segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Me bateu uma vontade de...


Tomar banho de chuva. 
Mesmo que o clima aqui não esteja colaborando.


 Tirar fotos idiotas com as velhas amigas
Que saudade delas!


Sujar os pés na lama.
Pra lembrar como é se sentir totalmente livre.


Dançar, dançar, dançar.
Até o rosto avermelhar e os pés se encherem de bolhas.


Viajar e fotografar.
Como se não houvesse amanhã.

Ler no parque.
Pegar todos os livros não lidos da estante e...voilá!

Balançar e observar.
Mesmo que digam que não tenho mais idade pra isso.

Rodopiar.
Até ficar tonta, perder a noção da realidade e mergulhar na fantasia.

Dormir sem hora para acordar.
Que é o que eu mais preciso fazer no momento.

Olhar o céu por horas.
Sem me importar que os olhos míopes turvem e a enxaqueca apareça.

Ver coisas que os outros não conseguem.
E me sentir visionária.

Me sentir plenamente feliz.
Sabendo que preciso de bem pouco pra isso. 

Ou na verdade,
Sabendo que às vezes não preciso de nada.

Love, Tary

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Meus dezenove!



Hoje é seu aniversário. Dezenove anos, a última chance antes dos vinte adentrarem sua vida e saírem  só para dar lugar aos trinta. Não tente esconder: está ficando velha, querida. Você achava  mesmo que aos dezenove saberia dirigir, estaria noiva, moraria sozinha e teria um cachorro? Não, ainda não. Mas você tem um emprego, está estudando o que gosta - mesmo com crises esporádicas  -,  ainda têm amigos verdadeiros e uma família incrível.  E o que mais? 

Roupas jogadas pelo quarto. Cartas coladas na parede lilás e espalhadas na terceira gaveta do armário. Muitos livros organizados na estante. Filmes que sua natureza possessiva obrigou a comprar. Fotos nos porta-retratos. Desenhos escondidos do resto do mundo. Poucos CD's ouvidos milhares de vezes. 

Nascimento da irmã. Quinze anos. Formatura. Faculdade. Trabalho. Perdas e vitórias. Tombos e lágrimas. Namorados e beijos. Amigos e desafetos. Provocações e vontades. Rodopios e vertigens. Dores e pessoas. Família e você. Seus céus de Legião. Seus chocolates de Cazuza. Sua infância de Blossom. Seus heróis de James Bond. Seus sonhos de Felicity. Suas memórias de Snoopy. Seus fones de ouvido de She & Him.  Dezenove. Uau.


Love, Tary

domingo, 12 de setembro de 2010

Giz


Você está com a cara vermelha, marcada das muitas risadas do dia, entra no carro e comenta sobre as histórias engraçadas que ouviu. O carro estaciona  em frente a uma floricultura e você prefere ficar sozinha, está despenteada, cansada. Desliga o rádio porque, né, ninguém é obrigada a ouvir músicas  sobre tapas e beijos depois de um dia inteiro de trabalho.

Pega seus fones de ouvido, companheiros de ônibus lotado, de aulas repetitivas, de tardes ensolaradas de um janeiro que já foi e de um dezembro que nunca será. Engraçado como esses fones de ouvido agora têm sido seus amigos, antes você preferia um bom livro, um filme da sua diretora favorita, mas agora anda com eles pra cima e pra baixo, cantarola baixinho e pronto, está em  casa, está segura.

Mas, de repente, enquanto você está naquele carro com a janela escancarada, sentindo uma brisa suave no rosto, uma música  surge. E, ali, ao lado da floricultura, perto de rosas, gerânios, perto dos lírios - seus favoritos -, sente seus olhos queimarem. São lágrimas aprisionadas - no olhar e no peito -  elas não rolam pelo rosto e não acalmam o coração, só doem. "Mas tudo bem", diz a canção. E você se esforça para acreditar.

Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz
Mas tudo bem, tudo bem
Giz, Legião Urbana
 
Love, Tary

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

10 coisas, selinhos e blogs

Aproveitando que recebi dois selinhos das queridas Kelly e Hoho'n (muito obrigada, meninas!), vou me redimir de não ter participado do #blogday e, de quebra, cumprirei a regra do primeiro selinho: dizer 10 coisas sobre mim. Primeiro, os mimos:


10 coisas sobre mim

1) Nunca quebrei um osso sequer, mas já devo ter ralado até a testa. Isso mudou um pouco do 2° ano pra cá, mas eu VIVIA caindo e, ocasionalmente, derrubando a pobre amiga do meu lado.

2) Eu amo fazer listas - mesmo sendo péssima nisso - e todos os anos faço uma de presentes de aniversário e só mostro quando alguém insiste. Na verdade, gosto de organizar meus desejos de consumo em ordem de importância pra não sair comprando coisas inúteis. Não que isso aconteça muito, porque quando estou deprimida compro livros como se não houvesse amanhã e bom, livros nunca são inúteis.

3) Falando nisso, sou maluca por livros e DVD's. São os presentes perfeitos pra mim. Não posso entrar nas Lojas Americanas ou na livraria do shopping sem PRECISAR de algo. Aliás, quando saio dessas lojas sem nada, me sinto a rainha do auto controle. Juro.

4) Já estudei com uma pessoa que se tornou MUITO famosa. E isso ainda me parece estranho e engraçado. Imagine a pessoa que senta ao seu lado na sala de aula sendo perseguida por fãs histéricos na  TV . Imaginou? Engraçado? Pois é!

5) Minha cor favorita é lilás. Meu vestido de 15 anos foi lilás, meu quarto é lilás e, provavelmente, metade das minhas roupas também. Confesso que tenho um pouco de "ciúmes" quando alguém compra alguma coisa lilás que não é pra mim. Não é à toa que, na minha família, a cor é conhecida como "da Tary".

6) Meu livro favorito de todos os tempos - entre muitos - é A Menina que roubava livros, mas eu poderia ficar horas falando sobre Clarissa, Meu Pé de Laranja Lima, Aos Meus Amigos, Antes de morrer, Eu sou o mensageiro (...). Com filme é a mesma coisa,"O Mágico de Oz" ganha por ser meu preferido desde que me entendo por gente, mas a lista é interminável. Quando se trata de seriados é diferente, Felicity é a série da minha vida e acho difícil que outra supere - ahá, posso jurar que muitos apostavam em Skins!

7) Eu definitivamente me casaria com: Mark Ruffalo, Jude Law, Louis Garrel, Henry Cavill, Jim Sturgess, John Mayer, Jonathan Rhys Meyers, Nicholas Hoult, Ewan McGregor, Joseph Gordon Levitt (...) Polígama, eu? Isso porque não mencionei os personagens, né.

E quem pode me culpar?

8) Sou uma pessoa estranha quando se trata de música. Tenho minhas fases musicais e outras nem tanto, mas pode ter certeza, sempre estarei escutando: Cazuza, Legião Urbana, Adele, John Mayer (apaixonada  <3), She & Him, Amos Lee, Norah Jones, Verde Velma (hum, merece um post), Mandy Moore, Leoni, The Beatles + a trilha de Across the Universe, Switchfoot, Lifehouse, Nando Reis, Rita Lee, Frejat (...)

9) Reparo muito nos detalhes da vida. O céu, folhas, pessoas, sons da natureza. Por causa disso preciso sempre me manter atenta. Caso contrário, acabo esquecendo tudo, descendo no ponto de ônibus errado, confundindo pessoas.

10) Minha miopia (e astigmatismo) já me fez pedir desculpas por esbarrar num MANEQUIM DE LOJA. Ou seja...

10 blogs queridos e recomendados

Esses são blogs que adoro e visito bastante, sempre à procura de novos posts. Pessoas, sintam-se à vontade para postar os selinhos e as dez coisas sobre vocês!


Love, Tary

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Antes de se apaixonar

Um filme, para mim, se torna favorito quando não consigo tirá-lo da cabeça por dias (ou meses, ou anos) e preciso contar a todo mundo o quanto é imperdível. Antes do Amanhecer e Antes do Pôr do Sol são assim. Se você não assistiu ainda não viveu - ignorem esses exageros clássicos da minha personalidade, mas não retiro o que disse.

Antes do Amanhecer (Before Sunrise - 1995)

Um trem. Um casal. Viena. Um poema. Vinho no parque. Beijos. Amor possível e impossível ao mesmo tempo. Jesse e Celine se sentam um ao lado do outro por acaso naquele trem. Ela, francesa. Ele, americano. Ambos nos seus 20 e poucos anos, cheios de sonhos, desejos e juventude. Entre olhares disfarçados, ele pergunta qual livro ela está lendo e ela devolve a pergunta, assim começa a história. Eles começam uma daquelas conversas intermináveis, aquelas conversas que você sente o coração pular porque sabe que não são apenas conversas casuais. Então, o trem desembarca. Jesse ficará em Viena e Celine voltará a Paris. Ambos ficam magoados por terem de se separar e interromper aquele "Talvez", aquele "E se..." Jesse então convida Celine para continuarem se conhecendo em Viena e ela aceita. Amor verborrágico. O que eles vivem antes do amanhecer todos gostariam de experimentar ao menos uma vez.

Antes do Pôr do Sol (Before Sunset - 2004)

Reencontro. Um livro. Uma canção. Paris. Lágrimas. Confissões dentro do carro. Vidas que prometeram. Mãos. Um "I know" que estremece. Noves anos se passam. Nove anos que foram. Nove anos que não foram. Nove anos depois da promessa que Jesse e Celine fizeram: um novo encontro naquela estação de trem. Promessa feita entre beijos, lágrimas e esperança. Agora nós sabemos que a promessa foi desfeita, mas queremos os motivos. A conversa entre eles flui como se não tivessem se passado nem dois meses e as provas de que nunca se esqueceram estão em toda a parte. Eles estão mais maduros, mudados, mas ainda sonham. Sonham antes do pôr do sol.

Claro que muitos odiarão os filmes - como assim eles só conversam e andam o tempo inteiro? -, mas quem gosta de diálogos inteligentes vai se encantar e desejar um amanhecer e um pôr do sol como o que eles tiveram. Roteiros excelentes, interpretações absurdas de Ethan Hawke e Julie Delpy (aliás, eles nem parecem que estão atuando tamanha a naturalidade em cena), direção impecável de Richard Linklater. Viena, Paris. E o amor. Aquele antes de se apaixonar que marca para sempre. E se o terceiro filme contando a história de Jesse e Celine sair do papel, estarei lá. Pipoca na mão, sorriso de expectativa e olhos marejados de quem sempre esperou pelo próximo Antes.

Love, Tary