sexta-feira, 27 de agosto de 2010

People always leave


Se tem uma coisa que aprendi vendo One Tree Hill foi essa: "People always leave". Claro que depois também aparece um desenho com "Sometimes they come back" na série, mas isso não muda o fato de que um dia, invariavelmente, todo mundo se separa.Pode ser um se mudando para outra cidade, aquela sua amiga de décadas se matando pra passar em Medicina e não tendo tempo para nada ou a sua turma integrada da faculdade que logo vai se dividir. O fato é que pessoas vêm e vão, não tem jeito. É por isso que, depois de muito levar na cabeça, fiquei meio blindada quando se trata de separações. Sofro no primeiro instante, sinto dor, choro, mas acabo sempre superando. Acho que é porque meu otimismo sempre ganha do pessimismo. Enquanto o último insiste em dizer "People always leave", o outro sempre se adianta em retrucar: "Sometimes they come back..."

Love, Tary

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mudanças? Talvez.

Está indo em busca do Talvez, Felicity?

Quando sua vida muda, parece que alguma coisa dentro de você desperta. Podem reparar, no exato momento em que algo exepcional te acontece, uma tênue e aguda dor perpassa pelo corpo. Não é uma dor ruim - por mais estranho que isso possa parecer -, mas um sentimento tão vísceral, tão estridente que é impossível não sentí-lo fisicamente, como se fosse um beliscão atrevido dado pela vida.

Uma perda de fôlego combinada com uma vontade de ficar - e sorrir - e - de chorar -, fugir. Vontade de encarar o novo e vontade de enfiar a cabeça na terra como fazem os avestruzes. Eu sinto essa dor, sinto medo e ansiedade. Sinto misturas. Misturas de coisas que nem sei o nome. Fico analisando as possibilidades, prevendo o futuro, revendo o que já passou.

Sou tão Felicity que até assusta. Ela era assim, lembram? (A Lari eu sei que sim!) Analisava cada passo, cada desvio de cabeça, cada meio sorriso, cada olhar perdido, cada risada alheia. E não importava o quanto fosse inteligente médica-artista-gerente de café, sempre fazia escolhas erradas: quando o Ben a queria, ela queria o Noel. Quando o Noel a queria, ela queria o Ben. Quandos os dois a queriam, preferia ficar sozinha ou com alguém do lado de fora do triângulo. Mesmo quando estava feliz vinham as dúvidas, os medos que ela gravava em fitas, pedindo os conselhos de Sally.

E é aí que eu sou menos Felicity, ela dizia que gravava seus pensamentos em fitas porque se expressava melhor, dizia tudo sem freios e não tinha tempo de se arrepender. Eu, não. Estou em tudo o que escrevo. É nas palavras que consigo ser quem sou de verdade.Agora estou falando em palavras porque percebo mudanças também nelas. O que eu sinto por dentro se reflete nas pontas dos dedos que tocam as letras e as transformam nessas palavras tão minhas, tão "mim", tão agora e tão talvez.

Falando nisso, vocês já sentiram vontade de talvez? Eu sinto uma vontade louca disso. O Talvez para mim é quase um mistério personificado - por isso a letra maiúscula agora. Uma condição que quero, desprezo, preciso, digo, tenho e até persigo. Será que existe um Talvez esperando que eu o transforme em "Sim"? Como essa carta que escrevi uma vez. Nela, a "Solidão" era remetente e o "Futuro", destinatário. A pobre Solidão pedia ao Futuro que quando chegasse apenas mudasse seu triste nome. Simples assim. Como se uma simples mudança de nome, transfigurasse tudo.

As mudanças são de dentro para fora, de fora pra dentro. Trazem dor, guerra, lágrimas, beijos, paz, coragem. Trazem Solidão e Futuro. Também trazem Talvez. E talvez, até tragam "Sim". Quem sabe?

Love, Tary

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sou todas elas

Se tivesse saído de uma obra de ficção, eu seria parecida com elas:

Clarissa, personagem de Erico Verissimo.

Só me falta o um Vasco. 

Felicity Porter, de Felicity.

Só me falta um Ben e um corte de cabelo drástico.
Cassie Ainsworth, de Skins.

Só me falta um Sid e muita coragem (ou muito medo).

Jenny, de Educação.

Só me falta Paris.

Alice, a do País das Maravilhas.

Só me falta achar o Coelho Branco.

Dorothy Gale, de O Mágico de Oz.

Só me falta encontrar o caminho de volta para casa. E, ah, me falta um Totó também.

Celine, de Antes do Amanhecer e Antes do Pôr do Sol.

Só me falta um Jesse. E Viena. E Paris. E um livro escrito em minha homenagem.

Claire Colburn, de Elizabethtown

Só me faltam as conversas intermináveis ao telefone.


Mia Thermopolis, personagem de Meg Cabot.

Só me falta ser princesa. E ter um Michael Moscovitz.

Luna Lovegood, de Harry Potter

Só me falta a magia.

Outro dia explico melhor.

Love, Tary

Todas as imagens foram retiradas do We Heart It.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rodopios alterados

Tem gente que entra na faculdade e pensa que tudo serão flores. Todo mundo vai ser amigo e todos vão ser unidos como no tempo de Ensino Médio e quando chegar a época de formatura a galera toda vai se juntar e conversar sobre o quanto aquele tempo valeu a pena. Eu era uma dessas pessoas. Eu realmente pensava que a minha turma da faculdade seria igual - ou pelo menos parecida - a do terceirão. Cara, como eu fui otimista. Bom, eu sou otimista, mas não era para tanto.

Pode até ser que a sua sala da universidade seja a mais unida do mundo e que você super se revolte e discorde horrores do meu post, mas a única experiência que tenho é essa e por mais democrática que eu seja, é só da minha experiência que posso falar: eu sinto a maior saudade da escola. Pronto, falei.

Não quero desmerecer os amigos incríveis e as pessoas maravilhosas que conheci no curso, porque eu juro que, além do meu sonho de ser uma profissional graduada, é só por eles que acordo todos os dias e tenho ânimo de ignorar o zum zum zum da sala e me concentrar nos meus objetivos.

Tudo isso estava me deixando triste, triste, triste. Estava me sentindo tão feliz no começo do ano! Era quase inacreditável essa infelicidade toda que teimou em me invadir no segundo semestre de 2010. Incontáveis os mililitros de lágrimas que derramei, as noites insones, as vezes que o colo da minha mãe foi a única saída, os momentos que pensei em trancar a faculdade, desistir de tudo. Pensei que não iria aguentar.

Mas agora... Caramba, tudo melhorou tanto! Primeiro de tudo: arranjei trabalho como estagiária de um Jornal. Pode ser cedo pra dizer isso, mas eu estou adorando! Meus colegas de trabalho são fofos, preocupados e engraçados. Escrever as matérias tem sido bem tranquilo, já que adoro dedicar meu tempo à escrita... E mesmo nas horas de correria, uma voz na minha cabeça diz que vou conseguir. Além disso, estou fazendo Inglês aos sábados. Para mim, estudar a língua inglesa é um prazer! Queria que todas as matérias da faculdade fossem assim, uma delícia de aprender! A faculdade, bom, estou gostando bastante da grade desse semestre e aproveitando os últimos momentos com meus adorados amigos de Publicidade e Propaganda, já que nos restam apenas uns três meses juntos.

Agora, minha rotina é a seguinte: Um ônibus para ir à faculdade, dois ônibus para vir ao trabalho, lá pelas 18:00 vou pra casa e... Bom, depois de chegar em casa famintíssima - essa palavra existe? - tomo banho, janto e mal tenho tempo secar o cabelo antes de cair na cama. Aos sábados, inglês de manhã, tarefas, trabalhos, família, festas, um pouquinho de internet... A única coisa que me deixa triste é não ter muito tempo para ler e ver meus filminhos, mas vou ajeitar minha agenda - ui, quem vê até pensa que sou importante - pra encaixar essas duas paixões. Também não vou ficar blogando com frequência, porém, estarei sempre por perto. Mas, ei, quem está reclamando? Eu estou feliz e é isso que importa!

Love, Tary

P.S: Para os curiosos quanto ao post anterior, é uma história baseada em fatos reais. Reais e muito, muito antigos ;)
P.S²: Adoradas que não me deixaram desanimar: Gio (Maninha), Nil (Mammys), Ari, Thê, Bella e Vivi.
P.S³: Assim, por causa da nova rotina, vou demorar um tiquinho pra responder todo mundo. Quando tiver um tempinho livre, faço isso.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Amor que queima

Ele segurou as pontas dos meu cabelos. Segurou e roçou os dedos neles como se fossem valiosos, como se fossem fios de ouro. Não me olhava nos olhos e agradeci por isso - meus olhos ardiam, me entregavam -, só olhava para os meus cabelos com uma expressão tão doce, tão chocolate com morango, que eu quis experimentar. Quis provar daquela expressão. Quis provar dele inteiro. 

Então percebi seus dedos, seus olhos, sua boca em meu pescoço. Ele piscou na minha nuca, beijando devagar, o que provocou cócegas, arrepios, talvez até uma surdez momentânea. Mal tive tempo de me recompor, ele me olhou nos olhos. Tentei esconder a paixão neles, mas não consegui. Nem ele.  

A mesmíssima paixão estava em sua íris, sua pupila, estava até nos cílios que antes haviam acariciado minha pele. Percebi que ele ia dizer alguma coisa - ainda apertava meus cabelos, a mão livre colada em minha cintura -, me preparei para ouvir. E quando ele finalmente disse, meu corpo me traiu completamente: tremi. 
- Amor, amor que queima.

Love, Tary

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Etapas importam

Em todos os momentos complicados da minha vida, fico repetindo alguns mantras que se não ajudam de fato, pelo menos permitem que eu pare, respire e desabafe. De todos eles, acredito que o mais famoso seja o seguinte: "Queria dormir e só acordar no Natal." É. Ok, vamos admitir que seria de fato prazeroso não ter de passar por todas as provas, desgastes, sofrimentos e angústias de um ano inteiro e acordar apenas na minha data favorita do ano, mas será que eu nunca parei para pensar nas coisas que perderia? Nas pessoas que deixaria de conhecer, nas experiências que deixaria de viver, nos ensinamentos que jogaria fora?

Tudo isso me lembra Click, comédia estrelada por Adam Sandler em 2006. No filme, Michael Newman, o personagem de Sandler ganha um controle remoto universal que lhe possibilita o comando total de sua vida, avançando e voltando no tempo conforme suas vontades. Inicialmente, Michael se diverte com a bugiganga, afinal, quem não quer ultrapassar os momentos chatos e difíceis da vida, não é mesmo? Mas é óbvio que o lazer dura pouco. O personagem passa a viver no piloto automático, excluindo as pessoas que ama, se direcionando para o fim de sua vida sem perspectivas, sem aprendizados, sem saber o que esperar.

- Eu tenho o poder, cara!!!! - É... não.

Certamente que todos gostariam de não sentir dor, de não passar por momentos constrangedores e chatos, de poder controlar o tempo, o espaço, a memória. Sempre pensamos e desejamos obter o total controle de nossos destinos, mas pular etapas não é um bom negócio e não corresponde a ordem natural das coisas.

Lembro de um episódio de Grey's Anatomy onde Abigail Breslin interpretava uma garotinha que não sentia dor física e, por consequência, não sabia quando tinha algo errado em seu organismo, o que causa hemorragias internas e um caos em seu corpo.  Na sala de operação, a sempre sábia Dra. Bailey - minha  personagem favorita na série - diz uma frase que ilustra perfeitamente a importância de deixarmos as coisas acontecerem: "As pessoas se esquecem de que sentimos dor por um motivo". Verdadeiro, hein?

Acredito que cada segundo de nossas vidas tem um propósito maior do que apenas existir, todas as etapas são importantes. Talvez dormir e acordar no Natal não seja um escape dos acontecimentos ruins, mas uma fuga covarde. O mantra continua, mas apenas da boca pra fora, não é preciso pular etapas para ser feliz.

Love, Tary

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Algumas verdades sobre mim

Tenho um medo enorme dos leitores do blog acharem que sou sempre um ser rodopiante, alegre vinte e quatro horas por dia, totalmente doce, uma verdadeira fada cintilante. Ora, não é bem assim. Estou anos-luz de uma ninfa vestida de seda. Falo palavrão, me arrependo, me auto-critico com uma frequência que beira a neurose, sou chata. Muito, muito chata. Pela manhã, chego ao insuportável. Na TPM, não sou a melhor pessoa do mundo pra se morar junto. Odeio ser acordada. Vou ouvir suas críticas e tentar melhorar, mas ficarei triste por um bom tempo, pensando no que tenho de errado e me martirizando com isso. Não, não absorvo críticas com facilidade, sofro com elas.

Se você for meu amigo querido ou familiar próximo e falar alguma coisa errada na minha frente, vou te corrigir, exatamente por não querer que estranhos o façam. Tenha em mente que posso ser ferina, posso ser cruel. Posso machucar com minhas palavras, mas saiba que nunca farei isso de má fé. Fico enfurecida quando me tiram pra otária, quando me ignoram gratuitamente, quando me lembram dos meus erros como se isso fosse divertido, quando me humilham. Não consigo tolerar brincadeiras idiotas justamente porque houve um tempo em que as tolerei demais. Às vezes me assusto com minha frieza e às vezes me pego sendo egoísta. Às vezes sou tão sensível que fico sem saber como agir.

Não gosto que zombem dos meus sonhos, das minhas enxaquecas, das coisas que acredito. Se você tiver amor à vida, tratará minha irmã e meus amigos absurdamente bem. E se quiser fazer um trabalho comigo, tenha a certeza de que vou me esforçar ao máximo pra tirarmos a melhor nota do mundo, mas prepare-se para mau-humor, perfeccionismo crônico, cobranças, auto-cobranças e eventuais discussões. Em alguns momentos simplesmente "não vou com a cara" das pessoas e, por incrível que pareça, dificilmente estou errada no meu julgamento. Odeio telefone com todas as minhas forças. E ok, sou viciada em Internet, mas tenho uma vida, não se atreva a dizer que não tenho. Se eu estiver apresentando um trabalho importante e começarem a rir e conversar, vou pedir silêncio com a menor delicadeza possível, não consigo tolerar desrespeito. Em hipótese alguma me chame de mimada, nem de brincadeira.

Tenho mania de empilhar as coisas e organizar notas de dinheiro em ordem de valor. Não sou de fazer social pra fazer parte de algum grupo. Nunca quis aprender a andar de bicicleta. Odeio quando falam que não tive infância, as pessoas realmente não sabem nada sobre como fui feliz quando criança. Não anoto num bloquinho os caras que beijei. No quesito organização, sou uma vergonha para as virginianas. Tenho pavor de baratas. Detesto meu nariz e minha pele. Sou uma pessoa nada esportiva.  Adoro novelas rurais e dou risada do Rodrigo Faro. Não faço a menor questão de ser popular e amada por todos. Travo quando o assunto são Ciências Exatas. Gosto de ficar em casa e realmente adoro ficar sozinha. Por favor, não fume perto de mim. Às vezes fico triste, muito triste, e isso não significa necessariamente que  queira colo, mas talvez eu queira. Posso ser insegura e indecisa. Odeio festas juninas. Acho que bife de fígado não é comida, é tortura. Sou confusa na minha confusão e às vezes me sinto completamente perdida.

Pois é, não sou perfeita e, sabe do que mais? Não pretendo ser.

Decepcionados? Hehe! Escrevi este post porque senti necessidade de desabafar. E de me revelar um pouco também. Sempre falamos das nossas qualidades, do que gostamos, das coisas boas que fazemos. Mas nossos defeitos - por mais que não nos orgulhemos deles - são parte de quem somos, compõem nossas verdades. Nem sempre nossas verdades são só flores, cor-de-rosa e rodopios. Temos fraquezas, medos, manias, inseguranças, imperfeições. Somos humanos. E a última coisa que quero é ser vista como uma bonequinha intocável, quero ser vista como detentora de voz, rosto, identidade. Quero ser vista de verdade.

Love, Tary.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Enxergando bolinhas aleatórias

Sábado passado fui fazer um hemograma. Ao contrário da maioria das pessoas, isso não é um  grande problema para mim. A bem da verdade, até gosto. Tudo bem, parece um pouco estranho achar "legal" ver um desconhecido espetando uma agulha no seu braço, coletando seu sangue e depois colocando em tubinhos, mas... Ok, é mesmo estranho.  Só que dessa vez o cara tirou muito sangue! Sem mentira, devo ter visto uns sete tubinhos sendo cheios! Tanto que minhas unhas ficaram roxinhas. E, estranhamente, aquela situação foi me dando vontade de rir. Juro pra vocês que, na minha mente maluca, parecia muito engraçado aquele sangue todo pulsando dentro de vários recipientes com tampas coloridas. O pobre do moço perguntava a todo momento se eu estava bem, de certo achando que estava a ponto de desmaiar de nervoso. Mas não se assustem, vejo Grey's Anatomy demais, fico sonhando com cirurgias, com o elevador do Seattle Grace e com o McSteamy, claro. Mentira, infelizmente Mark Sloan nunca apareceu nos meus sonhos. Damn!

Depois fui entregar meus óculos na Ótica. Não sei se vocês sabem, mas não satisfeita em ter miopia, também tenho astigmatismo, por isso se não te cumprimentar na rua, não me venha com "Que garota metida". O caso é que, também não satisfeito, meu grau aumentou - beijos pra ele por isso - e tive que abdicar do inseparável óculos vermelhinho o fim de semana inteiro.  Após a constatação de que o mundo fica mesmo psicodélico quando você não enxerga direito, fui com minha família para uma linda chácara afastada da cidade.

O céu estava tão azul que quase me engoliu, o vento bagunçava o cabelo e eu fingia que estava detestando, quando na verdade sabia que era exatamente daquilo que estava precisando desde que o ano começou. Uma paisagem linda de doer os olhos míopes, piscina com cascata, riacho, horta, churrasco delicioso, todo mundo cantando no fim da tarde... Essas coisas me fazem notar o quanto a vida na cidade é atarefada e o quanto alguns de nós carregam esse estigma pra qualquer lugar que vão. Aposto que muitas das pessoas que estavam lá nem perceberam o quanto aquele céu estava incrível. Azar o deles.

Uma das coisas mais chatas em estar sem óculos, é o fato de todas as pessoas amigas a sua volta ficarem te chamando de cega e zoando da sua condição pouco proveitosa. Mas fiquemos calmas, afinal não se pode brigar com cão-guia! Fui conduzida pela minha irmã durante o show do Lulu Santos, no Domingo. Tive que apertar os olhos para ver o cantor com sua camisa amarela e sua calça vermelha, pra vocês verem como é a condição da cidadã brasileira desprovida de visão perfeita. Confesso que não conhecia muitas das músicas, mas me esbaldei em "Apenas mais uma de amor", "Como uma onda", "Assim caminha a humanidade" e "Tempos Modernos", essas duas últimas minhas músicas favoritas dele e talvez as mais emblemáticas. O show foi ótimo.

Já na Segunda as coisas foram bem menos agitadas. Desde que as aulas começaram, ando fingindo que isso na verdade não aconteceu. Vai ver deu uma reviravolta no espaço-tempo e ainda estou de férias, claro! Então posso me dar ao luxo de ler os livros que bem entender ( leia-se: aqueles que não têm "Princípios éticos" no título) e assistir episódios de The Big Bang Theory como se não houvesse amanhã. Anteontem foi o cúmulo do "What a hell você está fazendo da vida? Acordei passando mal, não fui à aula e passei a manhã lendo jornais/revistas, e a tarde inteira rindo com os nerds mais legais de Los Angeles, além de ter encontrado tempo na minha rotina ociosa para assistir Ensaio sobre a Cegueira comparando com o livro que havia lido na véspera. Quando a noite finalmente chegou e mamãe devolveu meus óculos, brinquei: "Uau, o mundo faz sentido de novo!"


Mas quer saber? Mesmo com meus olhos míopes, piscantes - e com aquela manchinha marrom no olho direito - sou capaz de enxergar o que muitas pessoas jamais poderão ver: a beleza das coisas mais simples dessa vida.

Queridos, talvez vocês tenham notado pelo post passado que não estou em minha melhor fase. Por isso não respondi todos os comentários ainda. Leio as mensagens lindas de vocês e quero responder quando estiver completamente disposta e alegre. Prometo que tentarei responder o mais rapidinho possível. E meu MUITO obrigada àqueles que mesmo sem minhas respostas ainda vêm aqui e comentam os posts, vocês são absolutamente incríveis, sabiam?

Love, Tary