche, com o barulho das minhas chaves, meu brinco em formato de flor, meus óculos e todas as minhas brincadeiras para fazê-la rir – que deixariam qualquer outra pessoa revirando os olhos. Eu já estava cansada de tanto corre e corre, com o cabelo arrepiado e cara de doida. No entanto, a tarde era uma criança. Literalmente. E mesmo que eu não quisesse dar o braço a torcer, sabia que estava adorando passar meu tempo ali. Na varanda, um pequeno lanche preparado pela minha mãe  permitiu que eu me sentasse um pouquinho e comesse uns bolinhos de chuva. Para beber, um daqueles sucos de caixinha que vem com canudo. De maçã.

Logo a Maria chegou com seu sorriso aberto me pedindo um gole. Ofereci e ela bebeu com gosto, quase sem parar pra respirar. O que prova ainda mais a minha teoria: meu ‘mamá’ ficou realmente uma droga. Perdi o suco pra ela e nem me importei. Tudo o que importava era seguir os passos dela pela varanda, brincar com as flores do jardim, ouvir seus gritinhos felizes e quase morrer quando ela pisava com força em uma poça de água suja do jardim, rindo sem parar, ou tropeçava ameaçando cair. Nem gostava de imaginar o que aconteceria se ela se machucasse!

Pior que isso foi a próxima arte da Maria: ligar a torneira quebrada do jardim e nos molhar inteiras, se divertindo a valer com minha cara de perdida tentando impedir. Lá pelo fim da tarde, o que mais me tirou o sono: trocar a fralda. Descobri que esta parte a Maria detesta. Ela resmungava em cima do trocador, se debatia querendo mexer em uma caixa e não gostou nada. Mas foi só começar a brincar com ela que a ‘raivinha’ passou. Logo eu estava tirando a fralda suja, limpando e colocando uma nova. Mamãe acompanhou o processo e rindo, disse: “Parece que está fazendo uma cirurgia na menina!”. Apesar da piada, admitiu que eu levava jeito e, ao colocar uma nova roupinha na Maria, notei que estava bem mais confiante. No fim, trocar a fralda foi o mais natural da experiência toda. O mais difícil é se esquecer de si mesmo em prol de uma pessoinha que depende de você, não tirar os olhos dela nem por um minuto, correndo atrás e dando bronca quando precisa – não fui bem sucedida nisso... ela é fofa demais pra pensar em brigar! 

Brincamos bastante com a motoca dela, sentamos no chão da varanda e o único momento em que ela chorou foi quando viu Regina, a babá, indo embora. Não durou muito, mas o foi o pior momento pra mim. Foi terrível ver a Maria Clara agarradinha na grade do portão, chorando e super sentida. Peguei as pulseiras que ela adora colocar no pulso e, minutos depois, a bebê já estava sorrindo e cantarolando – na linguagem dela – pelos cantos. Na hora de ir embora, um beijo na bochecha, um abraço apertado e um aperto no peito. Eu já sentia saudade.

Quando a Ceci, mãe da Maria, voltou para casa, fomos embora bem rápido pra que ela não notasse minha ausência. E eu queria ficar mais, dar banho, fazer dormir, levar para passear, conversar... Dizem que ser mãe é padecer no paraíso. Se for realmente assim, quero padecer mais vezes. Quebrei meus próprios paradigmas e descobri que o medo pode te impedir de ter experiências maravilhosas. E foi uma doce bebê de olhos castanhos, cabelos cacheadinhos e olhar sapeca quem fez com que eu me desse conta disso. Ainda bem!


Te amo, bebê!

Love, Tary



 P.S: Matéria de jornalismo gonzo escrita para o jornal da faculdade, a pedidos da minha amiga Ana Luísa Bussular.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Oi?

Vamos fazer de conta: hoje não é o 6º dia de dezembro e eu não estou postando em novembro só porque acho feio pra caramba ter ficado um mês inteirinho sem postar. Não. Ainda é novembro, você é que está alguns dias adiantado. Imagina se eu ia trapacear. 

Pois é, pessoal. O ano já era. Um dos melhores da minha vida, um dos mais divertidos, um dos que eu mais aprendi na minha vida inteira. Já foi, praticamente. Estamos fazendo retrospectivas, comprando presentes de natal, vibrando com a decoração natalina nas lojas - pelo menos eu - e xingando o fato de não ter especial do Roberto Carlos este ano - esta sou eu também, amo o Betão!

Engraçado, né? Daqui a pouco meu blog faz três anos. Uau. Uau. Uau. Isso precisava de três uaus porque a vida é assombrosa. Coisas acontecem sem que você nem perceba, o tempo passa rápido e quando você menos espera tem 20 anos e está cada vez mais apaixonada por viver.

Eu só fui perceber que o ano tava acabando por causa das luzes na cidade e do hiatus de Grey's Anatomy e The Vampire Diaries - tô arrancando os cabelos! Coisa de nerd. Aliás, a coisa que mais espero para o ano que vem é a nova temporada de Skins. Tá vendo? Nerd. 

Por hoje é só, pessoal. Finjam que ainda é novembro e me desejem um ótimo mês. Um ótimo fim de ano. E me enviem forças. Ando precisando de forças, abraços apertados e sorrisos sinceros. Estou mais sensível do que nunca. TPM. Ou crise por causa do fim de um dos melhores anos em que eu tive o prazer de viver. 

Amo vocês,

Tary

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Coração aos pulos

Outubro foi o mês mais chato, cansativo e aleatório desse ano inteirinho. Dá pra ver pela quantidade de atualizações por aqui e pelas minhas raras aparições em qualquer das minhas muitas redes sociais. Flickr e Twitter? O que são essas coisas? Tirando esse finalzinho de mês que foi bem bacana, divertido e totalmente quebra-paradigma (gente, eu fui de saia pra faculdade, de saia! Sendo que eu morria de vergonha). O resto eu vou esquecer com um sorriso no rosto, curtindo minha dor na ponta dos dedos (tente digitar como um jornalista, te desafio a não precisar de dorflex) e sabendo que não sou mais a mesma pessoa que fui aos 18, 19 anos. 

Eu mudei pra caramba e espero continuar assim, em constante mudança, zoando de mim mesma e sendo essa louca feliz, otimista. Tenho tanta coisa pra ajeitar nessa minha vida que vocês não fazem ideia. São tantos outros paradigmas que preciso quebrar, tantas coisas que preciso aprender, retomar. Eu já me acostumei com o fato de que a minha personalidade exige um individualismo que machuca as outras pessoas e me machuca também. Tenham consciência de que eu sou super sensível e às vezes não sei lidar com os meus sentimentos, muito menos traduzi-los em palavras. Às vezes eu nem quero isso. Então, saibam direito que a pessoa que vocês seguem não vai postar 15 textos no mesmo mês. Simplesmente porque ela às vezes quer ficar na catarse, sumir, ficar sozinha consigo mesma. Assim como eu passo a me habituar com a minha personalidade meio riponga que às vezes não quer saber de ler, de escrever, de nada a não ser dormir, ouvir música e ver televisão, eu espero que vocês que me leem se habituem também. 

Esse era um pequeno relato da sandice que foi o mês de outubro e acabou tomando uma pegada tão íntima, né? Sobre quem eu sou, as coisas que quero. As minhas fugas, medos, verdades. Faz tempo que eu não me expunha por aqui. E se não é pra se revelar, melhor nem se dar ao trabalho de ter um blog, não é mesmo? 

Vai outubro, some daqui! E que venha novembro, dezembro e o novo ano - que tanto me assusta por causa do fim da faculdade -, e milhões de outras coisas, sonhos, fugas e o que mais a vida resolver me mostrar. Sabe quando você sente que vai reclamar pra caramba durante o processo, mas é forte pra suportar? Então. Que venha o que tiver que vier. Tô pronta.

Love, Tary

sábado, 22 de outubro de 2011

Autor amor


Ou: E aí você entrou na minha vida...

Foi no último ano do Ensino Médio, na minha aula favorita: Literatura. A professora pediu silêncio, pegou um pequeno papel rasgado entre as mãos e me entregou. Demorei alguns segundos para decidir desdobrar - a sorte não andava ao meu lado naquele tempo -, desdobrei e, devagar, li o conteúdo escrito em itálico. Minhas amigas indagaram o nome e, quando respondi, fizeram um ruído de dúvida. "É legal, Tary?", perguntaram. 

Respondi que sim, mesmo sem conhecer, lembrava de ter ouvido elogios. Foi minha primeira intuição a seu respeito. Como sempre fazíamos, fomos até a biblioteca, pesquisamos e pegamos alguns livros. Uma leria, outras pegariam as principais informações e a maioria, certamente, deixaria de lado até a última hora. Desta vez, eu poderia ter assinalado a última opção. Mas não aconteceu.

Eu estava estudando na casa da minha avó e, por algum motivo, aquele livro vermelho empoeirado, de capa dura com letras douradas em alto relevo me atraiu. Naquele momento, decidi te conhecer a fundo, lendo as suas palavras na íntegra. Abri, percorri a página amarelada com o dedo indicador e comecei. Poderia ter sido só aquela primeira página, mas não foi. 

Ventos rurais despentearam meu cabelo, flores voaram por entre as minhas mãos. E aí você entrou na minha vida pela segunda vez. Em menos de quatro horas, o livro estava terminado. E, desde aquele momento, sempre que me perguntam qual é meu escritor favorito, lá está aquele mesmo nome que foi lido em uma segunda-feira, no fim de dois mil e oito, em um papel rasgado rabiscado com caneta bic azul. Erico Verissimo. Sem acento no nome nem no sobrenome. 

Os anos que se seguiram foram repletos dele e de sua "Clarissa", personagem jamais esquecida e que marca meu primeiro contato com Erico. Depois vieram Um certo capitão Rodrigo, Música ao Longe, Olhai os lírios do campo e Um lugar ao sol. Na estante, me esperam, Saga - o fim da história de Clarissa -, O resto é silêncio e Caminhos Cruzados. Não quero que nossa história termine logo, vou lendo sua obra no decorrer do tempo e percebo o quanto de vida ela possui. Protagonistas que sofrem, mas não perdem a vontade de lutar, histórias otimistas, fortes, onde o ambiente também é personagem. Histórias que vão me acompanhar para sempre.

Love, Tary

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ai de mim que sou romântica...

Olá você que ficou um mês sem postar por falta de tempo e preguiça, tudo bom? Desapareci totalmente da internet nesse mês de outubro. Só dei pausa no sumiço pra fuçar certos grupos do Facebook e ver as séries sagradas de toda a semana. E com a rotina corrida do jeito que está, cinema e barzinho com rock ao vivo ganharam mais espaço do que o meu blog e os comentários - que permanecerão, sorry - atrasados. 

Aí ontem a noite, voltando inspirada da linda peça de teatro "Os Corcundas", inventei de dar uma olhada no design do blog só pra ver as novas fontes disponibilizadas pelo blogspot. Mistake, mistake. Não só testei todas as fontes, como mudei as cores, o background e quando notei, eram duas da manhã e eu estava mudando terminando de fazer um novo layout. Talvez a coisa mais romântica e "wow, lovely" que já passou por aqui. 

Lola se sente importante por estampar o novo layout

Ainda tem muita coisa pra arrumar - o blog reflete a vida, lembram? -, mas eu gostei muito do resultado. É muito bom ver Cassie, Dorothy, Snoopy, Lola, Erica, Gilmore Girls, Kirsten, Jesse, Celine e Heath Ledger juntinhos nesse universo todo vintage. Outras mudanças sutis foram feitas, adicionei o meu flickr aqui do lado, mudei o lado das postagens e a fonte do texto. Preciso dizer que para essas duas últimas alterações precisei vencer o meu TOC, mas acho que vou me acostumar. É isso, puxem minha orelha por causa do sumiço nos comentários e digam se valeu a pena perder algumas horinhas de sono pra finalmente mudar tudo por aqui.

Love, Tary

P.S: Sei que meus lays são todos parecidos, mas eu gosto assim ;) Meio que são uma marca do blog. Assim como as folhinhas!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ode à diversidade

É disso que eu gosto. Eu curto a variedade, as opções. Para mim, é o 'tudão' que torna a vida cheia de graça. Você pode ir à livraria ou à padaria comprar pão e encontrar o amor da sua vida, pode passar a madrugada na internet ou tomando sorvete de jabuticaba. Tem gente que gosta de verde, de amarelo, de azul, de vermelho e eu sigo encantada com o lilás. Amo o diferente. Olhar em volta e ver negros, asiáticos, índios, brancos e quem mais quiser chegar. 

Eu gosto é de poder escolher, poder mudar. Ser loira hoje, morena amanhã e virar ruiva daqui há dois anos. Gosto de ter amigo hippie, amigo doido-de-pedra, amigo baladeiro, amigo nerd, amigo carinhoso e amigo reservardão. Ir à uma festa e dançar tudo o que tocar. Desligar o cérebro pseudo-cult e se jogar na pista! E no dia seguinte, viajar de ônibus ouvindo música indie, cantarolando baixinho e sentindo a brisa. 

Bom mesmo na vida é não precisar fazer parte de nenhuma tribo, poder gostar das coisas e dizer "porque sim, porque é divertido e me faz feliz". Legal é assistir filme do Almodóvar e depois, sem a menor culpa, rir horrores de um besteirol americano dos mais tradicionais. Importante é aceitar que tem gente  que gosta de meninos, de meninas - ou dos dois - e ninguém tem nada a ver com isso. Aceitar que existem evangélicos, católicos, budistas, islâmicos, espíritas e ninguém precisa brigar, tem lugar pra todo mundo. 

Todas as pessoas são bem-vindas quanto o assunto é diversidade. As que gostam de pandas, de pôneis, de girafas ou de corujas. As malucas por vampiros altões e as que adoram zumbis. Quem recém se apaixonou por Nutella e quem sempre achou uma ótima ideia. A adoradora de orelhas geladas e a que ama andar de ônibus. A fanática por cupcakes e aquela que será uma noiva linda de morrer. 

A menina que é doente pelo time do coração ou a que sabe apreciar o ócio. Tem quem goste de suco de milho! E tem quem goste da Mafalda. As viciadas em seriados também tem seu espaço. Assim como as sensíveis, as donas de sotaques deliciosos, as fascinadas por ótimos e mágicos escritores. As que assumem as vergonhas sem medo, as que escrevem coisas que fazem chorar, as fãs do Woody Allen, as que curtem pausas dramáticas, as que escrevem feito ninja e as que reconhecem o valor das dificuldades.

Bom mesmo é o complexo, o diverso, o variado, o plural. E melhor do que tudo é reunir toda essa diversidade. Bom mesmo é misturar!

Love, Tary

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Corra, Tary, corra!

Eu estou correndo. Preciso correr e nada é capaz de me impedir disso. Estou esgotada, minha respiração falha várias vezes, mas não deixo meu corpo prevalecer sobre a minha aparente vontade. Continuo correndo, suando, tremendo de adrenalina. Não existe espaço para errar nem cair, muito menos para desistir ou enfraquecer. Eu continuo, corro, sinto o cabelo grudar no rosto e lágrimas saírem dos olhos por causa do esforço, mas sequer penso em parar e descansar. E, Deus, eu preciso tanto descansar, tomar uma água de coco e aproveitar o seu sabor. Porém, a minha mente não deixa. Ela não quer que eu descanse. Apenas me resta esperar que a queda não seja vertiginosa e dolorida. Até lá, permaneço dominada. Continuo correndo até que algo mais forte me faça parar.


Love, Tary

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vinte rodopios

Hoje é meu aniversário. E este ano, mais do que em qualquer outro, eu precisava celebrar. Isso porque este tem sido um dos melhores anos da minha vida e, mesmo indiretamente, vocês fazem parte disso. Logo, fiz um vídeo com algumas fotos de momentos e pequenas coisas que me fazem feliz, embalado por uma música que eu adoro e que combina comigo. Essa é uma forma de dividir a minha felicidade com vocês de um jeito diferente e simplesmente celebrar esses vinte rodopios que completo hoje. 



Pra quem acompanha meu flickr não tem muita novidade no vídeo, mas com a música fica bonitinho!

Love, Tary

domingo, 4 de setembro de 2011

Novelão histórico dos bons


Seis mulheres reconhecidas não por suas vidas, mas por como elas terminaram

Meu assunto histórico favorito sempre foi e sempre será a saga dos Tudors, dinastia que reinou na Inglaterra até 1603, quando a ruivona Elizabeth I morreu. Esse povo concretizou, na vida real, o que muita novela daria o sangue pra conquistar. Muito barraco, milhões de mortes, intrigas, traições, luxúria, ambição desenfreada, personagens complexos, inveja. Ou seja, praticamente todos os pecados capitais convivendo juntos na corte mais suja e fascinante da qual já se ouviu falar. 

O período mais marcante, na minha opinião, é o reinado de Henrique VIII. O cara simplesmente teve a pachorra de romper com a Igreja Católica - o maior poderio da época - pra poder botar a esposa Catarina de Aragão para correr e se casar com sua amante, Ana Bolena. Importante dizer que menos de dois anos depois de ter criado uma nova religião pra poder se casar com Ana, Henrique se cansou dela e do fato da moça não dar à luz ao tão esperado filho varão e, juntamente com seus conselheiros, inventou mentiras a seu respeito e mandou condená-la à decapitação. Quer barraco maior que esse? 

Esses dias terminei de ler A Irmã de Ana Bolena, um livro de mais de 600 páginas e muito viciante que conta a história de Maria Bolena, a garota que também foi amante do rei, mas nem de longe tão lembrada quanto a irmã. No livro, Ana é descrita como uma vaca de marca maior com uma ambição acima de qualquer coisa. Apesar do livro ser incrível, não curti muito essa visão e até achei estereotipada.

Eu acredito piamente na inocência de Ana Bolena e a considero uma das personagens históricas mais complexas que já existiu, não foi heroína nem vilã, foi real, humana, foi de verdade. Ela  virou a cabeça de um monarca poderosíssimo e teve um fim lamentável. Ou seja, um rise and fall pra ninguém botar defeito. Mas se você quiser mesmo se deliciar com a saga dos Tudors, passe longe da péssima adaptação para o cinema. Nem o elenco legal, com Natalie Portman e Scarlett Johansson é capaz de salvar A Outra. O filme transforma tudo em uma novela mexicana e simplesmente acaba com os fatos históricos.

Melhor Henrique VIII e melhor Ana Bolena ever

Se você quiser entrar nesse mundo de intrigas, comece por onde se iniciou toda a minha fixação por esse período e veja The Tudors, série que consegue captar toda a sujeira e todo glamour da época. Erros históricos e liberdades criativas não me impedem de pagar pau para o trabalho bem feito que fizeram, tanto no figurino quanto na ambientação. E, principalmente, na escolha de atores ultra carismáticos como Jonathan Rhys Meyers - um Henrique tirano e sexy -, Henry Cavill (o novo super-homem e o amor da minha vida) e a Ana Bolena mais legal de todas, Natalie Dormer.

Depois desse tempo em que essas mulheres foram totalmente subjugadas e tratadas como meras peças de quebra-cabeça que se encaixavam nos interesses masculinos, hoje elas são lembradas por sua força em tentar manobrar essas regras. Mesmo que séculos tenham se passado, essa é a vingança delas.


Ana Bolena aprova esse post
Love, Tary

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Escreveram pra mim

Neste semestre estamos exercitando textos jornalísticos. Entre eles, o perfil, no qual o jornalista produz um texto interpretativo a respeito de alguém. Então, a professora colocou o nome de todo mundo em papéis e fez um mini sorteio. Cada um escreveria sobre aquele que tirasse. Fiquei meio assim, afinal, ninguém quer ser retratado de forma errada. Acabou que a Thê, uma das minhas amigas mais queridas foi quem me tirou e escreveu um texto lindo sobre mim. Depois, cada um tinha que fazer um "de frente com Gabi" com o perfilado e ler o texto pra ele. Quase chorei quando a Thê fez isso. Simplesmente amei. Obrigada, tampinha, você é a melhor. Te amo muito e pra sempre! Eis o texto:

Rodopiando com Taryne
Por Marithê Lopes

Segunda-feira, 1º de agosto, às 10h40min ela entrou no restaurante Piatto da faculdade. Deixou a bolsa em cima de uma mesa perto da entrada. Meticulosamente pegou a bandeja, o prato, os talheres e o guardanapo. Escolheu as melhores folhas da salada e os tomates. Serviu o arroz branco e o coloriu com o feijão. Duas conchas de estrogonofe, cenouras e abobrinha. Senta-se na mesa e confessa “Odeio almoçar sozinha”.

Foi assim que começou a saga Sherlock Homes que procura desvendar um mistério chamado Taryne Cavalcante Zottino. A miopia e o astigmatismo não a impedem de observar os detalhes da vida com um olhar especial. Olhares atentos como os de crianças que tudo perguntam e pra tudo querem uma resposta. Não somente o olhar de criança, mas, a alma também. Taryne ainda é capaz de se divertir como quando era criança e brincava com a irmã caçula de princesas versus bruxas, de boneca, de escola, faziam cabaninhas, gincanas, teatros, pulavam amarelinha e de repente se tornavam as "Detetives mais loucas do mundo", a brincadeira favorita. Falando em infância é importante ressaltar que Taryne não sabe andar de bicicleta e nunca teve um cachorro. Somente um peixe, o Billy, que morreu e nem teve um enterro digno.

Basta falar no nome da irmã caçula uma vez para os olhos se encherem de brilho e orgulho. Giovana Zottino, a Gio, é sua melhor amiga. Pessoa que ela tem uma paixão imensurável. Aquela que ela morre de ciúmes, a protege de baixo das asas até hoje. “Sem você, eu seria apenas metade. Seria sem graça, sem brilho e completamente só. No teu abraço, encontro o meu lugar no mundo, minha casa. Você é simplesmente a minha vida”, foi assim que ela descreveu a irmã em seu blog.

Para a Gio, a “maninha” Taryne é o amor de sua vida. É tudo. Melhor amiga, com quem divide seus segredos. Na irmã ela se inspira como modelo de vida. Admira a honestidade e quando a Tary aplica o “fala na cara”. O defeito seria ser muito crítica. Giovana adora quando as duas fazem a semana das irmãs onde elas assistem filmes, preparam as comidas favoritas e se curtem.

Taryne adora escrever. Confessou que a escrita é a única coisa que a garante. Acredita mais na Literatura do que no Jornalismo, profissão que escolheu pra ser tua. Ela pratica a escrita em seu blog, muito conhecido no universo dos blogueiros. “Doces Rodopios” é o nome de seu blog, tão peculiar quanto à dona. Através de sua escrita consegue levar alegria para pessoas desconhecidas.

A melhor experiência dos últimos tempos foi ter participado do Despertar, um retiro para jovens. Lá ela aprendeu uma filosofia que irá praticar daqui pra frente. A filosofia do “Preciso deixar um legado de coisas boas para as pessoas”. Depois dele ela voltou a frenquentar à Igreja. Mudou a frieza com a família se tornando mais carinhosa com a mãe, principalmente. E fortaleceu ainda mais a amizade com o Gabri, amigo de sala.

Sua mãe, a Nil, é a eterna “mãe coruja”. Taryne é uma das principais razões de sua felicidade. Uma pessoa muito alegre, perfeccionista, “na dela”, defende quem ama com “unhas e dentes”, é dedicada e justa, olha todos os lados. “Quando a Tary nasceu, minha vida mudou completamente. Antes não me via como mãe. Foi só ela nascer pra eu me dar conta do tamanho do amor que eu já sentia. Um momento especial, porque à partir dali tudo que eu fazia era em função dela. Foi amor à primeira vista”, declara Nil. Taryne também é o xodó do pai, ele a chama de Branca, pressupomos que seja pela falta de melanina.

Sua avó Cleonice não contém os elogios ao se falar da neta. Diz admirar muito a dedicação que Taryne tem com tudo o que faz. Uma menina responsável, estudiosa, a verdadeira “boa neta”. Quando questionada sobre os defeitos da neta dona Cleonice diz: “Tu já viu avó colocar defeito em neta? Sou suspeita pra falar dela”.

Enxaqueca é seu grande mal. Às vezes chega atrasada na faculdade. Seus olhos diminuem. Qualquer barulho a incomoda. Não é aconselhável fazer piadas quando ela está assim. Nem ao menos dizer que ela é hipocondríaca. Sua amiga Ariadine sabe muito bem disso, apesar de muitas vezes não praticar. “Fui com a cara dela desde o primeiro dia de aula. Desde esse dia quis ser sua amiga. O que me incomoda nela é reclamar de tudo!”, comenta Ariadine.

Quem reparar bem na Taryne poderá perceber que ela cada dia usa algo relacionado a corujas. Blusa, anel, colar, brinco... Essa é uma de suas paixões. Coleciona vários objetos “corujescos”. Ela tem uma coruja de pelúcia, a Genoveva, que ganhou em 2008 de uma amiga, a Ísis. Também coleciona seus livros preferidos. Ela se sente bem em estar rodeada daquilo que gosta.

Seu bisavô paterno, o Basto, vai fazer 103 anos e sua bisavó, a Dita, vai fazer 98 anos, quando Taryne fala deles se enche de orgulho, pois os admira muito. “Não quero viver tudo isso. Até uns oitentinha tá bom”, confessa Taryne.

Tão complicada de desvendar quanto a mais complexa operação matemática ou aquele exercício de física quântica de outro mundo. Porém é muito fácil querer a amizade dela, simplesmente porque ela tem tudo o que uma pessoa precisa pra ser feliz. Ela tem um encanto peculiar, uma denominação que ainda não tem nome. Assim é Taryne Zottino.

Love, Tary

domingo, 7 de agosto de 2011

As melhores coisas do mundo

Para que eu jamais me esqueça delas

Amar. Se sentir amado. O amor, em si. Filmes. Ir ao cinema só porque deu vontade. Pessoas que veem filmes sorrindo. Livros. Livros com capas e edições bonitas. Cheiro de livro. Pessoas que gostam de ler. Estantes repletas. Jornal quentinho. Brigadeiro. Marshmallow. Chocolate. Ovo de Páscoa. Algodão doce. O último ano da escola. Fazer o que gosta. Relembrar a infância. Fazer maratona de séries e esquecer da vida. 

Abraços. Abraçar alguém quando se está morrendo de saudade. Abraçar em pensamento. Abraço apertado. Beijos. Beijo apaixonado. Beijo de ternura. Beijo de esquimó. Sorrisos. Alegria. Chorar de alegria. Chorar de alívio. Consolar alguém e saber que conseguiu fazer essa pessoa se sentir melhor. Ouvir música. Ouvir a música que você gosta tocando na rádio. 

Gargalhar. Gargalhar sem medo de te mandarem calar a boca. Gargalhar até a barriga doer e lágrimas saltarem dos olhos. Gargalhar até perder o ar. Maré de sorte. Ter amigos em quem confiar. Se surpreender positivamente com alguém. Perdoar. Se sentir feliz. Banho de chuva. Dormir ouvindo o barulho da chuva. Sorvete. Corujas. Cachorrinhos. Pérolas. Turma da Mônica. Ver uma coisa que você queria muito em promoção. Comprar alguma coisa legal com dinheiro do seu próprio esforço.

Ouvir acidentalmente alguém te fazendo um elogio. Ler um elogio escrito com o coração. Dar presentes. Ganhar presentes. Não deixar que te desmereçam. Dar uma resposta esperta para uma pergunta idiota. Conseguir. Vencer. Cabelos cheirosos. Perfume. Lírios. Árvores. Árvores totalmente sem folhas. Fotografia. Fotografar e registrar momentos lindos. Lembranças boas. Lembranças que ensinam. Aprender. Ensinar. Ser honesto. 

Fazer alguém também gostar de uma coisa que você ama. Dormir até mais tarde. Acordar e descobrir que é sábado, ou está uma hora adiantado. Sorrir por dentro. Se sentir aquecido. Se sentir especial. Dançar até o corpo inteiro formigar. Dançar sozinho no quarto. Cantar no chuveiro. Friozinho debaixo das cobertas. Preguiçar. Ajudar alguém e não alardear isso. Natal. Um novo ano que começa.


Coleções. Pantufas. Desenhar. Lápis de cor. Cadernos. Escrever. Bagunçar com amigos queridos. Desabafar quando mais se precisa. Comida de avó. Amor de Deus. Sonhos. Sonhar. Viajar. Se sentir seguro. Se sentir livre. Se sentir em paz. Estar rodeado pelas coisas e pelas pessoas que ama. Ter um pedido concedido. Carinho. Arte. Parques. Piqueniques. Tardes ensolaradas. Ursinhos de pelúcia. Fé.

Lasanha. Sushi. Mostarda. Comer alguma coisa deliciosa. Comer alguma coisa diferente. Vento. Céu azul cheio de nuvens. Céu estrelado e lua cheia. Janelas. Janelas de Vento. Pais que conversam com os filhos sobre tudo. Avós que mimam. Trabalhos que orgulham. Amigos que entendem. Acreditar na vida. Acreditar em sim mesmo. 

Olhos. Olhares. Olhos sinceros. Olhos que revelam tudo. Pessoas. Pessoas que enviam amor sem nem te conhecer pessoalmente. Pessoas que sabem quando você precisa de ajuda. Pessoas idosas com a vida nas mãos. Jovens que não desistem. Coragem. Esperança. Andar de mãos dadas. Pés que se aquecem. Não ter vergonha de ser feliz. Não ter vergonha de parecer bobo. Não ter vergonha de brincar. Nunca perder a vontade de evoluir. Ter um colo sempre disponível. Viver. Apreciar a vida. Apreciar as coisas pequenas. Enxergar as melhores coisas do mundo todos os dias.

Love, Tary

P.S: Completem minha lista nos comentários ;)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As piores coisas do mundo

Ônibus lotado. Ônibus lotado com pessoas que não gostam de banho. Ônibus lotado com pessoas que não gostam de banho, mas adoram funk. Brigadeiro com manteiga demais. Prova. Prova para a qual você não estudou nada. Pré-vestibular. Vestibular. Não passar no vestibular. Regras que oprimem. Tabus. Não ter mais assunto. Sentir sono e não poder dormir. Sentir fome e não ter o que comer. Sentir frio e não ter um casaco ou um cobertor quentinho por perto. Não ouvir a sua mãe. Brigar com os amigos. Bífe de figado. O molho do McDonalds. Sujar a roupa com o molho do McDonalds. Gripe. Livro com erros de grafia ou de tradução. Dor de cabeça. Unhas por fazer. Quebrar as unhas. Sobrancelha sem tirar. Bolsa pesada. Almoçar sozinho. 

Sapato apertado. Sapato apertando o pé machucado. Mexerem nas suas coisas. Não conseguir abrir uma garrafa ou um pote de azeitona. Chegar atrasado. Esperar alguém que vai chegar atrasado. Descobrir que alguém amado é um completo idiota com os outros. Sensacionalismo. Egoísmo. Inveja. Falta de amor. Falta de respeito. Falta de fé. Falta de educação. Ver alguém passando necessidade e não poder ajudar em nada. Ver alguém que você ama sentindo dor. Perder alguém querido. Fracassar. Ser julgado por causa de algo que você gosta muito. Debocharem dos seus sonhos. Não ter apoio. Te tratarem com frieza quando você mais precisa de calor. 

Amar e não ser correspondido. Amar e não saber se é correspondido. Ser ignorado. Ser ignorado na frente de todo mundo. Chorar em público. Chorar em público e alguém perguntar o que aconteceu.  Violência. Coisas boas que acabam. Coisas boas que acabam mal. Discutir a crença dos outros. Maré de azar. Calor de 40°C. Acharem que você está mentindo. Fofocarem sobre você. Mentirem a seu respeito. Filme pretensioso. Premiações que cometem injustiças imperdoáveis. Gênios que morrem jovens. Falta de consideração. Falsas esperanças. Perder o rumo. Se sentir perdido. Sofrer. Sofrer calado. Calar quando a vontade é gritar.  Não ser perdoado. Não conseguir perdoar. Indiferença. Ódio. Terror. Medo. Primeiro dia de qualquer coisa. Deixar de acreditar. Olheiras. Espinhas. Tirar a maquiagem depois da balada. 


Gente que maltrata animais. Gente que maltrata crianças. Gente que se maltrata. Gente que é triste o tempo todo. Gente que reclama de tudo. Gente que tem vergonha de ser quem é. Gente que tem vergonha de ser feliz. Gente chata. Mas a pior coisa do mundo, com toda a certeza, é só enxergar as piores coisas no mundo.

Afaste as coisas ruins de você. Sempre.
Em breve, as melhores coisas do mundo!

Love, Tary

P.S: Completem minha lista nos comentários ;)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Beijo francês

Anna e o Beijo Francês, de Stephanie Perkins - Editora Novo Conceito

Sempre quando minha vida se encaminha para novos rumos, pego um livro. Pode ter certeza: são nos momentos de maior confusão interior, quando estou pensando demais e analisando tudo sem descanso, são nesses momentos que leio mais furiosamente e devoro outras vidas enquanto tento dar conta de organizar a minha.

Comprei Anna e o Beijo Francês por dois motivos: ter ouvido muitos elogios e, claro, Paris. Todo mundo sonha em conhecer a Cidade Luz, ser fotografado tietando a Torre Eiffel, passear e babar na Shakespeare and Company e encontrar o Louis Garrel em algum Café charmoso (essa última parte cabe somente a mim, claro). A estreia de Harry Potter foi a oportunidade perfeita. Eu já tinha tudo planejado e estava sozinha, assim ninguém me chamaria à razão dizendo que tenho livros suficientes me esperando na estante.

Saí da livraria completamente apaixonada pela edição, adiando a leitura até o momento em que precisasse dela. Tirei fotos. Namorei a capa. Saquei da estante logo após terminar Morangos Mofados. Tentei ruminá-lo e fracassei miseravelmente. Terminei de ler em dois dias.

Tudo começa quando os pais de Anna Oliphant resolvem obrigá-la a estudar num internato em Paris (oi? Meus pais bem que poderiam me obrigar a isso). No início ela está relutante, afinal abandonou família, melhor amiga e até um possível namorado. Porém, acaba fazendo amizade com um grupo incrível composto por Meredith, Josh, Rashimi e (pausa para suspiros) Étienne St. Clair. Americano de nascença, sotaque inglês de quem morou muito tempo em Londres, estilo francês por causa do pai parisiense. Eu nem liguei se ele é descrito como baixinho, minha gente. Ele gosta de História, ele gosta de arte. Ele tem cabelo bagunçado e olhos castanhos profundos. Ele é do tipo cuidadosamente descuidado! E eu já mencionei que tem sotaque britânico envolvido, né? Crush literária detectada. Óbvio que a protagonista do livro concorda comigo, mas o cara tem namorada, ela tem um pretendente em sua cidade natal... tudo é complicado, os dois são complicados. E essa confusão toda é muito gostosa de ler.

Não vá esperando "alta literatura", algo que "mudará a sua vida". Isso aqui é um romance leve, fofo, despretensioso, adolescente, uma delícia. Livro de férias ou pra relaxar depois de uma leitura mais densa. Aliás, pausa para um desabafo: Eu tenho vontade de matar quem não sabe se render a uma leitura divertida e só dá valor aos clássicos. Vá se divertir um pouquinho e pare de querer ser culto o tempo todo. Apenas não assista uma comédia romântica esperando filme do Godard, não leia Meg Cabot esperando Saramago e tudo estará bem.

Prefiro não contar muito da história porque esses livros fofinhos tem de ser degustados, mas confiem em mim. É um doce de livro, principalmente pelas referências pop, as descrições de Paris e, óbvio, pelo romance. Como não se apaixonar por uma história de amor na cidade mais romântica do mundo?



"Isso é tudo que sei sobre a França: Madeline, Amélie e Moulin Rouge. A Torre Eiffel e o Arco do Triunfo também, embora eu não saiba qual a verdadeira função de nenhum dos dois. Napoleão, Maria Antonieta e vários reis chamados Louis. Também não estou certa do que eles fizeram, mas acho que tem alguma coisa a ver com a Revolução Francesa, que tem algo a ver como Dia da Bastilha." 

Love, Tary


P.S: A tradução e a revisão do livro pecam um pouco, nada que tenha me atrapalhado, mas ler o original deve ser bem legal.

*Fotos tiradas por mim

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sobre estar em casa

Poderia falar sobre milhões de coisas. Sobre estágio, faculdade, ônibus (alguém já reparou o quanto eu cito essa palavra por aqui?), sobre a proximidade - e a crise - dos vinte anos, sobre sentir falta do melhor amigo que está no Canadá, sobre sentir falta das melhores amigas que moram aqui mas não converso há tempos, sobre o quanto almoçar sozinha no restaurante universitário é um porre, sobre minha recente vontade de comer sushi enlouquecidamente, sobre medo, sobre adaptações, sobre as preparações para os quinze anos da minha irmã.

Sobre andar sensível demais e chorando com qualquer coisa que envolva casais apaixonados (se for de velhinhos, a coisa piora consideravelmente), sobre passar por situações sem sequer registrá-las, sobre o final de semana que mudou a minha vida, sobre minha fé, sobre Deus, sobre a minha mãe, sobre o clima de deserto que faz em Campo Grande, sobre o último filme que assisti, sobre o último livro lido (que envolve Paris e um personagem de tirar o fôlego, mesmo sendo baixinho), sobre não ter tempo de fazer as unhas nem de tirar a sobrancelha (precisava compartilhar a vergonha), sobre uma conversa muito divertida no Skype com minhas amigas blogueiras, sobre querer muito mudar o layout do blog mas morrer de preguiça só de pensar.

Sobre meu amor por novelas rurais de época, sobre minha fobia com convites de última hora, sobre conformismo, sobre 2011 estar sendo um presente na minha vida - apesar de tudo. Sobre o quanto pessoas volúveis me irritam, sobre chocolate, sobre coca-cola gelada, sobre comida árabe com limão, sobre sempre esquecer de comprar marshmallows, sobre encontrar felicidade na solidão, sobre amor, sobre meu sono desregulado.

Sobre me envergonhar ao cair no sono durante as aulas, sobre indecisão, sobre dúvidas, sobre exigir demais de mim mesma, sobre escolhas, sobre arrependimentos, sobre mudanças, sobre fases complicadas que sempre me atingem, sobre achar que minha pobre bolsa comporta as bugigangas socadas dentro dela, sobre não lembrar da última vez em que me maquiei para sair (e isso é uma coisa que eu adoro), sobre não ansiar nadinha pela volta às aulas no Inglês.

Sobre a bagunça no meu quarto (e nos meus pensamentos), sobre ter pavor de me atrasar, sobre me sentir julgada, sobre querer escrever como se minha vida dependesse disso, sobre saudade, sobre coisas que aquecem, sobre coisas que machucam, sobre amor - de novo. Sobre mim, sobre os outros, sobre o mundo e sobre viver - com todas as dores e delícias que isso implica.

Poderia mesmo falar sobre todas essas coisas - de fato, sobre muitas delas, ainda vou -, mas percebo que já falei muito sem ao menos notar e aí prefiro deixar um certo mistério. Porém, vocês precisam saber que, no momento, quero estar em casa. E segundo o último livro que li, a palavra casa não é um lugar. É uma pessoa. 


Esse é o livro citado, Anna e o Beijo Francês. Amei tirar essa foto, o post sobre o livro sairá em breve.

Love, Tary

terça-feira, 26 de julho de 2011

Começos


Todo mundo sabe que começar assusta. Aquela angústia no peito, aquela ansiedade insistente. A coragem de todos os dias se evaporando diante do desconhecido. Uma dorzinha exposta no olhar, no mau-humor matinal e nas pernas formigando. A zona de conforto de repente arrancada e o controle da vida ameaçando escapar das mãos. Se todo dia representa um novo começo, por que o medo ainda se faz presente? Talvez ele seja uma espécie de proteção tentando revelar que o que é novo necessita de cuidados. O importante é que depois do começo, novas possibilidades aparecem, o hábito vem acompanhado da rotina e o medo inicial vai desaparecendo no ritmo certo. Não há espaço para preparação, basta pedir que os novos presentes da vida façam rir, aprender e ter certeza a respeito do lugar no mundo. Só resta respirar fundo e imaginar o que virá depois. 


Love, Tary

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A louca das séries - parte II

Se já estava enlouquecendo por antecipação antes de começar a escrever esta segunda lista, imaginem a minha cara ao me deparar com um espaço em branco e várias séries implorando para serem incluídas? Que dó. Aproveitando minha recente decepção com a 2ª temporada de Glee e com a 4ª de The Big Bang Theory, vou ignorar os beicinhos das duas séries e retirá-las delicadamente da seleção. Que fique registrado, porém, que ainda não desisti. Quanto a True Blood, esperemos a 4ª temporada apresentar seu último episódio e depois manifestemos nossas opiniões. Por hora, melhor indicar apenas as sensacionais, deixando de castigo as que andam deixando a desejar. Explicações devidamente feitas, conheçam:

Minhas séries favoritas dos últimos tempos

Being Erica


Erica Strange tem 32 anos e uma vida ferrada. Sem namorado, sem emprego, família despejando cobranças e incontáveis arrependimentos na lista. No meio de tudo isso, um cara muito estranho com pinta de psicólogo (e fascinado por citações famosas) oferece uma espécie de "terapia" que consiste em voltar no tempo e fazer diferente. Ou seja, Erica tem a oportunidade de reencontrar todos os erros do passado e tentar consertá-los. Claro que muita coisa ainda dá errado de formas diferentes, mas a personagem sempre consegue aprender. É uma série bem de mulherzinha, pra assistir com a mãe (a minha adora!), suspirar e dar muitas risadas com as peripécias da protagonista. 

Community

Imagine um grupo de estudos repleto de gente diferente, onde um é mais doido que o outro, porém todos funcionam super bem juntos? Essa é Community, minha comédia favorita dos últimos tempos. Praticamente todo o santo dia lamento não ter um episódio novo para assistir (a série está em hiato até setembro, eu acho) porque essa é a minha mais recente (e obsessiva) paixão televisiva. Quem diz que "The Big Bang Theory" é a comédia nerd mais legal do mundo, nunca ouviu falar de Community. Não, você pode até não rir o tempo todo, mas se tiver o mínimo de referências da cultura pop, se divertirá horrores e se perguntará como eles conseguem escrever episódios tão geniais. Zumbis, RPG, citações de seriados ruins da tv, episódio em stop-motion, paintball, homenagem a Pulp Fiction, flashbacks hilários e outros complementos malucos: está tudo lá. Não desista nos primeiros episódios, a série só engrena na metade da 1ª temporada e na 2ª, vira a melhor coisa do mundo. Lamentável que premiações como o Emmy e o Globo de Ouro a ignorem completamente e indiquem tanto lixo.

Game of Thrones

No começo da temporada, achava Game of Thrones uma bagunça de muitos personagens que até justificava o hype na excelente produção, mas não conseguia cativar no que mais me apetece: a profundidade dos personagens. Lá pelo 5º episódio, no entanto, a série me conquistou completamente. O universo de GoT compreende sete reinos governados por um só rei. Óbvio que todo mundo ia querer um pedaço desse bolo, né? E é aí que precisa prestar atenção pra não se perder nos núcleos, já que a série possui vários clãs doidinhos pelo poder. Temos muito sangue, guerras, surpresas, alianças e como não poderia deixar de ser: uma boa dose de intrigas. Além de alguns elementos fantásticos rodeando tudo. Corre, que por enquanto só tem uma temporada com apenas dez episódios! Vale muito a pena.

Misfits

Pense no seguinte: adolescentes infratores que ganham super-poderes e estão pouco se lixando para salvar a humanidade! Eles querem mais é usar dos poderes para benefício próprio e isso é muito, muito legal.  Têm vários elementos trash, alguns episódios bizarros ao extremo, uma trilha sonora de explodir a cabeça de tão boa e é britânica. Puritanos, fiquem longe, aqui a coisa funciona mais ou menos à moda de Skins, mas com super-poderes e cada reviravolta mais animal que a outra. E, pelo amor de Deus, não me venha falar que não têm tempo pra assistir Misfits: a série têm apenas duas temporadas contendo seis episódios cada uma! 

Parks and Recreation

Sabe aquela comédia cuja propaganda passa direto na Sony e você nunca pensou em assistir por parecer chatinha? Assim começa minha história com Parks and Recreation, que na verdade é totalmente hilária. Conta a história dos integrantes de um departamento subestimado dentro do governo de uma cidadezinha ainda mais subestimada. Temos a vice-presidente idealista, o presidente que prefere comer um bife gigante do que atender os chamados da população, a estagiária que não faz absolutamente nada e por aí vai. Pode até não parecer engraçado, mas confie em mim: é de chorar de rir. Todo mundo critica a 1ª temporada, eu gostei bastante, mas admito que as duas seguintes são muito mais engraçadas. Recomendo muito!

The Vampire Diaries

O começo da 1ª temporada é horrível, a gente não aguenta mais histórias de vampiros e rola todo aquele preconceito com série da CW, mas gente eu juro pra vocês que The Vampire Diaries é muito boa. Principalmente por conseguir algo que a maioria das séries anda penando pra conquistar: fazer o telespectador mal poder esperar pelo próximo episódio. É muito divertida, os vampiros são vampiros de verdade - ninguém brilha no sol ou é mais duro de matar que o Bruce Willis -, as reviravoltas te deixam sem fôlego e eu adoro a ironia dos vilões Katherine e Damon, os melhores personagens da série. Larga de ser preconceituoso e vai se divertir.


Switched at Birth

Essa acabou de estrear e está na lista por um motivo muito simples: todo mundo merece uma fofurinha dessas na vida. A história das duas meninas trocadas na maternidade, criadas por pessoas totalmente diferentes e que resolvem unir as duas famílias para que todos se conheçam melhor simplesmente ganhou meu coração. Outro ponto positivo de Switched at Birth é abordar a deficiência auditiva, bastante negligenciada na maioria das produções. É um amorzinho!

The Big C


O câncer é uma doença terrível que já fez a minha família sofrer muito. Eu simplesmente odeio essa doença com todas as minhas forças. Quando fiquei sabendo que uma série da Showtime abordaria o assunto, relutei muito em assistir. Mas ouvi comentários do quanto  era engraçada, bonita e sutil. Calma aí, uma série sobre câncer contendo essas três características, como  assim? Pois te garanto, The Big C consegue compor esses três elementos de maneira perfeita. Tudo culpa da brilhante Laura Linney (O Show de Truman) e do resto do elenco que, entre outros nomes, conta com Gabourey Sidibe (Preciosa). Não tem nada de mórbido ou forçado, como cheguei a pensar. Risadas e lágrimas coexistem muito bem quando o texto e as atuações ajudam.

The Good Wife

Seu marido é um promotor famoso, sua família é linda e você é uma dona de casa feliz. De repente, o marido perfeito se mete num escândalo sexual e é preso por corrupção, as crianças surtam e você precisa voltar à profissão de advogada para sustentar a família. É isso o que acontece com Alicia Florrick, a protagonista de The Good Wife. E no meio dessa confusão toda com o marido (0 Mr. Big de Sex and the City), ela precisa pensar nos casos do escritório e aguentar os filhos chatinhos. Alicia é uma heroína. Ainda não acabei a primeira temporada, mas até agora não assisti nenhum episódio ruim da série. Assistam!

The Middle

O principal motivo para amar The Middle são os personagens. A família Heck é maluca, adorável, hilária e muito cativante. Eles são preguiçosos pra caramba, politicamente incorretos, mais quebrados do que tudo e se ferram tanto que chega a dar dó, mas são extremamente engraçados e peculiares. Impossível não se apaixonar por cada um deles. Especialmente por Brick, o caçula da família, aficionado por livros, completamente antissocial e fascinado por repetir a última palavra de suas frases sussurrando-as assustadoramente. Amo e nunca vou deixar de acompanhar as maluquices deles. 

Grey's Anatomy

Estou numa fase magoadinha com Grey's porque a última temporada me decepcionou um bocado (principalmente a season finale) e a criadora da série, Shonda Rhimes, anda negligenciando demais minha personagem favorita, a fodástica Dra. Miranda Bailey. Porém, nunca poderia deixar de citar os meus queridos residentes - no início, internos - do Seattle Grace. Sou completamente fissurada na dinâmica da série, adoro que os pacientes sejam uma metáfora em relação a vida dos médicos, amo até os mais chatos dos personagens e não dá pra negar: nenhuma série consegue fazer um episódio-evento tão bem quanto Grey's, basta assistir a finale da 6ª temporada. Mais que tudo, essa é uma série que nunca passa batida, sempre deixa uma reflexão.

Aos que chegaram até aqui, obrigada pela paciência e não deixem de conferir ao menos uma dessas séries excelentes, não vão se arrepender. Caso alguém se interesse, também vejo Dexter, The Walking Dead, Love Bites, Happy Endings e Modern Family. Ah, todas as comédias aqui indicadas não possuem as risadinhas de fundo que todo mundo parece odiar tanto (:

Love, Tary