domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Sol da minha Vida


Há exatamente treze anos, no último dia de fevereiro, você chegou. Eu estava muito nervosa, cheia de expectativas, esperando notícias; esperando poder conhecer aquela que jamais me deixaria ser sozinha de novo. Esperando para conhecer minha irmãzinha Giovanna. Quando finalmente te vi, confesso que fiquei preocupada: É certo ela ser assim tão pequena?, pensei, no alto dos meus seis anos de idade.

Até hoje lembro direitinho daquele dia, lembro de você dormindo bem tranquila, como um anjinho. O meu anjinho. Desde aquele momento eu soube que era responsável por você, que te defenderia de quem quer que fosse e que teria alguém para brincar, brigar e estar ao meu lado para sempre. E a cada conquista sua, eu me realizava também. Vi seus primeiros passos, suas primeiras palavras ditas e lidas, sua mãozinha gorda de bebê acenando e dizendo: "Tchau, maninha!", seu primeiro dia na escola, seus aniversários, seus sonhos.

E as nossas brincadeiras? Brincávamos de princesas versus bruxas, de boneca, comidinha, escola, fazíamos cabaninhas, gincanas, teatros, pulávamos amarelinha e de repente éramos as "Detetives mais loucas do mundo", nossa brincadeira favorita. Quanta bagunça a gente fazia e como a gente se divertia!

Com o tempo você foi crescendo e se tornando parte de mim, ou melhor, a parte mais bonita de mim. Minha confidente, a dona de todos os meus segredos, enxugando minhas lágrimas, rindo das minhas besteiras, nunca julgando minhas atitudes, me abraçando, me dizendo que tudo ficaria bem, sendo minha melhor amiga.

Sem você, eu seria apenas metade. Seria sem graça, sem brilho e completamente só. No teu abraço, encontro o meu lugar no mundo, minha casa. Você é simplesmente a minha vida.
Sempre escuto alguém dizer que nunca viu irmãs mais unidas que nós, que nunca viu mais corujas, mais dependentes uma da outra, mais cúmplices. Um dia me perguntaram: "Se você fosse um planeta, quem seria seu sol?", adivinha o que respondi?

Queria escrever mais mil coisas sobre nós, mas essas coisas estão guardadas nos nossos corações, são apenas nossas.

Gio, minha baby sis,
Te amo muito e estarei aqui por você sempre.
Feliz Aniversário, cabeça de nabo!

Com todo amor,

Sua Maninha

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Últimos dias

Lê "A Sombra do Vento", lê "Memórias Póstumas" pra faculdade. Assiste Paris, Je t'aime pra querer viajar, assiste Marie Antoinette pra se encantar. Fica feliz, fica confusa, fica triste, fica feliz de novo. Sorri, chora, sofre, aprende. Beija, abraça, briga, vive... Aproveita a brisa e olha para o lindo céu de domingo. Desanima. Se anima muito. É doce. É salgada. É amarga. Come bolo de cenoura com gosto de alegria, come hot dog com gosto de lágrima. E fica mais feliz, mais confusa, mais triste, mais feliz de novo.Sorri o sorriso dos outros. Chora o pranto dos outros. Sente tudo, ama tudo, odeia tudo. Quer tudo. Não quer nada. Quer correr pelo mundo. Quer sentar e sonhar acordada. Quer ser feliz. Já é feliz. E rodopia. Sempre rodopia.


Gente, escrevi este textinho agora mesmo só pra dizer como têm sido os meus dias. Ontem meu computador estragou - de novo - e não sei quando poderei postar regularmente. Até vou tentar postar da faculdade, mas não sei como será a frequência. Estou super chateada com isso, mas não vou ficar me lamentando pra vocês. Ah, vou tentar responder os comments assim que puder.

Love always, Tary.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Uma Nova Alice

Um dos maiores medos de Alice era que seu coração fosse tomado por aquele sentimento estranho: o amor. Ela olhava para suas amigas apaixonadas, agindo feito bobas, só falando sobre os namorados e pensava em como era bom não ser como elas. Em como era bom ser livre, ter o cérebro ocupado por coisas que não fossem homens ou o quanto eles eram relevantes em sua vida.
 
Não que Alice não acreditasse no amor. Ela acreditava que um dia fosse encontrar alguém que a amasse, alguém que a fizesse ouvir a canção mais linda do mundo quando a tocasse. Alguém que tomasse seu coração, seus sentidos, seus horários. Alguém que mudasse sua vida.

Mas mais do que no amor, ela acreditava na liberdade. No direito que tinha de fazer o que bem entendesse, de usar as roupas que quisesse, de ser ela mesma. Mais do que no amor, acreditava em nunca desistir dos seus objetivos por pessoa alguma, quem quer que fosse.

Um dia, entretanto, sem razão aparente, Alice teve um sonho. Um sonho em que estava solitária, com o coração seco e quebradiço como o esqueleto de Raymond Dufayel, do seu filme favorito, O Fabuloso destino de Amélie Poulain. Calada, olheiras abaixo dos olhos, muito velha, melancólica e infeliz. Infeliz. Uma coisa que nunca havia sido. Nem por um dia inteiro nem por uma semana. Ela se orgulhava em ser alegre e em transbordar sorrisos por onde passava. No sonho, entretanto, Alice era a personificação da dor.

Assim que acordou, assustada, a garota tomou uma decisão muito simples, mas muito importante para ela: Abrir o coração. Não poderia permitir nem em um milhão de anos que aquele sonho se tornasse real, nada poderia ser pior que estar eternamente sozinha.

Levantou, abriu a janela, olhou para o espetáculo intenso do sol nascendo e sentiu que, junto dele, também nascia uma nova Alice.


Voltei de viagem em cheque. Foi tudo muito bom e divertido, mas não era o que eu precisava. Preciso de paz, de um tempo só meu pra organizar tudo aqui dentro. Estou um pouco confusa e me acostumando com "A Nova Tary" que ameaça despontar, mas feliz, feliz mesmo, por saber qual caminho seguir.
Love, Tary.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Os 10 melhores filmes chorantes

Muito tempo atrás, num outro blog meu, fiz um post sobre os 10 filmes mais chorantes que eu havia visto até o momento. Alguns eu lembro e vão permanecer na lista, outros são completamente novos. Lembrando que as escolhas são completamente pessoais e nem todos vão se identificar (ou achar que são chorantes). Ou seja, são os filmes que EU chorei - e choraria de novo sem o menor problema.

Os 10 melhores filmes chorantes, por Taryne Zottino:





Podem me chamar de teen, de bobona, de manteiga derretida, de qualquer coisa, mas eu amo esse filme e chorei demais. Acho que é um dos filmes que mais assisti na vida, afinal, 49 vezes não é pra qualquer um nem pra qualquer filme. Mandy Moore é Jamie, a filha do pastor de uma cidade pequena, e conhece Landon (Shane West), um bad boy inveterado que só faz besteiras até se apaixonar por ela. O que vem depois são declarações de amor muito fofas, embaladas pela voz de uma das minhas cantoras favoritas, a própria Mandy. A direção de Adam Shankman não é grande coisa, mas dane-se! Eu adoro A walk to remember, é triste, é lindo e acabou.

Quando Ellie (A adorável Rachel McAdams) conhece Noah (Ryan Gosling) o que se segue é uma paixão sem medidas dirigida por Nick Cassavetes. Logo, o que seria apenas uma bela história de amor, se torna um grande tratado sobre o afeto verdadeiro e o modo como ele sobrevive aos mais tristes males. O casal protagonista é um dos meus favoritos do cinema e os beijos trocados por Rachel e Adam, uns dos mais cheios de química que já vi até hoje. Ah, claro, é caixinha de lenços total, esqueça a pipoca e compre uma bem grande.

Histórias de Pais e Filhos acabam comigo. Acho que é uma das relações mais bonitas, difíceis e sinceras que existe. Isso tudo combinado com a brilhante direção de Tim Burton, uma fotografia estupenda, Billie Crudup e um final de encher os olhos, faz de Big Fish um filme que me fez chorar muito, muito mesmo.






Pois é, mais um drama familiar! Desta vez, Julia Roberts é Isabel, a mais nova madrasta de um par de crianças encantadoras (a garota é a já conhecida Jena Malone) que a detestam. Susan Sarandon, brilhante, maravilhosa, incrível e como já deu pra notar, uma das minhas atrizes preferidas, interpreta a mãe dos pequenos e me faz chorar demais. Bandida.

Oi, Sean Penn, tudo bom? Como você consegue ser um ator tão genial? É de nascença? Ok, vamos ao filme de Jessie Nelson. Nele, o personagem de Penn possui problemas mentais e um grande amor por sua filha Lucy, interpretada pela fofa Dakota Fanning, mas perde a guarda da garotinha na justiça e tenta desesperadamente tê-la de volta com a ajuda de uma advogada turrona (Michelle Pfeiffer). É daqueles filmes que você chora o tempo todo, quando acha que está se recuperando e que o rosto vai parar de inchar, outra cena chorante aparece e você desiste: ok, vou chorar o filme inteiro mesmo, olá, caixa de lenços!

Um dos meus filmes favoritos. Sou louca por filmes de professor, acho genial como os mestres sempre conseguem um jeito de inspirar até os alunos mais rebeldes e mudar o destino deles. Nesse filme de Peter Weir, Robin Williams - um dos meus atores prediletos - interpreta o professor John Keating, um cara extremamente engraçado, sagaz e que apresenta aos seus alunos a tal Sociedade. Encantados, eles resolvem reconvocar a instituição e a partir disso, suas vidas mudam para sempre. Não vou falar em que momento choro initerruptamente pra não estragar a surpresa, mas se você for como a Tary, confia em mim, vai chorar. Ah, o Dr. Wilson de House é um dos atores do filme.

Will Smith, um dos melhores atores do mundo (sem discussões sobre isso, tá?), interpreta um pai de família (outro filme de pais e filhos, não disse que esses filmes sempre acabam comigo?) que é obrigado a sustentar sem emprego, sem expectativas e sem ajuda, um filho pequeno. A luta dele para conseguir um trabalho, as dificuldades pelas quais passa e as vitórias que conquista, são regadas a muitas lágrimas.

Dolorido. Essa é a palavra que melhor define o filme de Isabel Coixet, que conta com Sarah Polley, Mark Ruffalo (O amor da vida da Tary) e Scott Speedman (Uma crush antiga da Tary) como protagonistas. Tudo começa quando Ann, achando que espera um filho, vai ao médico e sai de lá sabendo que têm poucos meses de vida. É triste demais, demais mesmo, até hoje minha mãe não gosta nem de ouvir falar no filme, mas é também muito brilhante. Os diálogos são tão magníficos que merecem um post, Mark Ruffalo está tão melancolicamente adorável que não há como não se apaixonar perdidamente por ele e as lágrimas são inevitáveis.

O filme de Javier Fesser, ganhador de seis prêmios Goya, é daqueles tão chocantes e arrebatadoramente tristes que só conseguimos ver uma vez. A doce garotinha Camino sonha em estar com Jesus, o menino pelo qual está apaixonada, mas sua mãe fanática religiosa (que raiva dessa mulher, deu vontade de matá-la!) e uma doença devastadora impedem que o seu primeiro amor aconteça, em cenas que te fazem sentir uma raiva muito grande das pessoas que confundem devoção com fanatismo e que te fazem chorar os olhos para fora. Sério, ''Camino'' é tocante e muito necessário, não dá mesmo pra perder. Ah, todo mundo diz que a intérprete de Camino, Nerea Camacho, é muito parecida comigo!

Acho que não é exagero meu dizer que o filme dirigido por Robert Zemeckis e protagonizado por Tom Hanks, é um dos melhores filmes que existe. Forrest, sempre citando os sábios ensinamentos de sua mãe, vive sua vida cada vez mais apaixonado por Jenny (Robin Wright Penn), uma irresponsável amiga de infância. A película conta a história de Gump e ao mesmo tempo a dos Estados Unidos, mostrando figuras famosas como Elvis Presley, John Lennon e vários presidentes americanos. A direção é impecável, o roteiro é incrível, os efeitos especiais (sim, têm muitos efeitos e você nem os vê!) meticulosamente bem feitos e a interpretação de Tom Hanks, memorável. Não vou dizer o porquê de ser um filme tão chorante, mas posso dizer que é e que possui uma das frases mais dolorosas da história do cinema - se você já tiver visto o filme, eu te conto qual é. Um dos filmes que mais me fizeram chorar e um dos filmes mais geniais que já vi na vida. Obrigada, Zemeckis!

Menções honrosas: Antes que termine o dia, A Vida é Bela, Frida, Meu Primeiro Amor, Amor Além da Vida, Doce Novembro, Escola da Vida, Jack, Sete Vidas, Patch Adams, O Labirinto do Fauno, O Som do Coração, Tristão e Isolda (...)

Love, Tary.

P.S: Novo layout com as três maiores divas do cinema na minha humilde opinião: Audrey Hepburn, Marilyn Monroe e Judy Garland. Amei as cores, a logo ficou a cara do blog, com essas folhinhas e a flor voando.
P.S²: A quem interessar possa, eu tenho um Twitter . Sim, eu fiz um depois de dizer que era inútil  e tô completamente viciada. Eu sei, eu sei.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Muito mais que uma mensagem

Demorei muito pra falar disso e não podia demorar nem mais um post. Eu já achava o Markus Zusak incrível, as palavras dele em A menina que roubava livros permanecem em mim dolorosamente lindas como Liesel, a personagem principal, a eterna "roubadora de livros". Minha paixão por esta história é infinita, tão forte que é até difícil descrever.

Sempre acho que quando falo das coisas que gosto muito, acabo deixando escapar algo, como se minhas palavras fossem pouco pra expressar o quanto tal coisa é boa, mas enfim, voltando ao Zusak, fiquei sabendo de Eu sou o mensageiro, livro lançado por ele antes de seu best-seller e já quis adotar a obra, abraçar, cheirar e absorver cada uma daquelas linhas. Queria ter aquele livro. - por que sempre que eu falo de livros fico parecendo uma pessoa psicótica?

No entanto, foram aparecendo tantas palavras doces pelo meu caminho... Anotei Eu sou o mensageiro na lista e deixei pra mais tarde. Em 2009, quase três anos depois, finalmente me vi encantada com o que Markus Zusak escreveu neste livro e a única palavra que consigo pensar é: GENIAL! Assim mesmo, como letras maiúsculas e ponto de exclamação no final.

O livro conta a história de Ed Keneddy que tem 19 anos e é um fracassado. Do nada, ele começa a receber cartas de baralho que dão uma reviravolta extraordinária em sua vida e nas vidas alheias também. O que dizer? Me apaixonei por Ed Keneddy. Me encantei por cada uma das mensagens, pela força que ele demostrou, pelos seus amigos e, céus, como torci para que ele e a Audrey se encontrassem um no outro, finalmente.

Tem uma coisa que sempre faço - não acredito que vou contar isso pra vocês, mas lá vai - quando leio algum trecho que me deixa fascinada: afasto um pouco o livro, fecho os olhos e suspiro. Percebi isso pouquinho tempo atrás, é uma coisa tão inconsciente, mas que sempre faço com os livros que amo. Aqueles que é difícil abandonar e dizer adeus, aqueles que dá uma tristeza ler a última página, sentindo falta daqueles personagens sabendo que eles sempre estarão em nós, pulsando em nós. Aqueles livros que sempre iremos visitar pra lembrar todas as coisas que sentimos durante a leitura. Eu sou o mensageiro é assim, daqueles livros que cabem direitinho no nosso coração e jamais saem de lá.

***


Aí que finalmente essa coisinha que chamamos de sistema de comentários, o senhor haloscan, resolveu me abandonar. Tava achando muita mamata, pra ser sincera, mas sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Logo, perdi todos os comments de vocês. Lindo, né? Ai. Que. Raiva. Mas ok, vamos seguir, não vamos nos descabelar por causa disso. Coloquei o sistema de comentários do blogger e é isso aí. Ainda bem que já tinha lido os comments de algumas pessoas, mas francamente? Aff, haloscan.


Fora isso, tudo bem. Beijos, queijos e muito amor,

Tary.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ok, um post diarinho aqui.

Oi, leitores! Que saudades! Umas coisinhas que preciso dizer pra vocês:

- Antes de eu viajar, meu computador estragou - de novo, de novo - e eu meio que me conformei com isso. O que eu ia fazer? Me descabelar, chorar e - o impensável - postar de uma lan house? Não. O jeito foi esperar. Na verdade, mesmo que meu computador estivesse funcionando acho que não daria pra postar, quando cheguei no dia 27 estava tomada por uma gripe muito forte que até hoje não me abandonou. Sabe aquele tipo de gripe que congestiona até os ouvidos e faz parecer que uma bigorna de desenho animado caiu na sua cabeça? Então, essa mesma.

- Aí que ontem foi o trote e nem pude dar uma de veterana malvadinha e brincar com meus calouros! Relaxa, que ano que vem tem mais! Me aguardem! /risadamaléfica.

- Hoje, meu primeiro dia de aula propriamente dito, vi muitos amigos e senti falta de outros, meio que detestei a nova grade e desanimei com tudo, mas sempre levanto a cabeça e sigo em frente.

- A viagem foi perfeita demais pra descrever! Praia, sol - a branquela aqui ficou coradinha!-, muitas pessoas legais e até no Beto Carrero eu fui. Gente, virei criança vendo girafas, zebras, tigres e leões assim de pertinho *.* Sei que parece bobo, mas foi muito mágico.

- Assisti 500 dias com ela no cinema de Camboriú! Fiquei super feliz porque aqui em Campo Grande, já não estava mais em cartaz. Amei, amei, amei e amei. As minhas primas e a minha irmã detestaram o filme e nem tive com quem conversar sobre. Ai, que saudade dos meus leitores nessa hora!

- Com tanta coisa pra fazer todos os dias - graças a Deus - li pouquíssimo nessas férias: O Mágico de Oz, Melancia e o último livro de Harry Potter foram os únicos de janeiro. Agora estou lendo A Sombra do Vento, o livro que ganhei de natal.

- Amanhã, se tudo der certo, vou tirar minha carteira de trabalho. Fazer isso prova que eu estou virando adulta, fazer isso me traz um choque doído de realidade. Que eu fique com fama de manhosa, mas tô precisando de colo. De verdade.

Com um abraço apertado e muito amor,

Tary.